Carteira Top Picks – Maio de 2023
Carteiras recomendadas Órama: Carteira Top Picks – Maio de 2023
Este mês de abril foi marcado por dois movimentos distintos, de alta na primeira metade do mês e queda nos últimos dias do mês. Nesse contexto, a carteira não acumulou bom desempenho no período. A queda foi puxada pelas ações da Vale e Minerva, que tiveram performance bem abaixo por conta de dinâmicas na China. Tivemos divulgação do resultado de Vale nesta última semana do mês, mostrando um número sazonalmente baixo, conforme já era esperado. Nossa perspectiva para essas empresas segue positiva no médio prazo. Demais papéis fecharam o mês com ganho.
Para este mês de maio, vamos incluir na carteira as ações da Pão de Açúcar e São Martinho. A inclusão de ambos os papéis se dá de forma tática. No caso de Pão de Açúcar, temos perspectiva de ganho decorrente do evento do spinoff do grupo Éxito, que deve ocorrer nas próximas semanas. Já no caso de São Martinho, temos perspectiva positiva para os resultados. Para abrir espaço, vamos retirar as ações da Minerva e da Arezzo.
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Recomendações
São Martinho – SMTO3
A companhia figura entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade aproximada de moagem de 24,5 milhões de toneladas de cana. Sua área agrícola sob gestão é de 350.000 Há, sendo 54.635 há de terras próprias.
Possui quatro usinas em operação: São Martinho, em Pradópolis, na região de Ribeirão Preto (SP); Iracema, em Iracemápolis, na região de Limeira (SP), Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense (SP) e Boa Vista, em Quirinópolis, a 300 quilômetros de Goiânia (GO).
Itaú Unibanco – ITUB4
O Itaú é o principal banco do país, com 2,16 trilhões de reais em ativos. Historicamente o banco desempenha muito bem, com alta lucratividade (ROE acima de 20%) e crescimento em linha com o mercado.
O Itaú sempre operou a prêmio, porém o mercado tem descontado o papel devido à ameaça das fintechs. Apesar do estrondoso sucesso inicial dos novos entrantes, estamos vendo cada vez mais dificuldades deles de emplacar corretamente a monetização das suas imensas bases de clientes, sempre baseada no pilar do crédito. Vemos no Itaú um negócio mais resiliente do que o mercado precifica, e com isso incluímos o papel na nossa carteira.
Vale — VALE3
A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro, com vendas acima dos 300 milhões de toneladas anuais. A alta qualidade do minério, aliada às economias de escala auferidas com o grande volume produzido, tornam a produção da Vale competitiva internacionalmente.
O preço do minério tem declinado, mas ainda se mantém acima da média histórica, de 75 dólares a tonelada. A expectativa é de manutenção neste patamar atual, o que assegura um preço ainda muito bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos.
Seu robusto pagamento de dividendos semestrais é um grande atrativo e uma forma de balancear nossa carteira de investimentos com uma empresa bastante sólida.
Pão de Açúcar – PCAR3
Sabemos dos desafios que a operação do GPA Brasil tem enfrentado. A companhia em 2022 trouxe Marcelo Pimentel para ser o novo CEO da companhia, e tem focado em 6 pilares para o seu turnaround: (i) crescimento do top-line, (ii) sortimento ideal, (iii) clusterização de loja, (iv) estratégia orquestrada de pricing, (v) avanço na penetração de perecíveis e (vi) abertura dos modelos G8, Minuto Pão de Açúcar e lojas de proximidade.
Por mais que ainda tenha muita coisa para ser feita no turnaround, enxergamos o patamar atual de cotação das ações um bom ponto de entrada para os investidores. Na nossa visão, a conclusão da transferência de ações do Grupo Éxito para os acionistas minoritários deve destravar valor na companhia. Por conta disso, estamos recomendando a compra das ações de PCAR3.
Eletrobras – ELET3
A Eletrobras atua em geração, transmissão e comercialização de energia elétrica no país e contribui para que a matriz energética brasileira seja uma das mais limpas e renováveis do mundo.
Cerca de 97% da capacidade instalada da companhia vem de fontes com baixa emissão de gases de efeito estufa (“GEE”), como hidráulica, eólica e solar. A Eletrobras é uma das maiores do mundo em geração de energia limpa e renovável e a maior responsável pela matriz elétrica brasileira ser a segunda mais limpa e renovável do mundo.
Em junho de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, a companhia foi privatizada, deixando de ser uma estatal e passando a ser uma empresa sem controlador definido. Na nossa visão, essa privatização tira o peso político da companhia, ajudando no re-rating de múltiplo. Além disso, podemos ver quedas nos custos e melhoras nas margens operacionais da companhia.
Performance
Produto
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