Mercados repercutem a decisão unilateral da Arábia Saudita de ampliar o corte da produção de petróleo

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o destaque no mercado internacional é a divulgação do PMI americano. Os mercados também repercutem a decisão unilateral da Arábia Saudita de ampliar o corte de produção de petróleo. No Brasil, teremos o Boletim Focus e o PMI e, possivelmente, anúncio do governo de incentivo à indústria automotiva. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após um rali em Wall Street no fim da semana passada. Liderando os ganhos na região, o índice Nikkei saltou 2,20%, enquanto o Hang Seng avançou 0,84% e o Xangai Composto subiu 0,07%. 
  • Na Europa, os mercados operam sem direção única, depois de avanços recentes, com o setor petrolífero liderando ganhos, enquanto investidores digerem uma série de dados de atividade de serviços e de inflação da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,10%.
  • O PMI da zona do euro foi revisado para baixo, mas o do Reino Unido veio ligeiramente melhor do que o esperado. Ainda na zona do euro, a taxa anual da inflação ao produtor (PPI) desacelerou bem mais do que o previsto em abril, a 1%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,74%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,75%, a US$ 77,46 o barril, um dia após a Arábia Saudita decidir cortar sua produção em mais 1 milhão de barris por dia (bpd) de forma unilateral, contrastando com a postura da Opep+.
  • O ouro recua 0,26%, a US$ 1.942,94 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 10:00 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE
  • 10:00 Brasil: PMI S&P Global (Mai)
  • 10:45 EUA: PMI S&P Global (Mai)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa obteve o sexto ganho semanal consecutivo, em intervalo sem quebra não visto desde o início de novembro a meados de dezembro de 2020. O índice fechou sexta-feira (02) em alta de 1,80%, aos 112.558,15 pontos, enquanto, na semana, acumulou 1,49%. Destaque na sessão foi o salto de Vale ON (4,27%) e Petrobras (ON 1,20% e PN 0,82%). As ações do setor financeiro, como as dos demais segmentos de peso no Ibovespa, também tiveram bom desempenho, com Bradesco (ON +2,62%) à frente entre as maiores instituições.

Os juros futuros de curto prazo fecharam entre a estabilidade e viés de alta, enquanto os longos cederam mais de 10 pontos-base, refletindo a melhora da percepção sobre o cenário inflacionário e fiscal, além do apetite ao risco no exterior, que tem atraído fluxo externo para ativos brasileiros.

O dólar à vista emendou o segundo pregão de queda firme. Houve entrada de fluxos de exportadores e desmonte de posições cambiais defensivas, em meio a forte apetite ao risco no exterior e a uma onda de valorização de divisas emergentes diante da expectativa de medidas de estímulo econômico na China. A divisa fechou em R$ 4,9540, com queda de 1,04%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em forte alta, com todos os 11 setores do S&P 500 no sinal positivo. O apetite por risco foi acentuado pela aprovação do acordo do teto da dívida no Senado e o relatório de emprego (payroll) que, mesmo com dados mistos, firmou expectativas de manutenção das taxas de juros do Fed na próxima reunião. O índice Dow Jones fechou em alta de 2,12%, enquanto o S&P 500 avançou 1,45% e o Nasdaq subiu 1,07%. Na semana, os ganhos foram de 2,02%, 1,83% e 2,04%, respectivamente.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram, impulsionados pelo apetite por risco em Nova Yorke pela divulgação do payroll e seus impactos na decisão do Fed na próxima reunião. Nesse cenário, o dólar se valorizou ante outras moedas fortes. O índice DXY registrou alta de 0,44%, com avanço de 0,79% na comparação semanal.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

A economia dos Estados Unidos gerou 339 mil empregos em maio, de acordo com o Departamento do Trabalho, em publicação do relatório de empregos (payroll). O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 200 mil. Ao passo que a taxa de desemprego subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda a 3,4% dos analistas.

O salário médio por hora teve crescimento de 0,3% em maio, na comparação com abril, em linha com a projeção de analistas. Enquanto na comparação anual, o crescimento foi de alta de 4,3%, ante previsão de alta de 4,4%. A taxa de participação da força de trabalho permaneceu a 62,6% em maio ante abril.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

A produção industrial recuou 0,6% na comparação mensal, abaixo da mediana das expectativas do mercado (-0,3%). Na comparação com abril de 2022, a produção caiu 2,7%, enquanto as estimativas variavam de -4,1% a +0,7%, com mediana de -1,7%. Em 12 meses, a pesquisa acumula queda de 0,2%. A leitura veio mais fraca, contribuindo para nossa visão de uma desaceleração no segundo trimestre. Para ler o relatório completo, acesse aqui

POLÍTICA NO BRASIL:

Os senadores querem excluir gastos com educação e saúde dos limites do novo arcabouço fiscal. Há também sugestão no sentido de acelerar a aplicação de “gatilhos” para cortes de despesas. É o que mostra o levantamento parcial das primeiras emendas apresentadas à proposta da nova regra fiscal, que se encontra em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em paralelo à apresentação de emendas, correm discussões no sentido de o Senado aprovar o texto sem mudanças, para acelerar sua conversão em lei. (Valor)

O governo deve lançar nesta segunda-feira (05) seu pacote de incentivo à indústria automotiva. As medidas foram anunciadas no final de maio, e pastas da gestão federal se debruçaram sobre seus detalhes nos últimos dias. A gestão definiu na última quinta-feira (01) que o programa terá duração de quatro meses e gasto estimado de R$ 500 milhões. A medida vai alterar as alíquotas de impostos para incentivar a compra de automóveis com preço final de até R$ 120 mil. Foram definidas reduções de IPI e PIS/Cofins por 120 dias. Os descontos ficarão entre 1,5% e 10,96% do preço final aos consumidores. (CNN)

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