Em dia de agenda esvaziada, investidores se preparam para próxima semana

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NESTA MANHÃ
  • Em dia de agenda esvaziada, tanto aqui quanto lá fora, os investidores começam a se preparar para a próxima semana, que traz a reunião de política monetária do Fed e do BCE, além do índice de inflação PCE e PIB nos EUA. No Brasil, na próxima semana teremos a temporada de balanços, com grandes empresas como a Vale. 
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, após novos dados de inflação do Japão e em meio a expectativas de possíveis novos estímulos durante reunião de líderes na China, com o anúncio de uma série de medidas para impulsionar o consumo de carros e eletrônicos. O japonês Nikkei caiu 0,57%, enquanto o Hang Seng avançou 0,78% e o Xangai Composto teve queda marginal de 0,06%. 
  • A taxa anual do CPI japonês avançou para 3,3% em junho, de 3,2% em maio, tanto na leitura do índice cheio quanto do núcleo.
  • Na Europa, as bolsas operam em leve alta, à medida que uma queda em ações de tecnologia deflagrada pelo balanço da empresa de software alemã SAP (FRA: SAP) é compensada pelo bom desempenho de petrolíferas, que acompanham a alta do petróleo. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,04%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,84%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,13%, a US$ 80,54 o barril.
  • O ouro recua 0,31%, a US$ 1.963,38 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 13:30 Brasil: Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas 
  • 14:00 EUA: Contagem de sondas do Baker Hughes 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O mercado acionário brasileiro fechou em alta, apesar de um clima misto em Nova York, após má recepção de alguns relatórios trimestrais. O Ibovespa subiu 0,45%, zerando a perda do mês, e fechou em 118.082,90 pontos. 

Apesar da variação positiva da bolsa, os juros futuros também fecharam o ajuste de ontem em alta, ganhando inclinação na medida em que as taxas longas subiram mais do que as curtas. Esse movimento foi relacionado com o ambiente externo, onde os dados do mercado de trabalho surpreenderam e reduziram as expectativas de suavização do aperto monetário do FED. Também afetado pela surpresa na economia americana, o dólar fechou em alta de 0,36% em relação ao real, encerrando o dia em R$4,8030.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única. O Dow Jones fechou em alta de 0,47%, puxado pelo desempenho da Johnson & Johnson (NYSE: JNJ) (+6,07%) e do Goldman Sachs (NYSE: GS) (+3,03%). Com isso, o índice acumula nove ganhos consecutivos de ganhos pela primeira vez desde 2017, de acordo com a CNBC. Por outro lado, o S&P 500 perdeu 0,68%, enquanto o Nasdaq cedeu 2,05%.

Depois de uma série de balanços que animaram os mercados, resultados mistos da Netflix (NASDAQ: NFLX) e da Tesla (NASDAQ: TSLA) limitaram o otimismo desta temporada. Assim, as ações das duas caíam – 8,41% e – 9,74%, respectivamente. 

Além do mau humor com os resultados, a alta firme dos juros dos Treasuries deu suporte à liquidação de papéis do segmento tech. A sessão foi marcada por dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que aumentaram apostas por maior aperto monetário do Fed. Fortalecido pelos dados econômicos, o dólar subiu ante as principais divisas e, com isso, o índice DXY fechou em alta de 0,60%.

Os dados divulgados ontem (20) trazem sinais mistos, demonstrando resiliência da economia americana, principalmente em relação ao mercado de trabalho. O que dá espaço para que existam mais aumentos, por parte do Fed, nos juros além da alta de 25 pontos-base já precificada para a semana que vem.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia de julho veio pior do que o esperado, com um recuo de 13,5 pontos, 11° leitura negativa consecutiva, abaixo da projeção de -10 e acima dos resultado de junho, de -13,7.

Além disso, os pedidos iniciais por seguro-desemprego da semana passada (14/Jul) nos EUA chegaram a 228 mil, abaixo da projeção de analistas de 242 mil benefícios e do número revisado da semana anterior de 237 mil, de acordo com os dados do Departamento de Trabalho.

os dados de vendas de imóveis residenciais usados dos Estados Unidos caíram 3,3% em junho ante maio, para 4,16 milhões, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR). O número veio abaixo da previsão do mercado (2,3%).

POLÍTICA NO BRASIL

Mesmo diante da possibilidade de o PT ceder espaço na Esplanada para a entrada de partidos do chamado Centrão no governo, a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, defende a reforma ministerial como único caminho para consolidação de uma base segura no Congresso. A meta governista é, após a reforma ministerial, angariar 50 votos do União Brasil, 30 do PP, e 30 do Republicanos, que somados aos votos da base atual representaria um total de mais de 330 deputados, apoio, portanto, suficiente para a aprovação de emendas constitucionais. (Valor)

Pressionado pela necessidade de elevar a arrecadação para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer antecipar para agosto pelo menos dois “capítulos” da reforma do Imposto de Renda: as tributações dos fundos offshore e dos fundos fechados exclusivos. (Valor)

O governo pretende encaminhar em agosto ao Congresso, de acordo com Marina Silva, a proposta para regulamentação do mercado de créditos de carbono. De acordo com a ministra, a ideia é aproveitar o máximo do conteúdo de dois projetos que já tramitam no Congresso. (Valor)

Lula volta de viagem e acelera negociações por reforma ministerial em meio à pressão do centrão, que dizem que não aceitarão pastas de baixo orçamento ou pouca capilaridade. Entretanto, integrantes do Planalto relatam que os cargos a serem ofertados seguem em aberto e que caberá a Lula bater o martelo. (Folha)

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