Mercado acompanha dia cheio na agenda de balanços corporativos
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado brasileiro acompanha um dia cheio na agenda de balanços corporativos, com Itausa (ITSA4), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Magazine Luiza (MGLU3), entre outras no fechamento. No campo dos indicadores econômicos, o relatório Focus e o IBC-Br de junho (expectativa de 0,65%) são destaques. No exterior, os investidores monitoram o mercado imobiliário chinês em dia de agenda esvaziada.
- As bolsas na Ásia registraram pregão negativo. Houve baixa nos mercados da China, após a incorporadora Country Garden suspender a negociação de títulos onshore no fim de semana, depois de ter estimado prejuízo bilionário no primeiro semestre. O Xangai Composto recuou 0,34%, enquanto o Hang Seng caiu 1,58% e o Nikkei teve baixa de 1,27%.
- Na Europa, as principais bolsas operam em alta, mas com o otimismo contido diante de preocupações renovadas sobre o mercado imobiliário da China. O dia é de agenda esvaziada na Europa e também nos Estados Unidos, e há expectativa por números da inflação da zona do euro mais adiante na semana. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,20%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,14%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,35%, a US$ 86,51 o barril.
- O ouro opera em estabilidade, a US$ 1.913,75 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 29,4 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Jun)
- 12:00 EUA: Expectativas de Inflação ao Consumidor (Fed NY)
- 23:00 China: Produção Industrial (Jul)
- 23:00 China: Vendas no Varejo (Jul)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A bolsa fechou em baixa de 0,24%, aos 118.065,14 pontos, nono dia de queda consecutiva. Na semana, o índice acumulou queda de 1,21%. A sessão teve uma pequena alta pela manhã, após a divulgação do IPCA, mas perdeu sustentação com falas de autoridades, no lançamento do novo PAC, pouco tranquilizadoras para a política de preços dos combustíveis.
Em discurso com forte tom político, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou que a Petrobras tem obrigação, como estatal, de contribuir com o novo PAC, e prometeu que a empresa voltará a “lotar” os estaleiros nacionais, com encomendas de embarcações, para expandir os negócios de petróleo e gás nos próximos anos.
Já o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) mencionou “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis, um movimento que, afirmou o ministro, é benéfico ao consumidor – embora ele tenha sustentado que a estatal possui “autonomia” para elevar os preços, e que reajustes ocorrerão nas refinarias caso o preço do Brent continue a subir.
Os juros futuros fecharam em leve baixa até os vencimentos intermediários, enquanto os mais longos mantinham estabilidade. Pela manhã o alívio nos prêmios foi mais intenso, mas à tarde o ambiente internacional de cautela reduziu o ritmo das taxas. No balanço da semana a curva ganhou inclinação, com as taxas curtas e intermediárias computando baixa e as longas estabilidade. O dólar fechou o pregão com alta de 0,45%, em R$4,9040. Depois do alívio da sessão anterior com a leitura em linha do CPI americano, houve certo desconforto com o índice de preços ao produtor acima do esperado, o que subiu as expectativas para a taxa das Treasuries.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única. Isso se deu em decorrência do aumento da taxa de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, o qual adiciona uma camada de incertezas quanto aos próximos movimentos a serem adotados pelo Fed. O índice Dow Jones fechou com elevação de 0,30%, o S&P 500 cedeu 0,11% e o Nasdaq perdeu 0,68%. A ação da Chevron (NYSE: CVX) avançou 2,06%, ajudando a apoiar o Dow Jones, um dia depois de informar investimento em projetos de baixo carbono nas suas subsidiárias australianas.
Os juros dos Treasuries avançaram, após a aceleração da inflação no atacado levantar dúvidas sobre as expectativas de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos tenha chegado ao fim.
No câmbio, o índice DXY teve alta de 0,31%, com avanço de 0,81% na variação semanal. A alta veio após a renovação de expectativas de aperto monetário por parte do Fed. Além disso, a libra ganhou força sobre o dólar também suportada por perspectivas de altas dos juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O índice de preços ao produtor americano (PPI) subiu 0,3% em julho, acima da expectativa dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 0,2%. O núcleo do indicador, que exclui itens de alimentos, energia e comércio, avançou 0,2%, em linha com a previsão do mercado.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA de julho teve alta de 0,12%, acima das expectativas da Órama (0,06%) e do mercado (0,07%). Em 12 meses, o índice acumulou 3,99%, ante 3,16% em junho, e acima do esperado (3,93%). Apesar do número cheio acima do antecipado, a abertura de serviços, grupo acompanhado de perto para a decisão da Selic, arrefeceu de 0,62% para 0,25%, abaixo da expectativa de 0,33%. O principal vetor altista foi o grupo de Transportes (1,5% e 0,31 p.p.), com alta na gasolina (4,75% e 0,22 p.p.) e passagens aéreas (4,97% e 0,03 p.p.).
A leitura foi positiva, com um efeito dos combustíveis um pouco mais forte do que o antecipado. O arrefecimento de serviços junto com um índice de difusão mais baixo poderão ser importantes para definição de expectativas por cortes da Selic mais fortes, caso os dados se mantenham nessa rota. Leia o relatório completo aqui.
RESULTADOS CORPORATIVOS
A Embraer registrou lucro líquido ajustado de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 20% ante igual intervalo de 2022. Considerando o resultado atribuído aos acionistas, houve prejuízo de R$ 96,2 milhões, melhora em comparação a cifra também negativa de R$ 741,7 milhões reportada um ano antes.
POLÍTICA NO BRASIL
Ainda sem consenso sobre as mudanças feitas pelo Senado no marco fiscal, o presidente da Câmara, Arthur Lira, marcou encontro com as lideranças da Casa e o relator do texto na Câmara, Cláudio Cajado, nesta segunda-feira (14). Cajado afirmou que vai defender aos líderes que aprovem o marco fiscal do jeito que passou na primeira votação na Câmara, em maio, sem incluir as mudanças feitas depois pelos senadores. (CNN)
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), confirmou que incluirá em seu parecer uma rubrica para permitir que parlamentares direcionem emendas ao Orçamento para o Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado semana passada pelo governo. Em entrevista ao Valor, Forte defendeu que, sem a medida, o pacote de obras de infraestrutura não cabe na previsão de gastos para o ano que vem. (Valor)
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou na sexta-feira (11) que a estatal terá 47 projetos no novo PAC. De acordo com Prates, serão inclusos sistemas de produção no pré-sal e revitalização dos campos convencionais fora do pré-sal. (Poder 360)
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou na quinta-feira (10) que a pasta vai estudar a revisão da tributação para compras internacionais de até US$50 para que não haja tratamento diferenciado entre o varejo brasileiro e o e-commerce internacional. De acordo com o secretário-executivo, as empresas de comércio eletrônico sugeriram a cobrança de uma alíquota de 20% de imposto de importação federal. (Folha)
O secretário de Relações de Trabalho, José Feijóo, afirmou ontem em reunião com entidades representativas dos servidores públicos federais que o governo espera a aprovação do novo arcabouço fiscal para apresentar uma proposta de reajuste salarial para a categoria em 2024. (Valor)O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, revelou em entrevista que as projeções do balanço das quatro primeiras semanas do Programa Desenrola Brasil apontam a renegociação, pelos bancos, de cerca de R$8 bilhões em volume financeiro, exclusivamente na Faixa 2. O número de registros de CPFs “desnegativados” ultrapassa 5 milhões. (Valor)
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