Diretrizes da reforma tributária e relatório do Banco Mundial ficam no radar do mercado

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o destaque no mercado é a divulgação do relatório de perspectivas econômicas globais do Banco Mundial. No ambiente doméstico, atenção aos dados de produção e venda de veículos e à apresentação do relatório do Grupo de Trabalho da reforma tributária.
  • As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta terça-feira em meio a sinais de enfraquecimento da economia dos EUA. O índice Nikkei subiu 0,90%, enquanto o Hang Seng recuou 0,05% e o Xangai Composto cedeu 1,15%. 
  • Na Europa, os mercados operam no negativo na esteira de dados fracos da zona do euro. Com isso, o índice Stoxx Europe 600 registra queda de 0,07%.
  • Na zona do euro, as vendas no varejo ficaram estáveis em abril ante março, frustrando expectativas de leve alta. Além disso, ontem, a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou que ainda não há evidência clara de que o núcleo da inflação tenha atingido seu pico, renovando as expectativas de nova alta de juros na reunião da semana que vem.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em leve queda 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,6649%
  • Os contratos futuros do Brent caem 2,07%, a US$ 75,12 o barril
  • O ouro avança 0,08%, a US$ 1.963,55 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$25,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:00 Brasil: Produção e venda de veículos
  • 10:30 EUA Banco Mundial lança relatório de perspectivas econômicas globais 
  • 13:00 EUA: Perspectiva Energética de Curto Prazo da EIA

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira, 05, próximo da estabilidade, aos 112.695,58 pontos (+0,12%). A alta dos preços do petróleo, após o anúncio saudita de corte de produção, ficou limitada frente ao risco de desaceleração global. O contrato do WTI subiu 0,57%  e o Brent 0,76% e ajudou a sustentar o desempenho de papéis como Petrobras (PN +1,07%, ON +0,62%), 3R Petroleum (+0,94%).

Porém o que mais repercutiu positivamente foi a fala de Roberto Campos Neto sobre o cenário, especialmente inflacionário, ter “clareado” beneficiando setores como consumo (+0,38%) e imobiliário (+0,35%).

Com isso, os juros futuros fecharam firme ao longo de toda a curva. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2029, de 11,08% recuou para 10,89%, pela primeira vez cruzando a linha dos 11% desde 4/4/2022 

O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,45%, cotado a R$ 4,9304, menor valor de fechamento desde 15 de maio. O real ganhou fôlego em meio ao enfraquecimento do dólar em relação à maioria das divisas emergentes e de exportadores de produtos básicos, em dia de valorização dos preços das commodities metálicas e, em menor magnitude, do petróleo.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, apagando parte dos ganhos da última semana. As preocupações com a economia americana seguem no radar, incluindo o risco de uma recessão, enquanto investidores avaliam quais devem ser os próximos passos da política do Federal Reserve (Fed). O índice Dow Jones recuou 0,59%, o S&P 500 cedeu 0,20%; e o Nasdaq caiu 0,09%.

Os dados fracos do setor de serviços dos Estados Unidos consolidam cada vez mais a possibilidade de o  Fed pausar o seu ciclo de aperto monetário em junho e retomá-lo na decisão de julho. Assim, os juros dos Treasuries operaram com sinais mistos e o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,01%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), caiu de 51,9 em abril a 50,3 em maio. Analistas ouvidos pela FactSet previam um aumento a 52,0.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

A expectativa para o IPCA deste ano no Focus cedeu de 5,71% para 5,69%. Um mês antes, a mediana era de 6,02%. Para 2024, a projeção passou de 4,13% para 4,12%. Há um mês, era de 4,16%.

Para a atividade, a força do PIB do primeiro trimestre (1,90%), o Boletim Focus revelou um salto na estimativa de crescimento econômico para este ano. A mediana para a alta do PIB em 2023 subiu de 1,26% para 1,68%. Já para 2024, o Focus mostrou redução da estimativa de crescimento do PIB de 1,30% para 1,28%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu em evento da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), em Minas Gerais, que  “o cenário de inflação está um pouco melhor, inclusive de núcleos, com serviços”. “Começamos a ver expectativas de inflação caindo”, acrescentou.

POLÍTICA NO BRASIL:

O coordenador do Grupo de Trabalho da reforma tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), confirmou que apresentará hoje um parecer com as diretrizes gerais. O detalhamento, porém, virá na emenda constitucional em até 15 dias. O valor do fundo de desenvolvimento regional ainda está em negociação com a Fazenda, assim como as alíquotas e o modelo de transição para a Zona Franca de Manaus. (Valor)

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, detalhou a MP voltada à indústria automobilística. As medidas serão “transitórias” com duração de 4 meses, até que se caia a taxa de juros. “O desconto mínimo será de 1,6%, o desconto máximo será de 11,6%; o menor desconto será de R$ 2 mil e o maior desconto até R$ 8 mil”, afirmou Alckmin.  No caso de caminhões e ônibus, Alckmin disse que o objetivo da medida é “estimular a renovação da frota que tem mais de 20 anos de uso”. O programa vai custar R$ 1,5 bilhão em desonerações, de acordo com Haddad. Para compensar, o governo vai antecipar a reoneração de parte dos descontos do diesel. Daqui a 90 dias, serão adicionados R$ 0,11 dos R$ 0,35/litro referente aos tributos federais sobre o combustível. Os impostos federais sobre o diesel estavam previstos para ficarem zerados até o fim do ano. (Valor)

O governo federal publicou hoje (06) a Medida Provisória nº 1.176, que institui o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa quer tirar 1,5 milhão de brasileiros “imediatamente” da lista de inadimplentes, com os bancos que aderirem à iniciativa perdoando dívidas de até R$ 100. (Poder360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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