Mercado monitora votação da suspenção do teto da dívida nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o mercado acompanha indicadores do mercado de trabalho e o Haddad participa de evento tributário. No exterior, o foco será a votação na Câmara do projeto que suspende o teto da dívida até 2025 e fala de dirigentes dos principais Bancos Centrais
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, à espera da votação no Congresso dos EUA de um acordo para evitar um calote na dívida pública e após dados mostrarem que a fraqueza no setor manufatureiro chinês se aprofundou. O Hang Seng teve queda de 1,94%, enquanto o Nikkei caiu 1,41% e o Xangai Composto recuou 0,61%. 
  • Na Europa, as bolsas europeias operam no negativo, com investidores demonstrando cautela antes da votação no Congresso dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,21%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,65%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 2,41%, a US$ 71,77 o barril.
  • O ouro recua 0,08%, a US$ 1.957,95 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego
  • 09:30 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE 
  • 09:50 EUA: Discurso de Bowman, Membro do FOMC
  • 11:00 EUA: Relatório de Emprego JOLTs (Abr)
  • 14:00 Brasil: CAGED (Abr)
  • 15:00 EUA: Livro Bege

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Nesta penúltima sessão de maio, em que o petróleo cedeu mais de 4%, a aversão a risco desde o exterior resultou em realização de lucros na B3, em terreno negativo pelo segundo dia. Assim, o Ibovespa fechou aos 108.967,03 pontos, em baixa de 1,24%. O índice foi puxado, principalmente, por Petrobras (ON -0,94% e PN -1,12%) e por Vale (-2,35%). 

Os juros futuros terminaram entre a estabilidade e leve queda. O tombo superior a 4% nos preços do petróleo, a forte deflação do IGP-M em maio e o fechamento da curva dos Treasuries em meio às dúvidas sobre a votação do acordo sobre o teto da dívida nos Estados Unidos acabaram ancorando as taxas, apesar do desempenho negativo das moedas de economias emergentes, incluindo o real.

O dólar à vista subiu pela segunda sessão consecutiva e se firmou acima da linha de R$ 5,00, em dia marcado por tombo das commodities e fortalecimento da moeda americana em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de matéria-prima. Pesam sobre essas moedas a crescente perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos em junho e sinais de perda de fôlego da China. A moeda terminou em alta de 0,60%, cotada a R$ 5,0423.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, em uma sessão com cautela pela negociação sobre o teto da dívida do governo americano. Apesar de progressos no final de semana, o retorno do feriado nos Estados Unidos conta ainda com alguns obstáculos até que finalmente um default seja evitado no país. Enquanto isso, ações de tecnologia seguem impulsionadas pelas perspectivas para inteligência artificial (IA), o que deu fôlego ao Nasdaq. O Dow Jones fechou em baixa de 0,15%, enquanto o S&P 500 ficou estável e o Nasdaq avançou 0,32%.

Os retornos dos Treasuries caíram, com investidores monitorando a tramitação do projeto de lei para elevar o teto da dívida do governo federal nos Estados Unidos. Além disso, declarações de um dirigente do Fed estiveram como foco.

O dólar recuou ante iene, euro e libra, ajustando ganhos recentes. A tramitação do projeto para elevar o teto da dívida no Congresso dos Estados Unidos seguiu como foco, ao lado de declarações de dirigentes do Fed e indicadores. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,09%.

Entre dirigentes do Fed, o presidente da distrital de Richmond, Tom Barkin, notou que a inflação tem se mostrado muito mais “teimosa” do que previam muitos e ainda “parece muito elevada”. 

NOTÍCIAS NOS EUA:

Os holofotes permanecem em Washington e na votação da tarde do Comitê de Regras da Câmara sobre o teto da dívida americana, que deve abrir caminho para uma decisão no plenário hoje (31). 

Algumas vozes democratas e republicanas faziam críticas ao acordo para elevar o teto, fechado entre o presidente americano, Joe Biden, e o da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. O próprio McCarthy disse estar confiante no apoio republicano e minimizou o risco de uma insurgência em parte de sua bancada contra ele. O comitê tem uma maioria de 9 a 4 do Partido Republicano, mas até agora apenas dois votos “não” confirmados, o que significa que o risco de precisar de apoio democrata está crescendo para avançar no processo. O cenário básico para muitos é que a Câmara não jogará desta vez e aprovará a votação.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos recuou de 103,7 em abril (dado revisado) a 102,3 em maio, de acordo com o Conference Board. Analistas ouvidos pela FactSet previam 99,8. O índice de expectativas teve baixa de 71,7 em abril a 71,5 em maio. Ele é baseado na perspectiva dos consumidores para sua renda, os negócios e as condições do mercado de trabalho.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 1,84% em maio, após queda de 0,95% em abril, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador caiu 4,47% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula queda de 2,58%. O IGP-M de maio veio no piso do intervalo das estimativas do mercado financeiro na pesquisa do Projeções Broadcast,  que tinha mediana de -1,61% e o teto de -1,05%.

POLÍTICA NO BRASIL:

O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) decidiu nesta terça-feira (30) adiar a votação da medida provisória sobre a reorganização dos ministérios (MP 1154 de 2023). A proposta perde validade depois de quinta-feira (01). Antes de adiar a votação, conduziu reunião de líderes para debater a medida, aprovada na comissão mista em 24 de maio. O encontro durou mais de 2h. (Poder 360)

Apesar da resistência do governo, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, por 283 votos a 155, o projeto que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Um parlamentar se absteve. Diferentemente da semana passada, quando liberou a base a votar o requerimento de urgência como quisesse, nesta terça-feira o governo orientou contra o mérito da matéria. Por isso, o avanço da medida representa uma nova derrota imposta pelo Congresso ao Palácio do Planalto. (Valor)

Nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de uma lista quádrupla aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os juristas André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques tomaram posse nesta terça-feira (30) como novos ministros titulares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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