Com agenda doméstica esvaziada, a ata do FOMC e dado de atividade americano são os destaques

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NESTA MANHÃ
  • Hoje a agenda será voltada para dados externos, com destaque para a produção industrial dos EUA e a Ata da última reunião do FOMC. Além disso, aqui Roberto Campos Neto fará uma palestra para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em queda. O Xangai Composto recuou 0,82%, o Hang Seng caiu 1,36% e o Nikkei cedeu 1,46%. A principal razão para o desempenho mais fraco nesses mercados é a preocupação com o ritmo da economia chinesa, dados os números recentes mais fracos que o esperado. 
  • Na Europa, os mercados não indicam direção única. No Reino Unido, a divulgação do CPI de julho, que avançou 6,8% ante a expectativa de 6,7% na comparação anual, reforçou as previsões de mais aperto monetário pelo banco central inglês. 
  • Ao mesmo tempo, na Zona do Euro a segunda leitura do PIB mostrou alta de 0,3% para o PIB do 2° trimestre, em linha com as expectativas, mas a produção industrial cresceu 0,5% em junho, na variação mensal, frente à uma perspectiva de baixa de 0,7%. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,05%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizando alta no início do pregão. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,17%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,16%, a US$ 84,75 o barril.
  • O ouro avança 0,24%, a US$ 1.906,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Licenças de Construção (Jul) 
  • 09:40 Brasil: Campos Neto palestra para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
  • 10:15 EUA: Produção Industrial (Jul)
  • 15:00 EUA: Ata da Reunião do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Ontem, o Ibovespa fechou em 116.171,42 pontos, um recuo de 0,55%. Essa foi a 11° queda consecutiva, igualando às séries negativas de fevereiro de 1984 e junho de 1970. A sequência de dados ruins sobre o ritmo de atividade chinesa e o seu recente comportamento deflacionário dos preços, além das incertezas em relação ao grau de ajuste da política monetária dos EUA influenciaram diretamente o índice. 

As taxas futuras avançaram afetadas por questões domésticas e internacionais. No campo interno,  o aumento dos preços de combustíveis anunciado, o apagão geral e mais ruídos envolvendo a relação entre a Câmara e o Executivo foram os responsáveis. No cenário externo o ambiente foi de cautela diante dos dados frustrantes da economia chinesa e o resultado de vendas do varejo acima do esperado nos EUA. 

O dólar registrou R$4,9870, alta de 0,43%. O dia foi movimentado pelo fortalecimento da moeda americana frente à moedas emergentes e de países exportadores de commodities. Mesmo com a decisão do Banco do Povo da China de reduzir a taxa de juros, o mercado seguiu preocupado com a desaceleração da atividade após a divulgação de dados fracos da indústria chinesa.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, após falas hawkish do presidente do Fed de Minneapolis e sinais de que a Fitch pode rebaixar a nota de crédito de várias instituições financeiras americanas. O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,02%, enquanto o S&P 500 recuou 1,16% e o Nasdaq caiu 1,14%.

Os rendimentos dos treasuries operaram sem direção única, seguindo os dados mistos dos Estados Unidos. Já no câmbio, o índice DXY avançou 0,06%. A divisa americana operou com viés positivo no exterior após a decepção com os dados de atividade na China deflagrar uma busca por cautela.

Além disso, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta terça-feira (15) que “não está pronto para dizer que acabou (o ciclo de aumentos)”. Mesmo que o Fed tenha tido avanços em relação à inflação, talvez os juros terão que aumentar para desacelerar a inflação.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os dados de vendas no varejo dos Estados Unidos surpreenderam o mercado com alta de 0,7%, consideravelmente acima da alta de 0,4% esperada. Além do avanço, revisão positiva de leitura anterior também reforça expectativa da permanência dos juros altos e uma postura mais contracionista do Fed.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A Petrobras anunciou ontem (15) um aumento no preço de venda às distribuidoras da gasolina, em R$0,41 por litro, passando para R$2,93, uma alta de 16,2%. Além disso, foi anunciado também a elevação do preço do Diesel em R$0,78, passando a R$3,80 por litro, equivalente a 25,8%. A medida começa a valer a partir de hoje (16). Estimamos que o efeito no IPCA seja dividido entre o mês de agosto (+13 bps) e de setembro (+25 bps), levando a projeção de 2023 para 5,1% (+38 bps), de 4,8% anteriormente. Leia o relatório completo aqui.

O Monitor do PIB da FGV registrou aumento de 1,3% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2022 houve expansão de 2,7% em junho de 2023. O resultado mostra uma certa resiliência da economia, que segue crescendo mesmo com boa parte do bônus da agropecuária praticamente dissipado. No trimestre, a economia registrou leve avanço de 0,2%. 

RESULTADOS CORPORATIVOS

Ontem foi divulgado o balanço do Nubank (NYSE: NU), que registrou um lucro líquido de U$224,9 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de U$29,9 milhões de um ano antes. O lucro líquido veio acima dos U$197,6 milhões previstos pelo Refinitiv. De acordo com a companhia, o resultado se deve ao crescimento do número de clientes e aos níveis mais altos de monetização dos clientes.

POLÍTICA NO BRASIL

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que trabalha com a perspectiva de que o projeto de lei do novo arcabouço fiscal seja votado só na próxima semana. Arthur Lira, presidente da Casa, afirmou que a votação do projeto acontecerá na próxima terça-feira (22). Guimarães destacou que o governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 e minimizou a demora da Câmara em concluir a aprovação da nova regra fiscal que norteará o orçamento. (Valor / Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, rebateu nesta terça-feira (15) a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, onde ele disse que a “Câmara está com muitos poderes.” Em conversa com jornalistas, Lira disse que achou inapropriada a fala do ministro em uma entrevista. Segundo o presidente da Câmara, não há nenhum interesse de sua parte em promover acirramento de ânimos. (CNN)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que é possível passar um “pente-fino” em gastos sociais para atingir a ambiciosa meta de zerar o déficit público no próximo ano. Ela afirmou que, além de elevar receitas por meio de medidas como taxação de offshores, JCP e fundos exclusivos, é possível analisar políticas que não estão sendo bem executadas em programas do Ministério de Desenvolvimento Regional, no Cadastro Único e na própria Previdência Social, que poderia chegar a R$20 bilhões. (Valor)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a dizer que é preciso reduzir juros com credibilidade ao afirmar que “tentativa de queda de juros sem credibilidade é queda nos juros curtos e alta nos longos”. Ele afirmou também que para a redução da taxa ser longa e estável é preciso endereçar a política fiscal. (Valor)

Campos Neto também voltou a dizer que é preciso encontrar uma “solução com equilíbrio” no debate sobre o fim do rotativo no cartão de crédito. Ele apontou que a inadimplência de 52% nos cartões de crédito demonstra que “tem alguma coisa muito errada” e, assim, é preciso investigar o problema. Uma das causas, disse, foi o fato do parcelamento sem juros ter se estendido. (Valor)

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