Corte de juros na China e divulgação do CPI americano fazem preço nos mercados

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, os mercados aguardam a divulgação do CPI americano (09:30) que deve consolidar as expectativas sobre a pausa no aperto monetário do FED. Lembrando que amanhã tem reunião do FOMC e esse dado de inflação será decisivo. Além disso, corte de juros na China também anima o mercado.
  • As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, após a China reduzir uma de suas taxas de juros, alimentando esperanças de mais estímulos adiante. O índice acionário Nikkei subiu 1,80%, enquanto o Hang Seng mostrou alta de 0,60% e o Xangai Composto avançou 0,15%. 
  • O banco central chinês (PBoC) reduziu hoje a taxa de juros de acordos de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, a 1,9%, gerando especulação de que os juros de mais longo prazo poderão ser cortados também. Segundo a Bloomberg, Pequim está considerando um amplo pacote de estímulos, incluindo medidas para impulsionar o setor imobiliário e a demanda doméstica.
  • As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta terça-feira, em meio a sinais divergentes da política monetária nas principais economias do mundo. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,04%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,7337%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 2,03%, a US$ 73,30 o barril.
  • O ouro avança 0,39%, a US$ 1.965,47 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30   EUA: CPI  (Mai)
  • Brasil: LSPA – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa sustentou a sétima alta consecutiva renovando a máxima do ano aos 117.336,34 pontos, um avanço de 0,27%. A expectativa por um corte da taxa Selic em breve e a aposta de pausa no ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos sustentaram o apetite global e doméstico por ativos de risco. Os papéis da Petrobras também foram destaque, com ganho de 1,75% nas ações preferenciais e de 1,27% nas ordinárias, apesar de quedas próximas de 4% nos preços do petróleo. Esse resultado respondeu à elevação da recomendação das ações da empresa pelo JPMorgan, de neutro para ‘overweight’.

Os juros futuros fecharam de lado, com viés de queda nos trechos curto e intermediário e de alta no longo, em sessão marcada pela volatilidade. Depois de encerrar a última semana devolvendo entre 20 e 40 pontos-base em prêmios, o mercado até tentou realizar parte dos ganhos nesta segunda-feira, mas esbarrou em alguns vetores que inibiram um movimento firme como: o recuo das medianas de inflação para todos os anos no Boletim Focus e as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçando que esse comportamento da inflação cria “um ambiente para trabalharmos com um juro mais baixo em algum momento à frente”.

O dólar encerrou o dia em queda de 0,20%, cotado a R$ 4,8665. Após recuo em seis dos sete pregões em junho, a moeda já acumula desvalorização de 4,07% no mês – o que leva a queda no ano a 7,83%. Por aqui, há um pano de fundo positivo que ampara a valorização recente do real. À redução do risco fiscal com avanço da proposta do novo arcabouço no Congresso somam-se perspectivas melhores de crescimento e redução das expectativas de inflação.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) para maio hoje (13) e da decisão monetária do Federal Reserve (Fed) sobre o patamar dos juros amanhã (14).

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,56%, o S&P 500 subiu 0,93% a 4.338,93 pontos, a maior pontuação em 13 meses e o Nasdaq avançou 1,53%.

A expectativa do mercado medida pelo CME Group é que o Fed mantenha na reunião de quarta-feira os juros no nível presente (79,2% de chances) e deixe para frente, para julho, a retomada do aperto monetário (58,5%).

Os juros dos Treasuries recuaram, em um começo de uma semana decisiva para os rendimentos com CPI e FOMC. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,09%, a 103,654 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

Após a surpresa desinflacionária do IPCA de maio (0,23%) na semana passada, a projeção para a inflação oficial mostrou queda generalizada em todos os horizontes do Boletim Focus. A expectativa para o IPCA deste ano recuou de 5,69% para 5,42%. Um mês antes, a mediana era de 6,03%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de 4,12% para 4,04%. Há um mês, era de 4,15%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu a importância desse resultado do Focus e comentou que  em junho o IPCA deve ser negativo. Ele ressaltou o alívio da curva de juros com a melhora do quadro fiscal. “O mercado de juro futuro caiu mais de 3% desde que o arcabouço fiscal foi anunciado. Com isso a expectativa de inflação começou a cair, abrindo um ambiente para trabalharmos com um juro mais baixo em algum momento à frente“, apontou, acrescentando que “a expectativa [do mercado sobre os juros] está indo na direção correta.” (CNN)

POLÍTICA NO BRASIL:

O governo já admite que não deverá conseguir aprovar até o dia 20 de junho, no Senado Federal, o projeto do novo arcabouço fiscal. A data foi estabelecida como meta na tentativa de influir o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a reduzir a taxa Selic já a partir da próxima semana, quando o colegiado voltará a se reunir para definir os juros do país. Ainda assim, a ideia é que o Palácio do Planalto continue trabalhando nos próximos dias para evitar que a proposta enviada pela Câmara dos Deputados seja alterada pelos senadores e, com isso, tenha que retornar para a Casa iniciadora, o que atrasaria ainda mais a sanção da matéria. (Valor)

A bancada da União Brasil na Câmara, que é alinhada ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), negocia com o Palácio do Planalto trocas no Ministério do Turismo e a Embratur. Há também pedidos do grupo de Lira para conseguir o comando e diretorias dos Correios. Embora a União Brasil pressione o presidente Lula, integrantes e dirigentes do partido não garantem que a legenda irá integrar a base do governo mesmo que o petista atenda às demandas. Em outra frente, uma ala da União Brasil ameaça levar a maior parte dos 59 deputados à oposição caso mudanças não sejam feitas. (Folha)

Em julgamento realizado no plenário virtual, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos na noite de segunda-feira (12) a favor da União para dizer que o PIS/Cofins deve incidir sobre toda a atividade empresarial. Isso porque a seguridade social é financiada não só pelo faturamento, mas também pela receita das empresas, de acordo com a tese vitoriosa. De acordo com o Ministério da Fazenda, as perdas, em caso de derrota, seriam de R$ 115 bilhões em arrecadação. (Valor)

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