Teto da dívida dos EUA e MP dos Ministérios são aprovados nas respectivas Câmaras

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado deve reagir à divulgação PMI industrial da China (S&P Global/Caixin), que passou da marca de contração (49,5 em abril) para 50,9 em maio. Além disso, na noite de ontem, a Câmara dos Representantes nos EUA aprovou o projeto que eleva o teto da dívida e, no Brasil, Lula também conseguiu a aprovação da MP dos Ministérios na Câmara. Hoje ambos os projetos precisam ainda ser analisados pelo Senado de cada país.. Na agenda de indicadores, ao longo do dia saem os PMIs de vários países, o resultado do PIB brasileiro (9h) e às 10h os pedidos iniciais por seguro-desemprego americano.
  • Com a polêmica questão do teto da dívida dos EUA entrando em sua fase final e dados mistos dos PMIs da China, as bolsas asiáticas fecharam sem direção única. O Hang Seng teve queda de 0,10%, enquanto o Nikkei subiu 0,84% e o Xangai Composto ficou de lado. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta nesta manhã com investidores digerindo uma série de indicadores locais. Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) desacelerou mais do que o esperado em maio, a 6,1%, à medida que seu núcleo também perdeu força. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,76%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,67%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,51%, a US$ 72,23 o barril.
  • O ouro avança 0,15%, a US$ 1.965,90 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30   Europa: BCE publica ata da Reunião de Política Monetária 
  • 09:00   Brasil:  PIB (Q1)
  • 09:15   EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Mai)
  • 09:30   EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
  • 10:00   Brasil: PMI Industrial S&P Global (Mai)
  • 11:00   EUA: PMI Industrial ISM (Mai)
  • 12:00   EUA: Estoques de Petróleo Bruto

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa teve sua terceira queda consecutiva (-0,58%), fechando maio aos 108.335 pontos. A pressão veio das empresas ligadas às commodities, na medida em que a demanda chinesa segue incerta, e do setor financeiro, que parece frágil aos olhos dos investidores. No acumulado do mês, porém, o índice registrou alta de 3,74%, impulsionado pela rotação para ações sensíveis à economia doméstica. Esse foi o maior ganho mensal desde outubro. 

O destaque positivo do dia ficou com as ações da BRF, que fecharam em alta de 11,83%, a R$ 8,13, depois de saltarem mais de 14% com a notícia de que um fundo saudita e a Marfrig se comprometeram a comprar até 500 milhões de novas ações da companhia.

Nos juros futuros, o dia teve viés de alta, mas no mês, podemos observar uma desinclinação forte  da curva, com recuo de 87 bps para o contrato de DI para janeiro de 2027 e -7 bps para o vértice janeiro 2024. Esse movimento é resultado da tramitação do arcabouço fiscal na Câmara reduzindo parte das incertezas, assim como de uma melhora na perspectiva da inflação permitindo o início de cortes de juros no Brasil já em agosto. 

O dólar à vista exibiu valorização de 0,61% na sessão de ontem sendo cotado a R$ 5,0730. Em maio, a moeda americana subiu 1,72%. O câmbio apresentou bastante volatilidade durante o mês, chegando a ser negociado a R$ 4,88. Contudo, com a valorização do dólar internacionalmente e o governo brasileiro apresentando dificuldades de articulação política, a tendência de queda se inverteu.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda no último pregão de maio. O dia foi marcado por falas de dirigentes do FED sobre a possibilidade de manutenção dos juros na próxima reunião do FOMC, dados fortes do mercado de trabalho (JOLTS) e, até o encerramento das negociações, ainda não havia sido aprovado na Câmara o acordo acerca do teto da dívida americana. Assim, o Dow Jones recuou 0,41%, enquanto o S&P 500 caiu 0,61% e o Nasdaq registrou queda de 0,63%. No mês, os retornos foram mistos de -3,49% ; 0,25% e 5,80% respectivamente.

Com incertezas ainda sobre a mesa, as taxas dos Treasuries caíram e o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,15%, a 104,326 pontos, com ganho mensal de 2,62%.

TETO DA DÍVIDA AMERICANA:

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na noite de ontem (31) o projeto de lei que suspende o teto da dívida americana, por 314 votos a 117. O texto agora será submetido à avaliação do Senado, que precisa dar o aval à proposta antes de enviá-la à mesa do presidente Joe Biden.  O projeto prevê a suspensão do limite da dívida por dois anos em troca de travas aos gastos públicos, uma demanda da legenda oposicionista.

ECONOMIA NOS EUA:

O membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve e vice-presidente, Philip Jefferson, sinalizou que o banco central está inclinado a manter as taxas de juros estáveis em sua próxima reunião em junho para dar aos formuladores de políticas mais tempo para avaliar as perspectivas econômicas. Ele enfatizou, porém, que essa manutenção não deve ser interpretada como o atingimento do pico da taxa de juros para este ciclo. 

O presidente do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia, Patrick Harker, tembém corroborou com essa visão de que é possível parar de aumentar os juros e observá-los. Sobre a inflação, Harker destaca que, apesar de “teimosa”, ela está desacelerando, ainda com problemas na cadeia de oferta, e que, para chegar à meta da taxa inflacionária, é necessário reduzir o fôlego do mercado de trabalho, “mas não destruí-lo”. A projeção dele é de que o desemprego avance a 4,4%, mas o dirigente destacou que a economia dos EUA segue resiliente e que não há projeção de recessão. “Não estou vendo uma crise de crédito nos EUA”, disse também. (Bloomberg)

A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu a 10,10 milhões em abril, de acordo com o relatório JOLTS, publicado ontem pelo Departamento do Trabalho do país. O dado veio acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de 9,48 milhões. O número de março foi ligeiramente revisado para cima, de 9,59 milhões a 9,75 milhões.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

Dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (31) mostram que, em abril, o país gerou 180.005 postos de trabalho com carteira assinada, resultante de 1.865.279 admissões e 1.685.274 desligamentos no mês. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, que teve um saldo de 103.894 postos formais de trabalho.

O resultado de abril, porém, ficou abaixo da estimativa mediana do mercado de abertura líquida de 181,7 mil vagas, segundo o Valor Data. As projeções, todas positivas, iam de 100 mil a 254.485.

Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), também divulgada ontem (31) pelo IBGE aponta que a taxa de desocupação foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023. É a menor taxa para esse período desde 2015 e ficou abaixo da mediana das expectativas coletadas pelo Broadcast de 8,7%.

POLÍTICA NO BRASIL:

Os deputados aprovaram na noite de ontem (31) a medida provisória 1.154 de 2023 que reestruturou a Esplanada dos Ministérios. A votação foi expressiva, com 337 votos a favor, 125 contrários e uma abstenção. A medida precisa ainda ser votada no Senado até hoje  (01) para não perder validade. O texto determinou a criação de 14 novos ministérios e as competências de cada pasta da Esplanada. Porém, o relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) determinou mudanças substanciais em relação à versão original, dentre elas, o esvaziamento dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. (Poder 360)

O governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça-feira (30), dia em que interlocutores de Lula preferiram adiar a votação da MP (medida provisória) que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios. Essa foi a maior quantia liberada em um único dia no governo Lula 3.  Caso a MP seja rejeitada, a estrutura dos ministérios voltaria a ser a da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Isso forçaria o fim de pastas criadas em janeiro, como a dos Povos Indígenas, da Cultura, da Igualdade Racial, dos Transportes, do Planejamento e do Desenvolvimento e Indústria. As queixas em relação ao governo tratam da demora na liberação de emendas parlamentares e na nomeação de indicados políticos para cargos do governo, além da dificuldade de deputados conseguirem reuniões com ministros. (Folha)

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