Investidores monitoram leitura da inflação de abril

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, na agenda doméstica, o destaque será o IPCA (09h), que o consenso indica alta de 0,55%. No exterior, o índice de confiança do consumidor (11h) será importante para entender o reflexo dos dados de atividade nas expectativas. Também em foco, ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do G7 participam de reunião no Japão.
  • As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, diante de tensões persistentes no setor bancário dos EUA e sinais de recuperação mais lenta da China. O índice Xangai Composto recuou 1,12%, enquanto o Hang Seng caiu 0,59%. O Nikkei contrariou o movimento da região e avançou 0,90%, favorecido por ganhos nos setores automotivo e imobiliário. 
  • Na Europa, os mercados operam em alta, ensaiando recuperação de perdas recentes, enquanto investidores avaliam dados de crescimento e indústria do Reino Unido e digerem balanços corporativos da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,58%.
  • O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1% no primeiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores, em linha com as expectativas. Já a produção industrial britânica avançou 0,7% em março, maior avanço mensal desde maio/2021, superando expectativas de estabilidade no período.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,41%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,27%, a US$ 75,18 o barril.
  • O ouro recua 0,45%, a US$ 2.005,38 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:15 Reino Unido: Discurso de Pill, Membro do CPM do BoE 
  • 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) (Abr)
  • 10:00 EUA: Monitor do PIB NIESR
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (Mai)
  • 13:00 EUA: Relatório WASDE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa emendou o sexto ganho diário consecutivo, com alta de 0,75%, aos 108.256,40 pontos. Com valorização desde a manhã carregada pelo setor financeiro, durante a tarde o índice foi impulsionado pelas as ações da Petrobras (PETR3 2,40% e PETR4 3,67%) com a notícia de que o conselho de administração da estatal aprovou os dividendos em torno de R$ 24 bilhões para o primeiro trimestre

Os juros futuros encerraram o pregão em queda, acompanhando as taxas americanas, puxado por sinais de desaceleração da inflação nos EUA e China. Além disso, declarações de dirigentes do BCB e o otimismo com a inclusão de mecanismos de controle (enforcement) no novo Arcabouço Fiscal ajudaram a sustentar o rali das taxas domésticas. Já o dólar, se descolou do exterior e encerrou o pregão em baixa de 0,27%, a R$ 4,9370.

Operadores observaram entrevistas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica da autarquia, Diogo Guillen, que reforçaram a percepção de queda da Selic no segundo semestre. Ao Faria Lima Journal, Campos Neto afirmou que o debate sobre a meta de inflação é válido e reconheceu “progressos” no processo de desinflação do País, devido à moderação dos preços de commodities e de alguns bens industriais.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, após a persistência de incertezas sobre bancos regionais se contrapor aos sinais de arrefecimento da inflação americana, na esteira da desaceleração do índice de preços ao produtor (PPI) e o do avanço nos pedidos de auxílio-desemprego.

O Dow Jones encerrou o pregão em baixa de 0,66%, com o tombo de quase 9% da Walt Disney pesando fortemente sobre o índice, em reação negativa ao balanço que mostrou crescimento fraco dos assinantes da sua divisão de streaming. Entre as outras referências, o S&P 500 perdeu 0,17%, enquanto o Nasdaq avançou 0,18%.

Os rendimentos dos Treasuries operaram em baixa, em um contexto de alta demanda pelos títulos, diante das incertezas com a crise bancária. Além disso, o mercado acompanhou a divulgação de indicadores como econômicos, buscando assim entender quais os potenciais impactos das leituras para a política monetária do Fed. Nesse cenário, o dólar avançou, com o índice DXY fechando em alta de 0,57%.

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) anunciou, nesta quinta-feira (11), uma plano para impor ao sistema financeiro parte dos custos associados a medidas tomadas para estabilizar as tensões recentes no setor. Pela proposta, bancos com mais de US$ 5 bilhões em depósitos não segurados ficariam sujeitos a novas taxas, com objetivo de ajudar a recuperar US$ 15,8 bilhões relacionados às intervenções no Silicon Valley Bank (SVB) e no Signature Bank, em março.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos subiu 0,2% em abril ante março, de acordo com os dados publicados pelo Departamento do Trabalho americano. O resultado veio um pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço de 0,03%. Já o núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também aumentou 0,2% na comparação mensal de abril, ficando em linha com o consenso. Na comparação anual, o índice teve alta de 2,3%, desacelerando em relação aos 2,7% observado em março. 

O número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 22 mil na semana encerrada no dia 6 de maio, a 264 mil, conforme divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O resultado veio acima da previsão de analistas consultados pela Factset, de 246 mil solicitações.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril de 2023, mostrou que a estimativa para a safra agrícola de grãos deste ano é de um aumento de 14,81% em relação à produção em 2022. A soja, principal commodity brasileira, deve ter uma safra 24,7% maior, totalizando 149 milhões de toneladas em 2023, o que representa uma produção recorde. Para o fim de 2023 a nossa projeção para o PIB é de 1,0%, com perspectiva de uma alta forte no Agro. Para ler o relatório completo, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL:

O relator do texto do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou nesta quinta-feira (11) que tem tido “dificuldades” na relação com integrantes do governo. Ele cobrou um “discurso único” do Executivo. Declarou que apresentará o seu relatório da nova regra fiscal na segunda-feira (15) em reunião com líderes partidários. (Poder360)

O governo Lula acelerou a liberação de emendas de deputados e senadores depois de derrota em votação no Congresso Nacional e de ameaças de novos reveses. Cerca de R$ 1,15 bilhão da verba da cota individual dos parlamentares foi empenhado nesta semana. No restante do ano, o valor empenhado ainda não havia atingido R$ 200 milhões. A gestão petista ainda planeja começar a desembolsar, nas próximas semanas, recursos referentes às antigas emendas do relator, que totalizam R$ 9,85 bilhões. Além disso, o Planalto estima que deve reservar um total de R$ 1,7 bilhão em emendas da cota individual e das bancadas dos estados neste mês. (Folha)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), fez uma série de publicações no Twitter para justificar o repasse de recursos via emendas parlamentares. De acordo com ele, o governo atual paga muito mais do que a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e está efetuando pagamentos de emendas contratadas ainda em 2022, mas que não foram entregues.

RESULTADOS CORPORATIVOS:

A Petrobras terminou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 38,16 bilhões, queda de 14,4% em comparação com o lucro de R$ 44,56 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a Petrobras, o resultado refletiu a queda na cotação do Brent, menor demanda por diesel e gasolina, maior competição no mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP) e queda no resultado financeiro. A companhia também informou que vai pagar R$ 24,7 bilhões em dividendos, o equivalentes a R$ 1,89 por ação. (Valor)

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