Mercados operam à espera de indicadores de atividade e inflação no Brasil e nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, a agenda traz uma série de indicadores de atividade e inflação. Além disso, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, debatem sobre “Juros, Inflação e Crescimento” com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento no Senado. Ainda, na bolsa deve repercutir o resultado da Vale. Lá fora, as prévias do PIB dos EUA no primeiro trimestre e do índice de preços (PCE) vão calibrar as expectativas para a decisão do Fed na próxima semana em meio a tensão bancária.
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta modesta, à espera da primeira decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ) sob comando do novo presidente do Banco Central, Kazuo Ueda, e em meio a um alívio em tensões geopolíticas relacionadas à guerra na Ucrânia, embora preocupações sobre o setor bancário americano sigam pesando em Wall Street. O índice Hang Seng avançou 0,42%, enquanto Nikkei subiu 0,15% e o Xangai Composto registrou alta de 0,67%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam sem direção única, à medida que investidores digerem balanços positivos locais, incluindo do Deutsche Bank e do Barclays, mas também olham com cautela para o exterior. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,23%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,46%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,42%, a US$ 78,02 o barril.
  • O ouro avança 0,40%, a US$ 1.997,18 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-M (Abr) 
  • 09:00 Brasil: Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) (Fev)
  • 09:30 EUA: PIB (1° Tri)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (1° Tri) 
  • 11:00 EUA: Vendas Pendentes de Moradias (Mar)
  • 14:00 Brasil: Índice de Evolução de Emprego do CAGED (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou a sessão em queda de 0,88%, aos 102.312,10 pontos, acompanhando o comportamento negativo das bolsas de Nova York. Ações de bancos e Petrobras pressionaram o índice, na medida em que investidores voltam a precificar um maior risco de recessão global à frente. 

Os juros curtos encerraram o pregão em alta, enquanto os vértices mais longos exibiram recuo, em uma sessão direcionada por uma abertura do IPCA-15 classificada por participantes do mercado como marginalmente negativa. Ao mesmo tempo, agentes seguiram aguardando o início da tramitação do arcabouço fiscal no Congresso Nacional.

O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,16%, cotado a R$ 5,0570. Houve um leve ajuste de posições, com devolução de parte da alta anterior, em meio a recuo da moeda americana frente a pares fortes. Por outro lado, a nova rodada de queda das commodities, limitou o fôlego do real.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam o pregão sem direção única, em meio à preocupação com a saúde do setor financeiro americano, diante dos problemas do First Republic Bank. Resultados do setor de tecnologia, especialmente da Microsoft, deram fôlego ao Nasdaq e o índice fechou em alta, desalinhado com o movimento dos outros dois índices nova-iorquinos. O índice Dow Jones caiu 0,68%, enquanto o S&P 500 baixou 0,38% e o Nasdaq avançou 0,47%.

Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único, com cenário tensão no sistema bancário que vem se sobrepondo à publicação de alguns indicadores sobre a economia americana.

A ação do First Republic Bank teve as negociações paralisadas mais uma vez na Bolsa de Nova York após reportagem da Bloomberg informar que a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) considera limitar o acesso do banco às janelas de empréstimos do Federal Reserve.

O dólar recuou ante outras moedas fortes em geral, como o euro e a libra, ajustando ganhos recentes. A moeda comum europeia esteve apoiada em dia de novo comentário sobre a persistência do núcleo da inflação na zona do euro, pelo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos. O índice DXY registrou queda de 0,39%

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Os pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 3,2% em março ante o mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio. O resultado veio acima da projeção de alta de 0,5%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IPCA-15 de abril registrou alta de 0,57%, de acordo com o IBGE. A leitura veio abaixo das projeções do mercado, que tinham mediana de 0,61%. Em 12 meses o índice acumula 4,16%, ante 5,36% em março. Vemos que, apesar de abaixo das expectativas, a leitura trouxe alguns pontos de atenção. Para ler o relatório completo, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (26/4), a suspensão do julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o ICMS. No entanto, mesmo após serem notificados, os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram dar continuidade ao julgamento. A 1ª Seção do STJ manteve a decisão sobre a incidência de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre ganhos obtidos com a correção, pela Selic, de depósitos judiciais. Contribuintes tinham a expectativa de que a Corte poderia mudar seu entendimento para adequá-lo à decisão do STF em caso de devolução de tributos pagos indevidamente (repetição de indébito). (Correio Braziliense / Valor)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu nesta quarta-feira (26/04) os requerimentos de abertura de 3 CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Com a leitura formal, os colegiados são considerados criados. Os líderes partidários devem fazer as indicações dos integrantes para que as CPIs sejam instaladas. Os colegiados vão investigar as inconsistências contábeis das Americanas; a manipulação de jogos de futebol no Brasil por causa de apostas esportivas; e a atuação do MST. (Poder 360)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT), disse acreditar, nesta quarta-feira (26), que a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro não irá atrapalhar a votação de agendas econômicas importantes, como no caso do novo marco fiscal e da reforma. (Valor)

O ministro interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Cappelli, demitiu nesta quarta-feira (26/04) 3 secretários nacionais e 26 funcionários públicos que ocupavam cargos de direção no órgão. Em nota, o GSI informou que as demissões fazem parte “do processo de renovação” determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Poder 360)

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (26) o reajuste de 9% para os servidores federais. Os novos valores já passam a valer no mês de maio e são acompanhados de mais R$ 200 no vale alimentação. O custo da medida para os cofres públicos será de R$ 11,2 bilhões, montante já previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). (Valor)

NOTÍCIAS CORPORATIVAS

O lucro líquido das operações continuadas da Vale (VALE3) atingiu US$ 1,87 bilhão no primeiro trimestre de 2023, de acordo com dados divulgados pela companhia nesta quarta-feira (26), após o fechamento do pregão. O resultado representa um tombo de 58% em relação ao valor reportado no mesmo período do ano passado, de US$ 4,47 bilhões. (Money Times)

NOTÍCIAS INTERNACIONAIS

O presidente chinês, Xi Jinping, conversou por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela primeira vez desde que a Ucrânia foi invadida pela Rússia, há 14 meses. Em seu Twitter, Zelensky disse que a ligação foi “longa e significativa”. Desde que o conflito eclodiu, o presidente ucraniano demonstrava interesse em conversar com o líder da segunda maior economia do planeta, sinalizando aguardar um contato de Xi. “Creio que esta ligação, assim como a indicação do embaixador ucraniano para a China, dará um ímpeto poderoso ao desenvolvimento das relações bilaterais”, tuitou o presidente, referindo-se à nomeação do ex-ministro de Indústrias Estratégicas Pavlo Riabikin para a representação diplomática em Pequim, cargo que estava vazio desde fevereiro de 2021. (Globo)

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