Reforma Tributária é aprovada na Câmara com folga

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o foco é a Reforma Tributária, que foi aprovada na madrugada pela Câmara em votação folgada. Agora, a matéria segue para o Senado para aprovação. Nos EUA, o destaque da sessão é o Payroll, o relatório de empregos americano, que dará pistas dos próximos passos da política monetária. 
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, estendendo perdas dos dois pregões anteriores, à medida que dados fortes de emprego e serviços dos EUA reforçaram expectativas de mais altas dos juros americanos e pesaram em Wall Street ontem. O Nikkei caiu 1,17%, enquanto o Hang Seng recuou 0,90% e o Xangai Composto teve baixa de 0,28%.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única, com algumas delas ensaiando tímida recuperação das fortes perdas de ontem, à espera do relatório do Payroll, que tem influência decisiva na trajetória dos juros americanos. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,12%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,06%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,54%, a US$ 76,93 o barril.
  • O ouro avança 0,30%, a US$ 1.916,80 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-DI (jun)
  • 09:30 EUA: Relatório de Emprego (Payroll) (Jun)
  • 10:00 Brasil: Produção de Veículos Anfavea (Jun)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

No fechamento de quinta-feira, o Ibovespa registrou uma queda de 1,78%, aos 117.425,70 pontos, maior perda desde 02/05, reflexo do aumento da aversão ao risco no exterior frente a possibilidade de uma retomada do ciclo de alta dos juros do FED, no fim do mês. Apenas cinco empresas fecharam o pregão em terreno positivo com IRB (+5,02%) e Eztec (+2,00%) liderando e, na outra ponta, Gol (-9,78%) e Magazine Luiza (-7,62%) foram as maiores perdedoras na sessão.

Os juros futuros completaram a terceira sessão consecutiva de alta, pressionados na sessão principalmente pelo ambiente externo negativo e pelos ruídos em torno da reforma tributária e a votação do Carf. 

O dólar à vista encerrou a sessão no maior nível em um mês com exterior e incerteza sobre reformas na conjuntura doméstica, com alta de 1,65%, cotado a R$4,9300. O dia foi marcado por uma rodada de fortalecimento da moeda americana em relação aos pares emergentes e pelo avanço dos retornos dos Treasuries. O contrato de dólar futuro para agosto teve volume expressivo, acima de R$18 bilhões, o que sugere mudanças nas posições dos agentes, virando a mão de vendidos, no início do mês, para comprados em dólar. 

EXTERIOR

Seguindo a tendência pós publicação da ata do FOMC na quarta-feira, o fechamento das bolsas de Nova York foi marcado por uma queda, influenciada por dados fortes de emprego e serviços, que superaram as expectativas do mercado. Além disso, comentários hawkish por parte dos dirigentes do FOMC reforçaram a aposta em um aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). 

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,07%, enquanto o S&P 500 recuou 0,79% e o Nasdaq perdeu 0,82%. Todos os 11 setores do S&P 500 fecharam em baixa, e quase todas as 30 empresas do índice Dow Jones sofreram perdas, exceto a Apple (0,25%) e a Microsoft (0,92%).

No mercado de títulos, os rendimentos das Treasuries subiram, impulsionados pelas perspectivas de maior aperto monetário pelo Fed, após a publicação da ADP e do PMI, que reforçaram o quadro. De acordo com o CME Group, o mercado ampliou as apostas por uma elevação de pelo menos 50 pontos-base nos juros do Fed nos próximos meses.

O dólar, representado pelo índice DXY, teve uma queda de 0,20% em relação a outras moedas, embora tenha tido um breve avanço em relação ao euro e à libra que foi perdido ao final do dia. O movimento foi influenciado após os dados de atividade sugerirem resiliência da economia. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O ambiente externo segue aguardando o resultado dos payrolls nesta manhã, indicador que deve servir de baliza para os próximos passos da política monetária americana. O relatório nacional de emprego divulgado pela ADP ontem (06) registrou 497 mil vagas criadas no setor privado em junho, bem acima da abertura de 220 mil vagas projetada por economistas consultados pelo Wall Street Journal. Além do número forte em junho, o resultado de maio foi revisado em 11 mil vagas para cima.

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA caiu de 54,9 em maio para 54,4 em junho, conforme pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global. A leitura definitiva de junho, porém, ficou acima da estimativa preliminar e também da projeção de analistas consultados pela FactSet, de 54,1 em ambos os casos.

o PMI do setor de serviços, elaborado pela ISM, subiu de 50,3 em maio a 53,9 em junho. Analistas ouvidos pela FactSet previam um aumento menos robusto, a 51,0. 

POLÍTICA NO BRASIL

Em uma sessão histórica que durou mais de 15 horas e varou a madrugada, a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45, a reforma tributária. Após décadas de tentativas fracassadas, prevaleceu o acordo para uma reforma que deve simplificar a cobrança de tributos no país, levar ao fim da guerra fiscal, atrair investimentos e promover o crescimento econômico. No primeiro turno, a PEC passou por 382 votos a 118. Já na segunda rodada, o placar foi de 375 a 113. O apoio à proposta superou com folga o quórum de 308 votos para aprovar uma emenda constitucional. Agora, o texto segue para aprovação no Senado. (Valor)

O texto da Reforma Tributária aprovado na Câmara unifica ISS, ICMS, PIS, Cofins e IPI em três novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de gestão federal; o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido pelo Conselho Federativo, composto por representantes dos Estados e municípios; e um Imposto Seletivo (IS), federal, que incidirá sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e meio ambiente. (Valor)

O governo registrou novo recorde no empenho de emendas de congressistas em 1 dia: R$ 5,4 bilhões reservados no Orçamento na quarta-feira (5). O repasse do dinheiro para projetos indicados por congressistas é fundamental para o Planalto ter vitórias nas votações do PL do Carf, do marco fiscal e da reforma tributária que são prioridades do Planalto. O partido que mais se beneficiou dessa leva de liberação de emendas foi o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foram R$ 659 milhões em emendas Pix direcionadas por congressistas da sigla. PSD (R$ 646 milhões) e PP (R$ 607 milhões) vêm na sequência. (Poder 360)

A votação do “Novo Arcabouço Fiscal” e Carf ficaram “emperradas” em meio a negociação política e prioridade à reforma tributária. Líderes do centrão dão como certo que a análise dessas duas matérias, extremamente relevantes para o governo, fique para agosto. Apesar do comentário, interlocutores do governo frisam que ainda não há sinalização concreta por parte da equipe econômica referente ao adiamento das respectivas pautas. Diante da incerteza, o Planejamento já discute uma saída para a elaboração do PLOA 2024 caso a votação do novo marco não seja concluída nesta semana. O possível adiamento é visto como uma potencial derrota para o governo, já que as duas pautas são prioritárias para a  Fazenda. (Folha)

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