Governo e oposição chegam a acordo sobre o teto da dívida americana

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NESTA MANHÃ
  • Em sessão de liquidez mundial reduzida, com feriado nos EUA e Reino Unido, o foco no Brasil é o relatório de emprego, o CAGED de abril, e o acompanhamento das expectativas de mercado, com o Boletim Focus. Além disso, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de uma palestra hoje, às 18h. 
  • As bolsas na Ásia fecharam mistas após o governo americano e a oposição republicana chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida. O Nikkei teve alta de 1,03%, enquanto o Xangai Composto subiu 0,28%. Na direção oposta, o Hang Seng caiu 1,04%, em sessão de volta de feriado. 
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única e perto da estabilidade, após o acordo para elevar o teto da dívida americana e evitar um calote. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,05%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no positivo. 
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,36%, a US$ 76,67 o barril.
  • O ouro recua 0,05%, a US$ 1.945,64 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado EUA: Memorial Day
  • Feriado Reino Unido: Ascensão de Cristo
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 15:00 Brasil: CAGED (Abr)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encontrou fôlego para acentuar alta à tarde e colocar a semana no positivo, subindo 0,77% na sessão, aos 110.905,51 pontos. Na semana, acumulou leve ganho de 0,15% e no mês, o índice sobe 6,20%. 

Os juros futuros fecharam em queda. O movimento se deu em linha com a melhora do apetite pelo risco vista no exterior, na medida em que cresciam as esperanças no fechamento de um acordo para o teto da dívida dos Estados Unidos que precisa sair até o começo de junho para que não haja calote, que também favoreceu o real. Com o noticiário interno esvaziado, a dinâmica do mercado foi conduzida pelo ambiente internacional e ajustes técnicos. No acumulado da semana, a curva perdeu inclinação, pelo recuo consistente dos contratos de longo prazo, refletindo, em boa medida, a aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara.

Nesse cenário, o dólar à vista recuou 0,93%, cotado a R$ 4,9890. Ao passo que, na semana, a divisa encerrou com leve desvalorização em relação ao real, de queda de 0,14%.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York registraram ganhos. Ações de tecnologia estiveram de novo em foco, apoiando o quadro, enquanto o noticiário sobre as negociações para elevar o teto da dívida do governo federal nos Estados Unidos e indicadores importantes eram avaliados. O Dow Jones fechou em alta de 1,00%, enquanto o S&P 500 subiu 1,30% e o Nasdaq avançou 2,19%. Na comparação semanal, Dow Jones perdeu 1,00%, S&P 500 subiu 0,31% e Nasdaq valorizou 2,51%.

Os retornos dos Treasuries não tiveram sinal único, em sessão abreviada, já marcando o Memorial Day, que deixará mercados fechados na segunda-feira (29). Os juros chegaram a ser apoiados e a subir em parte do dia, após indicadores do país, inclusive nova leitura forte da inflação, mas o quadro não se sustentou.

Entre dirigentes do BC americano, Loretta Mester, presidente da distrital de Cleveland, disse em entrevista à CNBC que as opções para junho estão em aberto e que avaliará mais indicadores até lá, mas também deixou claro seu desconforto com a inflação ainda forte, com progresso “lento” para contê-la.

O dólar operou sem sinal único ante a maioria das moedas, encerrando uma semana de ganhos para o ativo americano ante os rivais. As perspectivas para um maior aperto na política monetária pelo Fed foram reforçadas ao longo dos últimos dias, quando dados mostraram uma maior resiliência da economia dos Estados Unidos, assim como a persistência da inflação. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,04%, mas com ganho de 0,97% na comparação semanal.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA avançou 0,4% em abril ante março, de acordo com o Departamento do Comércio do país. Na comparação anual, a alta foi de 4,4%, acelerando em relação ao aumento anual de 4,2% no mês anterior.

Já o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve crescimento de 0,4% no mês passado ante o anterior, acima da projeção de 0,3% de analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal. O crescimento anual foi de 4,7% no mesmo período, acelerando em relação ao crescimento anual de 4,6% em abril e acima da projeção, também de 4,6%.

NOTÍCIAS EUA:

O presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo final, no domingo (28), para aumentar o teto da dívida do país e elevar a capacidade de endividamento, evitando a inadimplência. Agora, os dois trabalham para garantir votos republicanos e democratas suficientes para a aprovação. A medida deverá ser votada na próxima quarta-feira (31).

Os líderes estão trabalhando para obter apoio do meio político enquanto o Congresso se apressa em votar o projeto de aumento do teto da dívida americana antes do prazo de 5 de junho, para evitar um calote federal. O presidente dos Estados Unidos instou os dois partidos no Congresso a se unirem para uma aprovação rápida. “McCarthy e eu deixamos claro desde o início que o único caminho a seguir era um acordo bipartidário”, disse Biden.

POLÍTICA NO BRASIL:

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trabalha com o cenário em que o novo marco fiscal seja aprovado pelos senadores na semana do dia 12 de junho, logo após o feriado de Corpus Christi. O calendário que vem sendo traçado pela equipe de Pacheco,é de que a proposta seja discutida nas próximas duas semanas e possa ser votada antes da próxima reunião do Copom, marcada para 20 e 21 de junho. (CNN)

A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana projeto de lei que estabelece 1988 como o marco temporal para demarcação de terras indígenas e permite a exploração de minérios e agricultura nessas áreas. Também será votada a medida provisória (MP) de reestruturação dos ministérios, que tira atribuições relevantes dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. O parecer do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) desagradou as ministras Marina Silva e Sônia Guajajara. (Valor)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (26) que nota maior “simpatia” na sociedade a mudanças no regime de metas de inflação, que, lembrou, estará na pauta da reunião do mês que vem do Conselho Monetário Nacional (CMN). (InfoMoney)

PAINEL DE COTAÇÕES

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