Investidores aguardam Payroll em dia de agenda fraca no Brasil

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • Hoje o destaque será o relatório de emprego dos EUA, o payroll, primeiro depois da alta de juros. Discursos de dois dirigentes do Fed também ficam no radar. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à rádio CBN (8h00).
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após Wall Street acumular perdas pelo quarto dia seguido e dados mostrarem que o setor de serviços chinês está se expandindo em ritmo mais contido. O índice Hang Seng subiu 0,50%, enquanto o Xangai Composto recuou 0,48%. No Japão e na Coreia do Sul, não houve negócios em razão de feriados.
  • O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da China recuou de 57,8 em março para 56,4 em abril.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em alta ensaiando recuperação de perdas da sessão anterior, enquanto investidores avaliam balanços corporativos e dados econômicos da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,19%.
  • As vendas no varejo da zona do euro caíram 1,2% em março ante fevereiro, de acordo com dados publicados pela Eurostat. Analistas  previam estabilidade das vendas no período.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,40%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,48%, a US$ 73,57 o barril.
  • O ouro recua 0,68%, a US$ 2.037,77 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Relatório de Emprego (Payroll) (Abr)
  • 14:00 EUA: Discurso Dirigente do Fed
  • 16:00 EUA: Crédito ao Consumidor (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o dia em leve alta de 0,37%, aos 102.174,34 pontos. O bom desempenho de Petrobras (ON +1,46%, PN +1,59%) e dos grandes bancos (Bradesco PN +2,33%, Unit do Santander +1,73%) foi mais do que suficiente para compensar as perdas de mineradoras e siderúrgicas com a queda no minério ferro, que fechou abaixo de US$ 100 por tonelada pela primeira vez desde novembro passado.

Os contratos de DI caíram em toda a curva. Nos trechos médios e longos, o recuo chegou a superar os 13 pontos-base, refletindo o temor de uma crise no sistema bancário americano. A ponta curta mostrou queda menor, em torno de 2 pontos-base, após o Copom ter sugerido pouco espaço para corte da Selic no curto prazo.

O dólar à vista encerrou o pregão perto da estabilidade. Segundo operadores, o dia foi de realização de lucros e ajuste de posições, além de fluxos pontuais de saída de capital externo. Investidores ainda avaliam os desdobramentos das decisões de política monetária aqui e nos EUA, enquanto monitoram as tensões no sistema bancário americano e seus desdobramentos sobre a economia global. No fechamento, o dólar comercial fechou em alta de 0,01%, a R$ 4,9922.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, ainda repercutindo o aumento de juros feito pelo Fed e pressionadas pelo setor financeiro. O foco da sessão ficou sobre ações de bancos regionais, em especial o PacWest Bancorp e o Western Alliance, que despencaram 50,62% e 38,54%, respectivamente.

No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,86%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,72% e o Nasdaq recuou 0,49%.

Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único, depois de começar a sessão intensamente pressionados pelos temores com o setor bancário, e a consequente busca pela segurança dos títulos. Investidores ainda seguiram atentos às tratativas pelo teto da dívida americana no Congresso

O dólar não firmou direção única frente a outras moedas principais. O quadro de cautela, em meio a novas tensões com bancos médios americanos, apoiou a busca pela segurança do iene, enquanto investidores também continuavam a se ajustar à comunicação do Fed. Além disso, o euro recuou mesmo após o BCE elevar juros e dizer que o ciclo de aperto não está encerrado. O índice DXY registrou alta de 0,06%.

DECISÃO DE JUROS – ZONA DO EURO:

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, à medida que a inflação na zona do euro segue persistente e bem acima da meta oficial de 2%. Com a decisão, a taxa de refinanciamento do BCE passará de 3,50% a 3,75%, a de depósitos, de 3% a 3,25%, e a de empréstimos, de 3,75% a 4%.

Futuras decisões vão garantir que as taxas de juros sejam elevadas a níveis suficientemente restritivos para garantir o retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%“, disse o BCE em comunicado

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram 13 mil na semana passada, a 242 mil, de acordo com o Departamento do Trabalho. O resultado veio acima da previsão de analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, de alta a 236 mil.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta quinta-feira o atual patamar dos juros no Brasil e se referir nominalmente ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Todo mundo aqui pode falar sobre tudo, mas não pode falar de juros, né?”, reclamou, citando entidades representantes das indústrias como aquelas que não poderiam comentar as taxas de juros. “Como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas”, continuou. (Valor)

Um dia após a primeira grande derrota para o governo no Congresso, com a derrubada de trechos dos decretos do saneamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou um recado direto ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Espero que ele [Padilha] tenha a capacidade de organizar, de articular, que ele teve no conselho, dentro do Congresso Nacional. Aí vai facilitar muito a vida”, disse em meio a risos da plateia durante discurso. (Valor)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pode aumentar o tempo para o governo articular uma virada no projeto que suspende trechos de decretos do presidente Lula (PT) sobre o marco do saneamento básico. Diferente do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que colocou a pauta no plenário sem passar por comissões, Pacheco deve enviar o projeto para análise da CI (Comissão de Infraestrutura). (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares