Mercado acompanha votação da urgência do arcabouço fiscal na Câmara

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o mercado estará de olho na votação da urgência do projeto de lei do arcabouço fiscal na Câmara. Ainda, a participação de Campos Neto, presidente do BC, na Conferência Anual do BC e os dados de varejo também são foco no mercado doméstico. Lá fora, o destaque fica com a leitura do dado de construção de moradias e discurso do vice-presidente do BCE, Luis de Guindos. 
  • As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, após dados animadores de crescimento do Japão e em meio ao impasse no diálogo sobre o teto da dívida dos EUA. O índice Nikkei subiu 0,84%, enquanto o Hang Seng despencou 2,09% e o Xangai Composto recuou 0,21%.
  • O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão se expandiu em ritmo anualizado de 1,6% no trimestre até março, na comparação anual, superando as expectativas de 1,3%.
  • Na Europa, os mercados operam sem direção única e perto da estabilidade, enquanto investidores avaliam dados econômicos e balanços corporativos e, até certo ponto, se mantêm na defensiva em meio ao impasse nas negociações sobre a elevação do teto da dívida dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,13%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu 7% em abril, acelerando levemente ante 6,9% em março, de acordo com a revisão divulgada pela Eurostat. O resultado definitivo confirmou a estimativa inicial e veio em linha com a previsão de analistas.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indica abertura no positivo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,53%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,48%, a US$ 75,27 o barril.
  • O ouro recua 0,07%, a US$ 1.987,70 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Vendas no Varejo (Mar)
  • 09:30 EUA: Licenças de Construção (Abr)
  • 11:30 EUA: Estoque de Petróleo Bruto
  • 12:15 União Europeia: Discurso de Luis de Guindos, vice-presidente do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Ibovespa conseguiu operar em boa parte do dia acima da marca d´água, evitando então realização de lucros e estendendo a série de ganhos pelo que seria a nona sessão, sequência não vista desde o intervalo entre 14 e 26 de fevereiro de 2018. No entanto, no fim da tarde, cedeu e o índice fechou em baixa de 0,77%, aos 108.193,68 pontos.

Petrobras (ON +2,24%, PN +2,49%) foi a surpresa positiva da sessão entre as ações de maior peso e liquidez na B3, com a reação favorável do mercado à mudança na política de precificação dos combustíveis. No lado oposto, Magazine Luiza (-22,83%), após balanço trimestral pior do que o esperado, com prejuízo líquido de R$ 391 milhões entre janeiro e março, à frente de BRF (-9,17%) e 3R Petroleum (-7,53%) na sessão. Ainda, os operadores reagiram ao texto substitutivo do arcabouço fiscal, que foi apresentado pelo relator Claudio Cajado na manhã da terça-feira (16). 

Os juros futuros fecharam o pregão em alta, mais intensa nos trechos intermediário e longo, em dia de realização de ganhos após a queda das taxas nas últimas semanas. A redução do apetite global por risco em uma sessão de surpresas negativas com dados de atividade da China e Estados Unidos e a avaliação de que o novo arcabouço fiscal teve melhorias, porém, que ainda existem desafios para sua implementação, favoreceram a abertura da curva.

Nesse cenário, o dólar quebrou a sequência de cinco pregões consecutivos de queda, que acumulou desvalorização de 2,46%, e encerrou a sessão com alta de 1,13%, cotado a R$ 4,9430.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão na qual são pressionadas pelas perspectivas econômicas e os riscos no horizonte. A ameaça de um default do governo americano prossegue, enquanto negociadores de um acordo deram sinalizações negativas ao longo do dia sobre a proximidade de um acerto. Enquanto isso, algumas indicações, como os números de vendas de alguns varejistas sugeriram um panorama de maior preocupação com os próximos meses. O Dow Jones caiu 1,01%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,64% e o Nasdaq recuou 0,18%.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram, ao passo que investidores observaram o persistente impasse quanto ao teto da dívida e o compromisso de dirigentes do Fed com a estabilidade de preços, após a divulgação de indicadores.

O presidente da distrital do Fed em Chicago, Austan Goolsbee, disse considerar “prematuro” tentar antever uma redução na taxa básica este ano. Já o líder da regional de Richmond, Tom Barkin, comentou que estaria confortável em apoiar novas altas de juros se a situação assim exigir.

Em meio aos indicadores e declarações do Fed, o dólar também subiu ante as principais moedas. Sinais do BCE e da zona do euro também estiveram em foco, bem como a regulação bancária após turbulências recentes no setor e as negociações para a elevação do teto da dívida do governo federal dos EUA. Com isso, o índice DXY registrou alta de 0,13%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

As vendas no varejo nos Estados Unidos subiram 0,4% em abril ante março, para US$ 683,2 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio. Analistas consultados pela FactSet esperavam alta maior, de 0,8% no período.

A produção industrial americana avançou 0,5% em abril, na comparação com o mês anterior, conforme informou o Federal Reserve (Fed). Os analistas consultados pela FactSet previam que o indicador ficasse estável no período.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O setor de serviços cresceu 0,9% em março na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado ficou próximo ao teto das expectativas, de 1,1%, que tinham mediana de 0,4%. Já em relação a março de 2022, o índice teve elevação de 6,3%, nesse caso, acima do teto das estimativas (5,9%), com mediana de 1,5%.

No geral, a leitura foi mista. O resultado mais forte que o esperado foi muito impactado pela alta nos transportes, puxada pelo segmento agro, com o escoamento de grãos. Contudo, serviços prestados à família, abertura mais sensível à uma política monetária contracionista, apresenta um resultado mais fraco.  Leia o relatório completo aqui.

TEXTO SUBSTITUTIVO DO NOVO ARCABOUÇO FISCAL:

Ontem (16/05), o deputado Claudio Cajado (PP-BA) apresentou o relatório preliminar substitutivo ao projeto do novo arcabouço fiscal (PLP 93/23), renomeado para Regime Fiscal Sustentável, que vai suceder o teto de gastos. 

O texto mantém o cerne do projeto do governo (despesa atrelada à variação da receita e meta de resultado primário), mas o relator propõe algumas mudanças. Ele limita as exceções à regra, corrige o descasamento do IPCA para a apuração das receitas e das despesas e principalmente, estabelece o contingenciamento obrigatório e o acionamento de gatilhos para conter o avanço das despesas. Leia nossa análise completa aqui.

POLÍTICA NO BRASIL:

Conforme anunciado pela Petrobras ontem (16), o litro da gasolina às distribuidoras, a partir de hoje (17), terá corte de R$ 0,40, passando para uma média de R$ 5,20. O preço do diesel foi reduzido em R$ 0,44, custando uma média de R$ 5,18. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP) — o popular gás de cozinha — também teve redução de R$ 8,97 por botijão. (CNN) O impacto na nossa projeção de inflação é uma revisão baixista de 15 bps, passando para 6,0% no fim de 2023.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu cassar nesta terça-feira (16) o mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato. A execução da decisão do TSE é imediata, mas Deltan pode recorrer à própria Corte Eleitoral e ao STF. Em uma votação relâmpago, os ministros decidiram seguir o voto do relator, Benedito Gonçalves, que argumentou que ele pediu exoneração do cargo de procurador da República para “driblar” 15 processos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que poderiam levar à sua demissão do cargo e, consequentemente, deixá-lo inelegível. (Valor)

A maioria dos partidos da Câmara deve aprovar o projeto do novo arcabouço fiscal após as mudanças feitas pelo relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que incluiu regras para conter a expansão dos gastos se o governo federal descumprir a meta fiscal estabelecida em lei. O acordo costurado entre as bancadas governistas e independentes pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é que a votação ocorra na próxima semana sem a apresentação de emendas. (Valor)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou no final da noite desta terça-feira (16) a apreciação do requerimento de urgência do projeto do novo marco fiscal do país para quarta-feira (17) depois de entendimento com líderes partidários. A pauta oficial foi enviada para que orientem suas bancadas à luz dos acordos feitos para toda a pauta. (Poder 360)

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