Investidores se posicionam para semana com reunião do Fomc, IPCA-15 e temporada de balanços no Brasil

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NESTA MANHÃ
  • Os investidores se preparam para a semana, que trará diversos eventos importantes. Lá fora, a reunião do Fomc e do BCE são destaques, além da divulgação do PCE e do PIB nos EUA. Por aqui, a divulgação do IPCA-15, última leitura de inflação antes do Copom, e o começo da temporada de balanços estão no radar dos investidores.
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com a do Japão favorecida pelo recente enfraquecimento do iene e as chinesas pressionadas por dúvidas sobre possíveis novas medidas de estímulos. O Nikkei subiu 1,23%, enquanto o Hang Seng caiu 2,13% e o Xangai Composto cedeu 0,11%, ambos recuos diante de incertezas sobre a disposição de Pequim de adotar mais estímulos. 
  • Na Europa,  as bolsas operam sem direção única, à medida que dados de atividade (PMIs) fracos e um resultado eleitoral inconclusivo na Espanha pesam no sentimento. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 opera perto da estabilidade, com baixa de 0,01%.
  • O PMI composto da Alemanha caiu para 48,3 em julho, ficando abaixo da barreira de 50 que indica contração. Na zona do euro, o mesmo índice recuou a 48,9 neste mês, atingindo o menor patamar em oito meses, enquanto a expectativa era de queda a 49,7. Já no Reino Unido, o PMI composto teve queda maior do que se previa (52,4), mas permaneceu acima de 50, o que sugere expansão da atividade.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,80%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,56%, a US$ 81,52 o barril.
  • O ouro avança 0,26%, a US$ 1.966,41 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Nacional Fed Chicago (Jun)
  • 10:45 EUA: PMI S&P Global (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou no positivo na última sexta-feira, com alta de 1,81%, aos 120.216,77 pontos, com destaques para a performance de AZUL4 (+8,82%), GOLL4 (7,56%) e VIIA3 (+6,84%). Na outra ponta, GGBR4 (-1,09%) e GOAU4 (-0,62%), diante dos dados de produção, vendas e consumo de aço mais fracos. 

O dia também foi de fechamento dos juros futuros. Com uma agenda esvaziada no Brasil e exterior, a valorização cambial e o ajuste em baixa das commodities agrícolas deram impulso para a redução das taxas. Diante disso, houve uma aumento da aposta em um corte de 50bps na próxima reunião do copom. Já o dólar recuou 0,48% em relação ao real, fechando o dia em R$4,7800, movimento causado pelo fluxo estrangeiro, sobretudo relacionado a operações de carry trade, em meio à alta de commodities metálicas e energéticas e ao anúncio de estímulos à economia da China.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas nesta sexta-feira, com os investidores esperando a decisão de política monetária do Fed na próxima quarta-feira (26). A temporada de balanços também continua a ser um fator importante no mercado.

O índice Dow Jones fechou com avanço marginal de 0,01%, o S&P 500 subiu 0,03% e o Nasdaq cedeu 0,22%. A sessão foi marcada também pelo aguardo do rebalanceamento do índice Nasdaq 100. Apesar disso, empresas conhecidas como referência no setor de tecnologia, como a Meta (NASDAQ: META) (-2,73%), estiveram entre as maiores quedas do pregão.

Os rendimentos dos Treasuries fecharam sem direção única, à medida que investidores aproveitaram a agenda econômica esvaziada para se posicionar para a decisão do Fed. Por conta das expectativas em relação à reunião do FOMC semana que vem, o dólar subiu ante rivais o índice DXY fechou em alta de 0,60%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Apesar do plano do presidente Lula e Haddad para aumento de receitas e melhora das contas públicas, o governo precisará ampliar o bloqueio a R$3,2 bilhões em despesas discricionárias, já que de acordo com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3° bimestre o déficit fiscal aumentou R$9,2 bilhões, atingindo R$145,4 bilhões, em relação ao projetado no relatório de maio. O principal fator para a alta na projeção é o acordo de compensação firmado pela União para reposição das perdas impostas a estados e municípios pelo corte do ICMS sobre combustíveis (Folha).

GUERRA NA UCRÂNIA

Após sair do acordo do Mar Negro, que garantia a segurança de návios exportando grãos uncrânianos, a Rússia atacou novamente terminais de grãos ucranianos e fez exercícios de apreensão de navios nesta sexta-feira (21). Os ataques à infraestrutura de exportação de grãos e a ameaça percebida ao transporte marítimo elevaram os preços dos contratos futuros de trigo de Chicago nesta sexta-feira (21) para seu maior ganho semanal desde a invasão de fevereiro de 2022, com os comerciantes preocupados com a oferta. (CNN)

POLÍTICA NO BRASIL

O Desenrola tira pelo menos 1,2 milhão de brasileiros da lista de nomes sujos. Na manhã de sexta, o presidente Lula publicou que 2 milhões de brasileiros deixaram a lista suja, contudo, a Associação Nacional de Birôs de Crédito, responsável pela divulgação do dado à Fazenda, informou que o valor não representa o número de brasileiros que tiveram o nome limpo, mas o total de pedidos para desnegativação. (Folha)

Durante as discussões sobre a minirreforma ministerial prevista para agosto, membros do governo e líderes do Centrão têm aumentado a comunicação para tentar chegar a um novo acordo sobre a composição dos ministérios. Os desentendimentos podem resultar em atrasos na reorganização das pastas do primeiro escalão, conforme destacado por importantes figuras políticas do grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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