Ibovespa acumula alta por oito semanas consecutivas

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Hoje, em dia de agenda esvaziada e feriado no exterior, o mercado se prepara para a decisão do Copom na quarta-feira (21). No âmbito político, a expectativa de votação do arcabouço fiscal no Senado fica em foco. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, em meio à decepção com a falta de novos estímulos econômicos na China. O índice Xangai Composto recuou 0,54%, enquanto o Nikkei caiu 1,0% e o Hang Seng cedeu 0,64%
  • Na sexta-feira (16), uma reunião do Conselho Estatal da China terminou sem medidas concretas para impulsionar a economia, contrariando a expectativa de adoção de novos estímulos direcionados, em especial para reanimar o setor imobiliário.
  • Na Europa, os mercados operam no negativo, à medida que preocupações com a perspectiva econômica, diante da falta de novas medidas de estímulos na China e de possíveis novos aumentos de juros em outras grandes economias, pesam sobre o mercado. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,67%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,76%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,21%, a US$ 76,45 o barril.
  • O ouro cai 0,43%, a US$ 1.949,29 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado EUA: Juneteenth
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 15:00 União Europeia: Discurso de Luis de Guindos, do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A realização dos lucros acumulados nos últimos dias levou o Ibovespa a uma queda de 0,39% na sessão desta sexta-feira (16), aos 118.758,42 pontos. O ajuste, no entanto, não foi suficiente para impedir o índice de chegar à oitava alta semanal consecutiva (+1,49%), na maior sequência de ganhos desde setembro de 2017. Embalada pelo otimismo com o País, a referência da B3 acumulou ganho de 13,8% neste período.

Os juros futuros passaram a sexta-feira em trajetória de alta, mas a pressão perdeu força no meio da tarde e as taxas acabaram fechando entre a estabilidade e viés de baixa. O exterior foi apontado como principal condutor dos negócios. Os ajustes técnicos acabaram dissipando o movimento de avanço das taxas, dado ainda o ambiente de otimismo com os fundamentos econômicos no Brasil. 

Após cinco pregões consecutivos de queda, período em que acumulou desvalorização de 2,46%, o dólar à vista subiu na sessão e fechou cotado a R$ 4,8196, avanço de 0,36%. De acordo com operadores, houve um movimento natural de ajuste de posições e realização de lucros no mercado doméstico, induzido pelo sinal predominante de alta da moeda americana em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, após dirigentes e relatório do Fed chamarem a atenção para a persistência da inflação nos EUA, reiterando o sentimento inicial do mercado de que a decisão de pausa do aperto do BC americano tem um viés hawkish. Mesmo assim, os índices acumularam fortes ganhos na marcada por decisões de Fed, Banco Central Europeu (BCE) e Banco do Japão (BoJ).

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,32%,enquanto o S&P 500 perdeu 0,37% e o Nasdaq recuou 0,68%. Na semana, houve alta de 1,25%, 2,58% e 3,23%, respectivamente. 

Os rendimentos dos Treasuries recompuseram parte das perdas da véspera e avançaram nesta sexta-feira, à medida que o mercado precifica que os juros do Fed permanecerão em níveis restritivos ao longo de todo este ano, apesar da pausa no aperto na última reunião.

O dólar registrou alta frente ao euro e ao iene, mas recuou diante da libra. A divisa americana chegou a cair no início do dia, mas retomou fôlego, em meio a indicadores e declarações do Fed. Já a moeda japonesa caiu após o Banco do Japão (BoJ) manter a política monetária bastante relaxada. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,13%. Na semana, porém, o DXY recuou 1,27%.

O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou hoje que a inflação “permanece muito elevada” nos Estados Unidos, bem acima da meta de 2%. Ele apontou que o BC dos EUA “tem se movido de modo agressivo” contra isso, mas “a inflação tem se mostrado teimosamente persistente”. Em discurso na Maryland Government Finance Officer Association, ele notou que os preços continuam em níveis que não são consistentes com a meta de 2%, o que tem ocorrido desde a primavera local de 2021.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos avançou de 59,2 em maio a 63,9 na preliminar de junho, conforme informou a Universidade de Michigan. Analistas ouvidos pela FactSet projetavam 60,0. As expectativas de inflação em 1 ano recuaram de 4,2% em maio a 3,3% na prévia de junho. As expectativas de inflação em 5 anos, por sua vez, caíram de 3,1% em maio a 3,0% na preliminar de junho.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) avançou 0,56% em abril na comparação mensal, acima da expectativa do mercado, que era de estabilidade. Na comparação com abril de 2022, o índice registrou alta de 3,31%, melhor desempenho do mês desde 2014. Apesar de uma leitura positiva, superando as expectativas de crescimento no mês, mantivemos nosso cenário de desaceleração da atividade, em consequência da política monetária contracionista. Para o PIB, mantemos nossa projeção de 2,1% em 2023, impulsionado pelo Agro. Leia o relatório completo aqui. 

POLÍTICA NO BRASIL

O governo do Amazonas preparou uma proposta para a reforma tributária que não só preserva os benefícios fiscais para as empresas instaladas na Zona Franca de Manaus até 2023 como abre margem para que novas empresas se instalem na região em troca de incentivos. Além disso, cria um fundo de desenvolvimento válido somente para o Estado. A proposta, que já foi discutida com a bancada amazonense no Congresso e defendida no Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz), é criticada por economistas, que veem uma crescente desfiguração da ideia original de uma reforma dos impostos que representasse uma simplificação do sistema. (Valor)

Os ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet, sinalizaram nesta semana que a gestão federal não se opõe às mudanças que o Senado Federal pode implementar ao texto do marco fiscal. Em entrevista a jornalistas na última quinta-feira (15), Haddad admitiu a possibilidade de o projeto ser alterado pela Casa Alta e retornar à Câmara dos Deputados. “Se porventura voltar para a Câmara, queremos que isso seja visto como um gesto de aprimoramento”, disse o ministro. (CNN)

Em menos de duas semanas, o programa de estímulo às vendas de carros já consumiu quase 60% dos recursos oferecidos pelo governo em créditos tributários. Mantido esse ritmo, a previsão do governo é que o montante total de R$ 500 milhões disponíveis no programa se esgote nos próximos dias. (CNN)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares