Investidores mantém cautela após a negociação do teto da dívida americana acabar sem acordo

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, está prevista reunião de Líderes na Câmara para decidir se votação do arcabouço será terça (23) ou quarta-feira (24). Ainda, no âmbito doméstico, teremos a divulgação do segundo Boletim Macrofiscal de 2023, pela SPE. No exterior, o foco ficará com as leituras de indicadores econômicos e com investidores monitorando a situação da dívida americana.
  • As bolsas da Ásia fecharam em baixa, após mais negociações sobre o teto da dívida dos EUA acabarem sem um acordo. O índice japonês Nikkei caiu 0,42%, enquanto o Hang Seng recuou 1,25% e o Xangai Composto teve queda de 1,52%. 
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única, após a falta de resolução do teto da dívida dos EUA e também na esteira de dados de atividade (PMIs) fracos da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,21%.
  • Na zona do euro, o PMI composto recuou a 53,3 no levantamento prévio de maio, ficando abaixo das expectativas, de 54. O do Reino Unido também caiu neste mês, a 53,9.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,75%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,64%, a US$ 76,48 o barril.
  • O ouro recua 0,577%, a US$ 1.958,50 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 EUA: Licenças de Construção (Abr) 
  • 10:45 EUA: PMI S&P Global (Mai)
  • 11:00 EUA: Vendas de Casas Novas (Abr)
  • 15:30 Brasil: Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em baixa de 0,48%, aos 110.213,12 pontos, em uma sessão que operou sem fôlego, perto da estabilidade. O dia foi de recuo para as principais ações e setores da carteira, como os de commodities e finanças: Petrobras (ON -1,50%, PN -1,16%), Vale (ON -1,60%) e grandes bancos (Itaú PN -1,90%, BB ON -1,32%, Bradesco PN -1,00%). Ainda, a cautela no exterior e falas do Campos Neto contribuíram com o movimento mais fraco. 

Os juros futuros avançaram, com altas nos trechos curto e intermediário e leve baixa no trecho longo, o que levou a uma ampliação da inclinação negativa da curva. As taxas domésticas acompanharam as altas dos rendimentos dos Treasuries, em meio à percepção de que o Banco Central brasileiro e o Federal Reserve (Fed), dos EUA, podem manter os juros altos por mais tempo.

Em palestra, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, repetiu que os núcleos do IPCA continuam em nível alto e defendeu que as expectativas de inflação do mercado continuam pressionadas por incertezas em torno das metas e da política fiscal, além dos ruídos entre governo e autoridade monetária. Campos Neto disse ainda que um aumento da meta, como advoga parte do governo, “não traria flexibilidade” à política monetária.

O dólar à vista recuou 0,50%, cotado a R$4,9710, no mercado doméstico de câmbio. Operadores atribuíram a apreciação do real à entrada de fluxo, em especial comercial, e a movimento típico de ajuste de posições e realização de lucros no segmento futuro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam o pregão sem direção única, em quadro de compasso de espera por novas negociações do teto da dívida dos Estados Unidos, agendadas para a noite de ontem (22). Investidores também monitoraram falas de dirigentes do Fed sobre aperto monetário no país e acordos de empresas americanas. O Dow Jones caiu 0,42%, enquanto o S&P 500 subiu 0,02% e o Nasdaq avançou 0,50%.

Os juros dos Treasuries avançaram, na sétima sessão consecutiva de alta, em mais um dia com as atenções voltadas para a discussão sobre o teto da dívida do governo americano. Diante deste quadro, a postura do Fed também é observada, e contou com o posicionamento de alguns dirigentes. Sob essa ótica, o dólar caiu frente ao euro, mas mostrou impulso limitado ante outras moedas fortes em geral. Com isso, o índice DXY registrou leve alta de 0,05%. 

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que pensa em mais duas altas de juros ainda neste ano. Já o Neel Kashkari, dirigente da distrital de Minneapolis, disse que a decisão entre elevar ou não as taxas em junho será difícil. 

NOTICIÁRIO NOS EUA:

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, afirmou que a discussão desta segunda-feira (23) sobre o teto da dívida americana foi produtiva, porém, revelou que permanece o impasse em relação às exigências do presidente americano Joe Biden, principalmente no que tange ao orçamento. Questionado sobre a esperança de um acordo, McCarthy garantiu que ainda é possível e que isto exigirá encontrar um meio termo de comprometimento entre ambas as partes.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

Sob o efeito da redução de combustíveis e do alívio em preços de commodities, a projeção para a inflação de 2023 tombou no Boletim Focus desta semana, enquanto a estimativa para 2024, foco da política monetária, continuou sua trajetória de leve queda. A expectativa para o IPCA em 2023 cedeu de 6,03% para 5,80%. Para 2024, a projeção mostrou redução pela terceira semana seguida, de 4,15% para 4,13%, contra 4,18% de quatro semanas atrás.

POLÍTICA NO BRASIL:

Com críticas à alta de gastos autorizada para 2024 após mudanças no projeto de lei do novo marco fiscal do país, o deputado federal Claudio Cajado (PP-BA) se reuniu nesta segunda-feira (22) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e prometeu que fará novos “ajustes de redação” para deixar mais claro alguns “pontos de dúvidas”. “O relatório nunca deu aumento de R$ 80 bilhões [de gastos para 2024]. Essa conta criou ruído e vamos encontrar redação que deixe claro que não haverá nada nesse sentido”, disse. Cajado afirmou ainda que poderá aceitar emendas de congressistas que agreguem no entendimento, dentre as 40 apresentadas para mudanças no projeto. (Valor / Poder 360)

O Palácio do Planalto pediu ao Ministério de Minas e Energia (MME) que faça uma análise sobre o parecer do Ibama que vetou a exploração de petróleo na foz do Amazonas. Lula, durante entrevista coletiva em Hiroshima, no Japão, onde participou das reuniões da cúpula do G7, concordou com a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, ajudando a “acalmar os ânimos” nas bancadas do Amapá no Congresso. (Valor / Valor)

O Ministério do Planejamento e Orçamento aumentou de R$ 107,6 bilhões para R$ 136,2 bilhões a projeção para o déficit primário de 2023. O governo bloqueou as despesas do Orçamento em R$ 1,7 bilhão para cumprir o teto de gastos. Em termos percentuais, o rombo nas contas públicas esperado para este ano passou de 1% para 1,3% do PIB. (Poder 360)

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