Ata do Copom de maio fica no centro das atenções do mercado

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o destaque será a ata da reunião do Copom de maio (08:00). Lá fora, o presidente dos EUA, Joe Biden, participa de reunião com lideranças do Congresso para tratar do teto da dívida. Além disso, dirigentes do Fed e do BCE discursam às 9:30 e  14:00, respectivamente.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores digeriam os últimos números da balança comercial da China, que mostraram desaceleração das exportações e uma inesperada queda nas importações. O índice Hang Seng registrou queda de 2,12%, enquanto o Xangai Composto recuou  1,10% e o Nikkei subiu 1,01%.
  • As exportações da China apresentaram crescimento de 8,5% em abril ante igual mês do ano passado, após avançarem 14,8% em março, de acordo com dados divulgados pelo órgão alfandegário do país. O resultado foi melhor do que o esperado por economistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 6%.
  • Também no confronto anual, as importações chinesas tiveram redução de 7,9% em abril, bem abaixo da alta de 0,5% projetada no levantamento do jornal. Em março, as importações caíram 1,4%, na mesma base de comparação.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em baixa, mostrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA, a serem publicados nos próximos dias. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,62%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,48%
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,75%, a US$ 76,43 o barril.
  • O ouro avança 0,46%, a US$ 2.030,53 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Ata do Copom  
  • 09;30 EUA: Discurso de Jefferson, governador do Fed  
  • 09:55 EUA: Índice Redbook (Anual)
  • 14:00 Zona do Euro: Pronunciamento de Schnabel, do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa subiu 0,85%, aos 106.042,15 pontos. O bom desempenho das ações de commodities, em dia de recuperação para o petróleo e o minério de ferro (em alta de 5% na China), prevaleceu sobre a cautela externa e os ruídos domésticos, em sessão na qual o Ibovespa contou também com o impulso dos papéis do setor financeiro, de grande peso no índice.

Os juros futuros encerraram o pregão em alta, com os negócios influenciados pelas notícias relacionadas à nomeação para as diretorias do Banco Central. A indicação do secretário da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de política monetária, dividiu a opinião de participantes do mercado. Por um lado, levantaram preocupações sobre possíveis motivações políticas nas decisões da autoridade e, por outro, afirmam ver uma redução nos riscos de cauda, dado que Galípolo tem um bom trânsito no governo e parte do mercado.

O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 1,37%, cotado a R$ 5,0115, alinhado ao sinal positivo da moeda americana frente a divisas fortes e emergentes pares do real, como peso mexicano e chileno.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, à medida que investidores tentam antecipar se a recente turbulência no sistema bancário deflagrará uma crise de crédito nos Estados Unidos. O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,17%, enquanto o S&P 500 subiu 0,05% e o Nasdaq avançou 0,18%.

Os rendimentos dos Treasuries operaram em alta, em uma sessão com alívio em virtude dos temores recentes de crise no setor bancário americano.

O dólar oscilou perto da estabilidade frente a outras moedas fortes em boa parte do dia, mas ganhou algum fôlego após relatório do Fed que mostrou nesta tarde aperto nas condições de crédito por bancos. Além disso, o iene caiu, em meio a avaliações sobre a ata da reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ). O índice DXY registrou alta de 0,16%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os bancos dos Estados Unidos têm restringido o crédito em diversas modalidades, de acordo com o Senior Loan Officer Opinion Survey, relatório trimestral do Federal Reserve. O levantamento mostra ainda que os bancos projetam um aperto nas condições de crédito no restante do ano atual.

Em relação a empréstimos para empresas, os participantes da pesquisa reportaram, no balanço, um aperto nos padrões e também uma demanda mais fraca por empréstimos nos setores comercial e industrial, tanto para empresas pequenas e médias quanto para as grandes, ao longo do primeiro trimestre nos EUA. Houve também padrões mais rígidos e menor demanda nos empréstimos para o setor imobiliário comercial, aponta o levantamento.

O aperto em padrões de empréstimo também ocorreu no caso das pessoas físicas, em todas as categorias de financiamento imobiliário. O aperto também foi visto em todas as categorias para os consumidores, com demanda mais fraca para empréstimos para a compra de automóveis, por exemplo, enquanto o quadro para os cartões de crédito “permaneceu basicamente inalterado”.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Monitoradas atentamente pelo Copom do Banco Central, as projeções para a inflação começaram a cair, ainda que levemente, no Boletim Focus desta semana.

A expectativa para o IPCA deste ano na Focus cedeu de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. Um mês antes, a mediana era de 5,98%. Para 2024, ano em que o BC mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,18% para 4,16%, contra 4,14% de quatro semanas atrás.

A produção de veículos caiu 3,9% no mês passado, quando comparada a igual período de 2022, em resultado que reflete os ajustes feitos pelas montadoras diante das vendas abaixo das expectativas neste ano. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 178,9 mil veículos foram vendidos no mês passado, de acordo com balanço divulgado pela Anfavea, a associação das montadoras.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira (8) que “há uma tendência” na Casa em aprovar o projeto de decreto legislativo que suspende dispositivos de dois decretos presidenciais de regulamentação do novo marco do saneamento básico. (Valor)

Alvo de críticas pela dificuldade do governo na articulação política, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, relativizou nesta segunda-feira (8) as recentes dificuldades do governo no Congresso e cobrou fidelidade de partidos aliados. Porém, a despeito da expectativa de líderes governistas, que querem se reunir diretamente com o presidente Lula, o ministro apontou que permanece com respaldo para fazer essa interlocução no dia a dia. (Valor)

O Supremo Tribunal Federal formou maioria de votos nesta 2ª feira (08/05) para validar a decisão do ex-ministro Ricardo Lewandowski que autorizou o decreto do presidente Lula suspender a redução da alíquota de PIS/Pasep e da Cofins. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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