Balanços corporativos e reunião do Conselho Administrativo da Petrobras são destaque na sessão

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NESTA MANHÃ
  • Os balanços corporativos são foco da sessão, após divulgação do relatório da Vale no fechamento de ontem, assim como de Multiplan e Hypera. Além disso, a reunião de hoje do Conselho Administrativo da Petrobras e o IGP-M também estão no radar dos investidores. No exterior, os agentes aguardam a divulgação do PCE de junho e digerem a flexibilização da política monetária do Banco do Japão (BoJ).
  • As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com a de Tóquio caindo após o Banco do Japão (BoJ) flexibilizar a política para controle dos juros dos bônus do governo japonês, indicando maior flexibilidade a partir de agora na condução de política monetária, e outras avançando em meio a sinais de mais estímulos para o enfraquecido setor imobiliário chinês. O Nikkei caiu 0,40%, enquanto o Xangai Composto avançou 1,23% e o Hang Seng subiu 1,41%. 
  • Na Europa, as bolsas operam sem sinal definido, em meio aos dados de crescimentos dos países do bloco e balanços de grandes empresas locais, além do ajuste do BoJ, logo após a alta de juros nos EUA e Europa. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,31%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,96%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,38%, a US$ 83,92 o barril.
  • O ouro avança 0,51%, a US$ 1.954,26 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-M (Jul) 
  • 09:00 Brasil: PNAD Contínua (Jun)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Jun)
  • 11:00 EUA: Índice de Confiança de Michigan (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Vindo de cinco altas seguidas, o Ibovespa fechou o pregão nesta quinta-feira em queda de 2,10%, em 119.989,64 pontos. O índice corrigiu parte dos ganhos das sessões anteriores e ficou pressionado pelo desempenho dos bancos e exportadoras de commodities, com destaque para PETR4 (-5,48%), que foi na contramão da alta do petróleo, e pelo mercado internacional, que segue analisando o contexto de política monetária global. 

Nesse sentido, os juros futuros de médio e longo prazo subiram principalmente pela pressão do cenário internacional. Nos EUA tivemos uma primeira leitura do PIB do 2°trimestre acima do esperado, aumentando as chances de um aumento do próximo encontro do FOMC, e também uma proposta do Fed sobre o aumento de capital de grandes bancos. 

O dólar fechou em R$4,7590, uma alta de 0,63% diante da piora do mercado internacional à tarde e da forte queda do Ibovespa. Antes disso, o real ia em contramão à apreciação do dólar frente às divisas fortes e emergentes. O fluxo positivo para a moeda brasileira se dava pelo otimismo com o upgrade do risco-país pela Fitch e pela expectativa em relação aos incentivos à economia chinesa.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York encerraram o dia com perdas, devido à reação desfavorável no mercado à proposta do Fed de implementar medidas mais rigorosas de capital para os bancos. O índice Dow Jones fechou com queda de 0,67%, enquanto o S&P 500 caiu 0,64% e o Nasdaq recuou 0,55%. Além disso, a divulgação do PIB dos EUA suscitou dúvidas sobre a suposta pausa no aperto das políticas pelo Fed.

Com a divulgação do PIB e  as notícias do Fed no radar, os retornos dos Treasuries avançaram. 

Já o índice DXY registrou um ganho de 0,88%, impulsionado pela valorização da moeda americana em relação ao euro e à libra, após a atividade superar as expectativas. O euro ampliou suas perdas devido às declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, após o aumento das taxas de juros pela instituição em 25 bps, para 4,25%, como já esperado pelo mercado.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Departamento do Comércio americano, o PIB dos EUA cresceu 2,4% no segundo trimestre de 2023, em base anualizada. O número veio acima do resultado esperado por analistas do Wall Street Journal, uma alta de 2%. Enquanto isso, o PCE mostrou uma desaceleração ao ir de 4,1% na última leitura para 2,6% no segundo trimestre deste ano. 

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram para 221 mil na semana, abaixo da expectativa do consenso Refinitiv de analistas, que estimavam 235 mil solicitações.

INDICADORES ECONÔMICOS NA EUROPA

O Banco Central Europeu subiu as três taxas básicas de juros da Zona do Euro em 25bps, o nível mais alto em mais de duas décadas. A principal taxa de refinanciamento foi fixada em 4,25%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que, apesar da inflação continuar em queda, ainda é esperado que se mantenha muito elevada por muito tempo, portanto, tendo o compromisso de levar a inflação de volta à meta de 2% no médio prazo, o comitê decidiu pelo aumento.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O CAGED veio um pouco abaixo do esperado, com a criação de 157,2 mil empregos, ante uma expectativa de 163 mil. O resultado reforça a narrativa de que a estagnação da taxa de juros em 13,75% ao longo dos últimos meses já exerce efeito sobre a economia, tendendo-a a uma desaceleração nos próximos trimestres. 

O resultado primário do governo central de junho revelou um déficit primário de R$45,2 bilhões, número pior do que o esperado por analistas da Reuters, um déficit de R$44,084 bilhões. De acordo com Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, houve uma redução dos ganhos com IR e CSLL por mudanças na legislação tributária, e afirmou que, para julho, os dados preliminares têm se mostrado positivos. Por fim, Ceron reafirmou a previsão da pasta fechar o ano com um déficit de R$100 bilhões. 

POLÍTICA NO BRASIL

Simone Tebet afirmou que o governo trabalha com aproximadamente oito medidas para elevar receitas e eliminar o déficit nas contas públicas em 2024. Ela, no entanto, reconhece o risco de ao menos parte do pacote encontrar dificuldades na tramitação no Congresso pela potencial impopularidade a ser gerada. Por fim, a ministra acrescentou que somente parte das opções, quatro ou cinco, devem ser enviadas aos parlamentares. Já as outras ficariam como “cartas na manga” para serem usadas posteriormente em caso de necessidade. (Folha)

De acordo com o Ministro Alexandre Silveira, em até 90 dias deve ser fechada uma proposta de reforma regulatória do setor elétrico do Brasil.
O governo vê necessidade de repensar e renovar o equilíbrio do setor elétrico, eliminando distorções que encarem a conta de luz. O ministro afirma que podem tanto partir do PL 414, que possui pontos sobre uma reforma no setor voltada para modernização, quanto enviar um novo projeto que contemple a solução dos problemas no segmento. (Valor)

Haddad afirmou nesta quinta-feira que o governo federal prepara algumas novas medidas na área do crédito.
As medidas, de acordo com o mesmo, não abrangem mudanças no rotativo do cartão de crédito. (Valor)

O governo federal anunciou o economista Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi divulgada pelo ministro-chefe da secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, nesta quarta-feira (26). Pochmann irá substituir Cimar Azeredo, funcionário de carreira do órgão, que ocupa a presidência interinamente. (Valor)

NOTÍCIAS CORPORATIVAS

A Vale registrou lucro líquido de US$ 892 milhões no 2º trimestre deste ano. O montante representa queda de 78,2% na comparação com os US$ 4,093 bilhões de lucro do mesmo período do ano passado. A receita líquida da Vale de abril a junho de 2023 foi US$ 9,673 bilhões – queda de 13,3% ante o 2º trimestre de 2022, quando foi de US$ 11,157 bilhões. (Poder 360)

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