Leitura da inflação americana aumenta expectativa de encerramento do aperto monetário

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no exterior, o destaque será a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) (8h) e indicadores econômicos americanos, como a inflação do produtor (09h30) e dados de emprego. No Brasil, diretores do Banco Central participam das reuniões trimestrais com economistas. Além disso, a Petrobras divulga o balanço trimestral após o fechamento dos mercados.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores digeriam os últimos dados de inflação dos EUA e da China, as duas maiores economias do mundo. O índice Hang Seng registrou queda de 0,09%, enquanto o Xangai Composto recuou  0,29% e o Nikkei teve alta marginal de 0,02%.
  • A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) da China subiu 0,1% em abril. O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas , que previam alta de 0,3%. Já a inflação ao produtor (PPI) teve queda anual de 3,6% em abril. O consenso era de recuo menos acentuado, de 3,2%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em leve alta, ensaiando recuperação das perdas do último fechamento, enquanto investidores aguardam novo aumento de juros pelo BoE e avaliam os últimos balanços corporativos da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,41%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,41%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,47%, a US$ 76,77 o barril.
  • O ouro recua 0,13%, a US$ 2.027,54 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros (Mai)
  • 08:00 EUA: Relatório Mensal da OPEP 
  • 09:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor (IPP) (Abr)
  • 09:30 EUA: Pedidos Contínuos por Seguro-Desemprego
  • 10:15 Reino Unido: Pronunciamento de Bailey, governador do BoE 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa subiu 0,31%, aos 107.448 pontos, quinta sessão seguida de alta, em dia de retirada de prêmio de risco dos ativos ligados à economia local, em linha com a melhora do noticiário político em Brasília, após declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, defendendo consequências mais pesadas em caso de não cumprimento da meta no novo arcabouço fiscal. A temporada de balanços corporativos, adicionalmente, continuou a guiar as compras no índice.

Os juros futuros encerraram o pregão em queda firme, acompanhando o recuo nos rendimentos dos Treasuries, que caíram com os sinais de alívio nos dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA.

O dólar à vista fechou em queda de 0,76%, cotado a R$ 4,9500, em dia marcado por sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior, após divulgação da inflação dos EUA.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam com viés alta, em sessão que teve como grande destaque a publicação do índice de preços ao consumidor de abril nos Estados Unidos, que apresentou uma desaceleração, apesar do núcleo se manter persistente. O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,09%, enquanto o S&P 500 subiu 0,45% e o Nasdaq avançou 1,04%.

O dólar e o rendimentos dos Treasuries recuaram, após a leitura da inflação, em linha com as estimativas, aumentar expectativas de que o Fed possa não só encerrar o ciclo de aperto, mas cortar juros já este ano. O índice DXY registrou baixa de 0,13%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,4% em abril ante março, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Trabalho. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,4% na comparação mensal. Os dois resultados ficaram em linha com a mediana das expectativas. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

A produção industrial cresceu 1,1% em março na comparação mensal, recuperando a queda de 0,5% acumulada nos outros dois meses do trimestre, próximo às expectativas, que tinham mediana de 1,1%. Na comparação com março de 2022, o índice apresentou alta de 0,9%, enquanto a mediana das estimativas apontava para alta de 0,7%. A leitura contribui para uma atividade mais forte no primeiro trimestre, recuperando depois de dois meses fracos, embora não nos tenha feito alterar a perspectiva da trajetória para o ano. Para ler o relatório completo, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

Em meio às dificuldades de articulação política do governo de Lula (PT), o ministro Fernando Haddad obteve uma vitória no Senado Federal ao conseguir barrar pressões de última hora e garantir a aprovação de uma medida que pode assegurar até R$ 23 bilhões em recursos em 2024. Os senadores validaram a medida provisória (MP) que muda as regras do chamado preço de transferência – forma de tributação das operações internacionais realizadas por empresas que integram um mesmo grupo econômico. (Valor)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reiterou na tarde desta quarta-feira que o Congresso não vai admitir retrocesso nas reformas que foram feitas nos últimos anos. Ele afirmou que a proposta de arcabouço fiscal enviada pelo governo tem “espinha dorsal bem feita”, mas será naturalmente complementada pelo trabalho no Congresso no que diz respeito à responsabilidade quando as metas e limites não forem cumpridos. “O governo terá obrigações claras para quando não forem cumpridas as metas”, disse ele. (Valor)

A comissão mista da MP (medida provisória – 1.164 de 2023) que recria o Bolsa Família aprovou nesta quarta-feira (10/05) o texto do relator, deputado Dr. Francisco (PT-PI). A proposta foi aprovada com algumas mudanças, como o pagamento de R$ 50 para lactantes e a permissão para usar 35% do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para contratação de crédito consignado. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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