Após comunicado do Copom, mercado realiza lucros

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NESTA MANHÃ
  • Em dia de agenda esvaziada no Brasil, o destaque fica com o PMI americano e com as falas dos dirigentes do Fed
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa expressiva, após bancos centrais de vários países elevarem juros na tentativa de combater a inflação alta. Liderando as perdas, o Hang Seng teve queda de 1,71%, ao voltar de um feriado, e o Nikkei caiu 1,45%. Os mercados da China, por sua vez, não operaram pelo segundo dia consecutivo devido a feriados. 
  • Na Europa, as bolsas operam perto da estabilidade, na esteira de dados de atividade (PMIs) fracos da região, em uma semana de tom negativo marcada por novas altas de juros em vários países e sinalização de mais aperto monetário. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,05%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,74%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,42%%, a US$ 73,09 o barril.
  • O ouro avança 0,20%%, a US$ 1.917,72 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 30,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado China: Festival do Barco-Dragão
  • 09:00 EUA: Discurso de Bostic, membro do FOMC 
  • 09:45 Zona do Euro: Pronunciamento de Panetta, do BCE
  • 10:45 EUA: PMI Composto S&P (Jun)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A incerteza em torno dos próximos passos da política monetária no mundo e no Brasil levou o Ibovespa a uma queda de 1,23%, a 118.934,20 pontos. Profissionais do mercado atribuem o movimento a uma realização dos lucros acumulados diante de um cenário de maior cautela, um dia após a referência da B3 ter conseguido sustentar a marca dos 120 mil pontos no fechamento pela primeira vez em 14 meses.

Alguns dos papéis que acumulam altas acima de dois dígitos no ano encerraram em baixa firme e puxaram a queda do índice, a exemplo de Bradesco PN (-2,61%), Petrobras ON (-1,65%) e PN (-1,26%) e Banco do Brasil ON (-1,90%). O dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho também foi de queda em segmentos sensíveis a juros, como imobiliário (-2,33%) e consumo (-0,62%).

A falta de sinalização explícita do Banco Central a respeito da possibilidade de corte de juros em agosto forçou um leve ajuste de posições do mercado de DIs, com respectiva alta nas taxas, mas não grande o suficiente para afastar de vez as apostas de que a instituição começará a baixar a Selic em agosto.

O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,08%, cotado a R$ 4,7720, em dia marcado por fortalecimento da moeda americana em relação a divisas fortes e emergentes. Uma rodada de elevação de juros na Europa, liderada pelo Banco da Inglaterra (BoE), aumentou os temores de desaceleração mais forte da economia global e deprimiu os preços de commodities metálicas e do petróleo. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, com as ações de tecnologia em destaque se contrapondo às baixas do setor financeiro e da aérea Boeing. O movimento de aumento de juros na Europa e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, chegaram a pesar no sentimento do investidor, mas a aversão a risco atenuou antes de o pregão terminar. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,01%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq voltaram a subir depois de cair nas três sessões anteriores, com alta de 0,37% e 0,95%, respectivamente. 

Os rendimentos dos Treasuries operaram em alta, em uma sessão atenta às perspectivas para a política do Fed. Powell fez uma série de declarações diante do Congresso dos Estados Unidos que foram interpretadas como sinalizações de que o aperto monetário prosseguiria. A publicação de indicadores sobre a economia americana também deu forças aos rendimentos.

O dólar se valorizou ante outras moedas principais, com investidores novamente atentos a declarações de Powell. Na segunda audiência da autoridade no Congresso americano nesta semana, ele reafirmou expectativa de alta nos juros, caso o cenário se mantenha, e também disse não ver espaço para cortes em breve. Além disso, a libra chegou a ser apoiada pela decisão do BoE de elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, mas a divisa não sustentou o movimento. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,31%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR 

As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos subiram 0,2% entre abril e maio, para uma taxa anual ajustada sazonalmente 4,3 milhões, de acordo com a Associação Nacional de Corretoras (NAR). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 0,7%, ao nível de 4,25 milhões.

POLÍTICA NO BRASIL

Relator do projeto de lei do novo marco fiscal na Câmara, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) afirmou que não concorda com as alterações feitas pelo Senado na proposta e que defenderá a rejeição do mecanismo que possibilita ao governo federal incluir R$ 32 bilhões como “despesas condicionadas” no projeto de lei orçamentária (PLOA) de 2024. A votação, inclusive, pode ocorrer apenas na segunda semana de julho, destacou o relator.  (Valor)

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou nesta quinta-feira a íntegra da proposta de emenda à Constituição (PEC) que deve ser apreciada pela Casa entre os dias 3 e 7 de julho. O novo texto prevê que o futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) tenha três alíquotas diferentes e transição de oito anos para o contribuinte. Também propõe a criação de dois fundos, para compensar as perdas de empresas e Estados nesse período. (Valor)

Os governos de Estados assinaram nesta quinta-feira (22) um convênio que estabelecerá cobrança de 17% das compras eletrônicas de empresas que estão no exterior, como Shein, Shopee e outras. (Poder 360)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa na manhã desta sexta-feira (23) da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, na França. Convocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, a cúpula começou na quinta-feira (22) e termina nesta sexta. Reuniu chefes de Estado e de governo com o objetivo de reforçar o apoio aos países emergentes para lutar contra as mudanças climáticas. (Poder 360)

O conselho do mais antigo e um dos mais importantes fundos de financiamento ambiental do mundo, o Global Environment Facility (GEF), vai fazer uma reunião na semana que vem em Brasília para destinar US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 6,7 bilhões) para projetos no setor. (CNN)

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