Petróleo dispara após anúncio de cortes de produção da OPEP+

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado brasileiro deve reagir ao anúncio de corte da produção de petróleo e ao aumento expressivo dos preços no dia. Na frente política, em uma semana mais curta e sem sessão no Plenário, os investidores aguardam mais detalhes do arcabouço fiscal. Existe a possibilidade do texto só ser entregue, de fato, ao Congresso depois da Páscoa. 
  • Países da Opep+ decidiram cortar sua produção de petróleo em mais de 1 milhão de barris por dia, a partir de maio e até o fim do ano, em um gesto que impulsionou os preços da commodity. Os contratos futuros do Brent sobem 5,14%, a US$ 84,00 o barril.
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, enquanto investidores digeriam essa inesperada decisão de grandes produtores de petróleo. O índice Hang Seng subiu 0,04%, enquanto Xangai Composto avançou 0,72% e o Nikkei registrou baixa de 0,52%.
  • Na Europa, os mercados acionário operam em alta, com o setor petrolífero também em foco Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,06%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,51%.
  • O ouro recua 0,03%, a US$ 1.969,25 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 10:45 EUA: PMI Industrial (Mar)
  • 15:00 Brasil: Balança Comercial (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em queda forte de 1,77%, aos 101.882,62 pontos. Apesar de o recuo refletir, em parte, um movimento de realização de lucros após os cinco dias consecutivos de alta, analistas afirmam que também há novos questionamentos do mercado a respeito do arcabouço fiscal anunciado pelo governo federal.

Os juros futuros fecharam majoritariamente em leve alta, acompanhando a melhora do ambiente internacional. O alívio aplacou um pouco a pressão da recomposição de prêmios que vinha puxando as taxas para cima desde a abertura, com a repercussão negativa de uma avaliação mais detalhada do arcabouço fiscal pelos agentes. Com o desempenho, a curva encerra março com todas as taxas em queda em relação ao fim de fevereiro, mas com as longas caindo mais do que as curtas.

Apesar do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior e do tombo do Ibovespa, o dólar à vista fechou em queda e emendou o sexto pregão consecutivo de baixa no mercado doméstico de câmbio. A  moeda fechou o dia cotada a R$ 5,0690, em queda de 0,57%.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York registraram ganho. O apetite de risco foi apoiado por leitura abaixo do previsto do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), que pode influir na política monetária do Fed. Com isso, preocupações recentes com turbulências no setor bancário ficaram em segundo plano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,26%, enquanto o S&P 500 subiu 1,44% e o Nasdaq avançou 1,74%. Na comparação semanal, os índices subiram 3,22%, 3,48% e 3,37%, respectivamente. Já no mês de março, o Dow Jones teve alta de 1,89%, o S&P 500 avançou 3,51% e o Nasdaq subiu 6,69%.

Os retornos dos Treasuries recuaram e o dólar avançou ante a rivais, após dados de inflação dos Estados Unidos virem abaixo do esperado e aumentarem a perspectiva de que o Federal Reserve possa ser menos duro no aperto monetário em andamento. O índice DXY avançou 0,35%.

A dirigente do Fed, Susan Collins (Boston), afirmou que a inflação veio de acordo com o esperado, porém, alertou para a necessidade de taxas em nível suficientemente restritivo para alcançar a meta de estabilidade em 2%. Além disso, o dirigente John Williams (Nova York) apontou que o setor de serviços continua como a principal fonte de crescimento das pressões inflacionárias.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos avançou 0,3% em fevereiro ante janeiro, de acordo com o Departamento do Comércio. Na comparação anual, a alta foi de 5,0%. Já o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também teve crescimento de 0,3% em fevereiro ante janeiro. O consenso de analistas consultados pelo The Wall Street Journal era de alta maior, de 0,4%. Na comparação anual, a alta foi de 4,6%, inferior ao aumento de 4,7% projetado por analistas.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo IBGE. O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre móvel até janeiro, a taxa de desocupação estava em 8,4%.

A dívida pública brasileira interrompeu a trajetória de queda em fevereiro. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, a Dívida Bruta do Governo Geral fechou o mês aos R$ 7,351 trilhões, o que representa 73,0% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual é maior que os 72,5% de janeiro. O pico foi alcançado em fevereiro de 2021 (89%) após o impacto nas contas públicas da pandemia de covid-19. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

POLÍTICA NO BRASIL

O percentual de brasileiros que acreditam numa piora na economia nos próximos meses aumentou desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Datafolha publicada neste domingo (02). Em dezembro de 2022, 20% acreditavam que haveria uma piora na situação econômica nos próximos meses. Em março, quando a nova pesquisa foi feita, o percentual subiu para 26%. Outros 26% acreditam que não haverá mudança. Já os que acreditam na melhora da economia diminuíram de 49% para 46%. (Poder360)

O Palácio do Planalto pretende promover a “fusão” de medidas provisórias a fim de economizar capital político, em meio ao conflito entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno do rito de votação dessas normas no Congresso. O movimento se insere no acordo costurado entre o Planalto, Lira e Pacheco na semana passada, enquanto o impasse em torno da tramitação das MPs não se resolve, e os textos correm o risco de perder validade. (Valor)

O grupo de trabalho da reforma tributária fará audiência pública na terça-feira (04/04) com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB). Na pauta, estarão as PECs 45 de 2019, da Câmara, e 110 de 2019, do Senado. Os congressistas querem discutir quais serão os efeitos positivos da reforma tributária na economia brasileira. Para o emedebista, este é o principal assunto a ser debatido e deliberado na Câmara neste momento. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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