Após FOMC, hoje tem decisão de juros do BCE e vários indicadores nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o destaque da sessão é a decisão do BCE, que deve subir os juros por lá em 25 bps. Os dados de atividade e pedidos de seguro desemprego dos EUA também ficam no radar e no Brasil,  ainda temos a divulgação do crescimento do setor de serviços.. 
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, parcialmente sustentadas por esperanças de mais estímulos na China em meio a novos sinais de desaceleração A produção industrial chinesa subiu 3,5% na comparação anual de maio, como previam analistas, mas também desacelerou significativamente em relação ao ganho de 5,6% visto em abril. O mesmo ocorreu no varejo, cujas vendas tiveram expansão anual de 12,7% em maio, bem menor do que o acréscimo de 18,4% do mês anterior.
  • Com isso, o índice Nikkei recuou 0,05%, enquanto o Hang Seng subiu 2,17% e o Xangai Composto teve ganhos de 0,74%.
  • Na Europa, à espera da decisão do BCE, os mercados operam mistos. O índice Stoxx Europe 600 cai 0,35%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem baixa, digerindo a decisão do FOMC e em dia de agenda cheia. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,80%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,87%, a US$ 73,84 o barril.
  • O ouro recua 0,45%, a US$ 1.934,75 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 24,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Crescimento do Setor de Serviços – PMS (Abr)
  • 09:15 Zona do Euro: Declaração de Política Monetária do BCE 
  • 09:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego
  • 09:30 EUA: Vendas no Varejo  (Mai)
  • 10:15 EUA:  Produção Industrial (Mai)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Os mercados locais já tinham performance bem acima dos pares internacionais após a decisão do FOMC de pausar a subida de juros. Mas o gatilho para ganhos ainda maiores veio depois que a S&P Global revisou de estável para positiva a perspectiva do rating BB- do Brasil. Neste ambiente, o Ibovespa disparou 1,99% e fechou em 119.068,77 pontos, maior valor de fechamento desde 21 de outubro. 

A B3 teve, na sessão de ontem, o maior volume financeiro negociado no segmento de ações em 2023, movimentando R$ 71,88 bilhões (R$ 30,25 bilhões no Ibovespa). Trata-se do maior volume desde 14 de dezembro, quando o valor chegou a R$ 81,35 bilhões.

Os juros futuros tiveram forte baixa, com destaque mais pronunciado na ponta longa, mais exposta ao risco. O DI para janeiro de 2027 cedeu a 10,53%. Além da boa notícia sobre o rating soberano, o movimento foi ajudado pela entrevista coletiva do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que suavizou o tom considerado “hawkish” do comunicado da decisão de política monetária.

O dólar à vista encerrou a sessão desta quarta-feira, 14, em baixa de 1,14%, cotado a R$ 4,8068 – no menor valor de fechamento desde 6 de junho de 2022 (R$ 4,7962) e perto da mínima do dia, registrada na reta final dos negócios.

EXTERIOR

A “pausa hawkish” do Federal Reserve (Fed) desenhou um quadro de volatilidade no exterior. A instituição indicou que retomará o aperto monetário nos próximos meses após a manutenção dos juros na reunião de ontem, mas o presidente do BC americano, Jerome Powell, esclareceu que a decisão de julho ainda não foi tomada. Assim, em Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,68%, o S&P 500 subiu 0,08% e o Nasdaq subiu 0,39%.

Nesse cenário, no fim da tarde, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,700%, o da T-note de 10 anos caía a 3,800% e o do T-bond de 30 anos recuava a 3,884%. Já o dólar recuou ante outras divisas em geral. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,30%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva do rating “BB-” do Brasil de “estável” para “positiva”, em decisão divulgada na tarde desta quarta-feira. É o primeiro desdobramento positivo que a agência adota para a nota soberana brasileira desde 2019. A melhora na perspectiva da nota reflete os sinais de maior certeza sobre a estabilidade da política fiscal e monetária, que poderiam beneficiar as perspectivas, ainda baixas, de crescimento do PIB brasileiro. Nesse sentido, a agência aponta que o crescimento contínuo do PIB somado ao novo arcabouço fiscal pode resultar “em uma carga da dívida pública menor que o esperado, o que pode apoiar a flexibilização monetária e sustentar a posição externa líquida do país”. (Valor)

As vendas no varejo restrito avançaram 0,1% em abril na comparação com o mês anterior, próximo a mediana das expectativas, de 0,2%. Na comparação com abril de 2022, a leitura indicou alta de 0,5%, abaixo da mediana de 0,8%. A leitura da PMC é consistente com a trajetória de desaceleração da atividade após um primeiro trimestre mais forte, impulsionada pelos juros altos, que influenciam, principalmente, o mercado de crédito. Por outro lado, o alívio da inflação e a queda dos juros, especialmente nos vértices mais longos, devem ajudar a uma recuperação no setor no curto prazo. Confira o relatório completo da Órama aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA: 

O FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed) manteve a taxa de juros do Fed na faixa de 5,00% a 5,25%. A decisão veio em linha com a expectativa do mercado, de acordo com o CME Group, assim como a da Órama.  No comunicado, o Fed novamente evidenciou a resiliência da economia, com dados de emprego fortes e com uma inflação ainda alta, ressaltando que seu compromisso é trazer a inflação de volta para a meta de 2%. O destaque vai para a mediana das projeções de juros para o fim de 2023, que aumentou em relação à última divulgação (março/2023), indicando a taxa dos Fed Funds de 5,6%. Enquanto, para 2024, as estimativas também cresceram de 4,3% para 4,6%, apontando uma taxa mais alta por um período mais prolongado do que o antecipado. Confira o nosso relatório completo aqui.

O índice de preços ao produtor (PPI,) dos Estados Unidos caiu 0,3% em maio ante abril, segundo dados com ajustes sazonais. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de queda de 0,1% no período. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, ficou estável na comparação mensal de maio, abaixo da projeção de alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses encerrados no mês passado, o PPI subiu 1,1%, enquanto o núcleo subiu 2,8%. Nesse caso, as projeções eram de 1,5% e 2,9%, respectivamente.

POLÍTICA NO BRASIL:

O relator do marco fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), estuda fazer três alterações na regra: (i) uma emenda de redação ao artigo que trata do Fundeb, o que não precisaria voltar para validação da Câmara; (ii) o fundo constitucional do DF não deve ficar dentro do limite de crescimento de despesas determinadas pela nova regra e  (iii) o referencial para considerar a inflação e a correção das bases do marco fiscal também deve ser alterado mas ainda não foi definido pelo relator. A previsão é que o relatório seja apresentado em 20 de junho na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Já a votação deve ser realizada no dia seguinte (21) havendo a possibilidade ainda do texto ser levado ao plenário no mesmo dia, na parte da tarde. (Poder360)

O indicado de Lula (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, tem visitado senadores para tentar garantir aprovação na sabatina, marcada para a próxima quarta-feira (21). Senadores da base governista e do PT calculam que o advogado terá em torno de 60 votos. Zanin precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com a aprovação mínima de 41 dos 81 senadores no plenário da Casa. A votação é secreta. (CNN)

O PT na Câmara vê a saída da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, como “inevitável”, mas diz acreditar que ela ganhou sobrevida no cargo. Ontem, Lula decidiu manter Daniela no cargo, após encontro de 1h30 no Palácio do Planalto. (Poder360)

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