Feriado nos EUA diminui liquidez global, mas mercado local foca na pauta econômica em Brasília

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • O feriado da Independência dos Estados Unidos fecha os mercados americanos nesta terça-feira e a liquidez global pode diminuir, favorecendo maior volatilidade dos ativos financeiros. A agenda de indicadores é fraca e o destaque é a produção industrial brasileira em maio, além da publicação à noite dos PMIs da China. A pauta econômica no Congresso fica ainda no foco em dia de sabatina dos indicados à Diretoria do BC na CAE..
  • As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta terça-feira. O japonês Nikkei caiu 0,98%, após renovar máxima em 33 anos ontem, enquanto o Hang Seng avançou 0,57%. 
  • Na China continental, os mercados terminaram o pregão em tom positivo, em meio ao bom desempenho de ações do setor automotivo e de chips. Em foco está o impacto de uma decisão de Pequim de restringir exportações de metais usados na produção de semicondutores, em uma potencial escalada da rivalidade tecnológica entre China e EUA. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto teve alta marginal de 0,04%
  • As bolsas europeias operam sem direção única e perto da estabilidade na manhã desta terça-feira, com a liquidez comprometida pelo feriado do Dia da Independência nos EUA, que manterá os mercados locais fechados. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,25%. 
  • O ouro sobre 0,37%, a US$ 1.928,78 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 31,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado EUA: Dia da Independência 
  • 08:30     Brasil: CAE do Senado sabatina Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino, indicados para diretorias de Política Monetária e de Fiscalização do BC 
  • 09:00   Brasil: Produção Industrial (Mai)
  • 22:45   China: PMI do Setor de Serviços Caixin (Jun)
  • 22:45   China: PMI Composto

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa iniciou julho subindo 1,34%, aos 119.672,78 pontos, apesar da cautela externa e desempenho negativo tanto do minério de ferro como do petróleo. O sinal positivo que prevaleceu ao longo de toda a sessão foi atribuído à expectativa pela votação da reforma tributária na Câmara esta semana e ao boletim Focus com projeções melhores para a inflação e juros

Os juros fecharam dando sequência ao rali que marcou o mercado no fim de junho, com taxas em queda pela terceira sessão consecutiva. O otimismo com o cenário de preços e das projeções futuras somou-se à confiança na evolução das pautas econômicas que estão na Câmara. Alguns vértices, como o DI para janeiro de 2027, já estão com a taxa em um dígito. Na curva, a precificação apontava para 70% de probabilidade de redução da taxa básica, em 50 pontos-base para agosto. Já a probabilidade de queda de 25 pontos caiu para 30%. Para o fim de 2023, a curva projetava Selic de 11,50% e para o fim de 2024, entre 8,75% e 9%.

Após operar com sinal predominante de baixa pela manhã, o dólar ganhou força ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 3, em alta de 0,39%, cotado a R$ 4,8084. O escorregão do real no primeiro pregão de julho vem depois de o dólar acumular perdas de 5,59% em junho e de 9,29% no primeiro semestre, a maior queda semestral desde 2016, período marcado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

EXTERIOR

Em pregão mais curto na véspera do feriado de independência nos EUA, sinais de desaceleração da indústria nas principais economias do mundo pressionaram o petróleo e moderaram o ímpeto das bolsas de Nova York. Ainda assim, os três principais índices acionários de Wall Street terminaram em leve alta, com Tesla apoiada por entregas firmes de elétricos e o setor bancário ajudado pela distribuição de dividendos. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,03%, o S&P 500 subiu 0,12% e o Nasdaq avançou 0,21%. 

Os rendimentos dos Treasuries também avançaram, à medida que o mercado mantém expectativa pela retomada do aperto monetário do Federal Reserve (Fed) este mês. 

Com liquidez enxuta, o dólar teve ganhos marginais ante euro e libra, mas caiu frente à maior parte das divisas emergentes. O índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de seis rivais fortes, encerrou a tarde em alta de 0,07%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR:

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos Estados Unidos medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 46,9 em maio para 46 em junho. O resultado frustrou analistas consultados pela FactSet, que previam leve alta a 47. O dado indica contração no setor industrial americano pelo oitavo mês consecutivo, após 28 meses de crescimento. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Com a meta de inflação mantida em 3,0% de 2024 a 2026, as expectativas inflacionárias voltaram a cair no Boletim Focus, especialmente em prazos mais longos, que tiveram recuo significativo.  Para este ano, a expectativa para o IPCA caiu de 5,06% para 4,98%. Um mês antes, a mediana era de 5,69%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de 3,98% para 3,92%. Há um mês, era de 4,12%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ontem (03) que não tem compromisso de colocar em votação o projeto de lei do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) nesta terça. O projeto tranca a pauta da Casa e impede a votação de outros temas, como o marco fiscal e a reforma tributária. “Não tenho esse compromisso. Vamos ver. O relator ficou de conversar com as bancadas. É um assunto sensível para o país”, afirmou Lira. (Poder360)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatina nesta terça-feira (4) Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização do BC (Banco Central), respectivamente. Indicados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos devem ser aprovados com facilidade na comissão. Depois da análise e votação pela CAE, os indicados devem ser votados no plenário do Senado, o que deve ocorrer ainda hoje (4). Para serem aprovados, precisam de ao menos 41 votos. (Poder360)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber do presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, o comando do Mercosul. O bloco, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, tem a presidência alterada a cada seis meses. O presidente brasileiro entende que o bastão será passado em um momento decisivo nas negociações do Mercosul com a União Europeia. O acordo é negociado desde 1999. O governo de Lula tem buscado resolver alguns entraves ambientais que foram apresentados pelos europeus, e que são considerados exagerados pelos brasileiros. (CNN)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado se reúne nesta terça-feira (4) para votar o Marco das Garantias. O projeto de lei muda regras para garantias de empréstimos a fim de diminuir os juros e o custo do crédito. Caso aprovado, o texto segue para o plenário do Senado. Se passar por essas duas etapas, a medida ainda precisa retornar à Câmara. Com o novo modelo, o mesmo imóvel poderá ter seu valor fracionado e servir de lastro para diversos financiamentos, utilizando plenamente o preço real do bem. (CNN)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares