IPCA de junho, IBC-Br e lançamento do Novo PAC são os destaques de sexta

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NESTA MANHÃ
  • Hoje será divulgado o IPCA de julho (expectativa +0,07% MoM), que será importante para as expectativas do Copom, e o IBC-Br de junho (expectativa 0,65% MoM), que concluirá a rodada dos dados principais de atividade de junho. Nos Estados Unidos teremos o Índice de Confiança de Michigan e o PPI como destaques na agenda. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em queda. O movimento foi impulsionado pela cautela dos investidores em relação à Country Garden, incorporadora chinesa que deixou de fazer pagamentos de juros na semana, o que poderia resultar em default. O Xangai Composto caiu 2,01%, enquanto o Hang Seng recuou 0,90%. Em Tóquio não houve pregão devido a um feriado japonês.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa. Indicadores do Reino Unido mais fortes do que o esperado reforçam a expectativa de que o Banco da Inglaterra (BoE) persistirá com a postura hawkish para controlar a inflação. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,65%.
  • A prévia do PIB do Reino Unido cresceu 0,2% no trimestre, ante o primeiro, superando as expectativas do mercado de estabilidade no período. Já o indicador de produção industrial do país atingiu 1,8% em junho na variação mensal, também acima do esperado pelos analistas, que previam alta de 0,1%. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura sem direção definida.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,09%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,45%, a US$ 86,79 o barril.
  • O ouro sobe 0,24%, a US$ 1.917,75 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Jul)
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Jun)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor (PPI) (Jul)
  • 11:00 EUA: Índice de Confiança de Michigan (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em queda de 0,05%, a 118.349,60 pontos. A sessão foi pautada pelo exterior, diante da estabilização na percepção de risco em dia de atenção voltada para os dados de inflação americana. 

As taxas futuras ficaram praticamente estáveis, com viés de fechamento, sob efeito do alívio do CPI americano e das declarações do Roberto Campos Neto, presidente do BC, ao longo da tarde. Campos Neto reforçou a preocupação com o equilíbrio fiscal e afirmou que o objetivo da instituição é  “menor taxa de juros possível” mantendo a credibilidade. No geral, a postura mais defensiva no pregão coincidiu com a virada para cima nos rendimentos das Treasuries e o mercado monitorando ainda o risco fiscal, com o debate em torno da contabilização dos precatórios, além do IPCA de julho que será divulgado hoje (11) pela manhã. 

Após furar o piso de R$4,85 pela manhã, o dólar fechou cotado a R$4,8830, caindo 0,47%. A perda do fôlego do real veio na esteira da arrancada das taxas dos Treasuries de 10 e 30 anos, que renovaram máximas à tarde. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em leve alta. O Dow Jones subiu 0,15%, o S&P avançou 0,03% e o Nasdaq teve alta de 0,12%. Os ganhos chegaram a superar 1%, mas o movimento perdeu força após a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmar que é “prematuro” tentar projetar neste momento os próximos passos da política monetária. 

Os rendimentos dos Treasuries operaram em alta, após os dados do CPI virem de acordo com a expectativa do mercado. Investidores também se posicionaram diante do leilão de T-bonds de 30 anos com demanda fraca.

 O índice DXY fechou em alta de 0,03%, a 102,524 pontos. A divisa americana ganhou força frente a outras moedas fortes ao longo da tarde, com o mercado ajustando as expectativas para a política monetária dos Estados Unidos após divulgação de dados de inflação e os comentários da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly. Enquanto o CPI reforçou a narrativa de uma potencial pausa no aperto monetário, a fala de Daly moderou o otimismo.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O CPI americano subiu 0,2% em julho, acelerando para 3,2% na comparação anual. Tanto o núcleo que exclui alimento e energia, que também variou +0,2%, quanto o índice cheio vieram em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. 

Os Pedidos de Seguro-Desemprego nos Estados Unidos subiram 21 mil na semana encerrada no dia 05/08 para 248 mil. O resultado veio bem acima da expectativa dos analistas consultados pela FactSet (230 mil pedidos)

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços cresceu 0,2% em junho ante maio, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,4%). A leitura indica que o setor permanece resiliente, principalmente nas atividades de Serviços prestados às Famílias, que após um primeiro trimestre fraco apresentou grande recuperação, e nos Serviços de Transporte, impulsionados pela atividade agropecuária no início do ano. Contudo, ainda vemos um cenário de desaceleração ao longo do ano, impactado pelo nível alto de juros. Leia o relatório completo aqui

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho de 2023, mostrou que a estimativa para a safra agrícola de grãos deste ano é de um aumento de 17,37% em relação à produção em 2022. Em comparação com a expectativa de junho, houve um aumento de 1,6 milhões de toneladas de grãos, o que representa uma safra recorde para o ano de 308,8 milhões de toneladas. Leia nosso relatório completo aqui.

RESULTADOS CORPORATIVOS

A B3 (B3SA3) registrou um lucro líquido recorrente de R$1,17 bilhão no segundo trimestre, uma queda de 4,3% na comparação anual. No relatório, a empresa disse que o bom desempenho dos demais segmentos compensou a queda na linha de ações e renda variável. (Folha)

A Eneva (ENEV3) fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$372 milhões, alta de 153% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a companhia, o resultado reflete principalmente o avanço das exportações de energia para Argentina e Uruguai. (Valor)

A Cyrela (CYRE3) registrou no segundo trimestre lucro líquido de R$ 279 milhões, crescimento de 85% sobre o mesmo período do ano passado. Resultado representa aumento de 71% sobre o reportado no primeiro trimestre deste ano. (Valor)

POLÍTICA NO BRASIL

O Ministério da Fazenda estuda uma manobra para voltar a pagar em dia suas dívidas judiciais, os chamados precatórios, sem estourar os limites do novo arcabouço fiscal nem precisar mudar as metas para as contas públicas já sinalizadas pelo governo e que incluem zerar em 2024 o déficit primário (que desconsidera despesas com juros da dívida pública). (Folha)

A ideia em estudo no Ministério da Fazenda para classificar os precatórios como despesa financeira envolve somente o estoque, de acordo com uma fonte da pasta. A avaliação é que o estoque gerado é herança da emenda constitucional aprovada durante o governo Bolsonaro. Assim, o fluxo anual de precatórios continuaria sendo classificado e pago como despesa primária. (Valor)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que acabar com o rotativo do cartão de crédito pode ser a solução para os juros altos e para a inadimplência da modalidade. O chefe da autoridade monetária também falou sobre a possibilidade de criar uma tarifa para frear o parcelamento sem juros. De acordo com o presidente do BC, outra alternativa em estudo seria limitar os juros do cartão de crédito, algo que levaria os bancos a provavelmente retirar os cartões de circulação. Por fim, afirmou que a solução para o rotativo sairá em 90 dias. (Folha)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança nesta sexta-feira (11), às 10h, o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O plano foi um dos carros-chefes das gestões petistas no passado. A intenção do governo é investir R$ 240 bilhões em quatro anos, mas a ideia é ampliar esses valores com recursos privados, por meio de concessões e parcerias público-privadas (PPP). (Poder 360 / BBC)

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o governo tomou a decisão de não deixar nenhuma obra parada para trás e que os problemas do primeiro PAC foram consequência do teto de gastos. O ministro terá R$70 bilhões do total de R$240 bilhões planejados para serem investidos até o fim do mandato de Lula. Além disso, estarão inclusos no programa projetos como a Ferrogrão (ferrovia que corta a Amazônia), que visará o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste, um trem de passageiros entre São Paulo e Campinas e uma ponte entre o Brasil e o Uruguai. (Folha/Folha)

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