Ibovespa emenda quatro altas na expectativa pelo arcabouço fiscal

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado brasileiro acompanha a reunião de Haddad com líderes do Senado e o detalhamento da proposta de novo arcabouço fiscal. Além disso, o retorno do presidente Jair Bolsonaro para o Brasil também chama a atenção da mídia.
  •  As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta moderada, seguindo o desempenho positivo de Wall Street, à medida que preocupações com recentes transtornos no setor bancário diminuíram. O índice Hang Seng subiu 0,58%, enquanto Xangai Composto avançou 0,65% e o Nikkei registrou baixa de 0,36%.
  • Na Europa os mercados acionários operam em alta, mantendo o tom positivo visto desde o começo da semana em meio a um alívio em preocupações com o setor bancário. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,92%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,57%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,56%, a US$ 78,72 o barril.
  • O ouro avança 0,15%, a US$ 1.967,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Reunião do CMN
  • 09:00 Brasil: IGP-M (Mar) 
  • 09:30 EUA: PIB (Trimestral) (Q4)
  • 10:30   Brasil: Coletiva de imprensa para Fernando Haddad detalhar o novo arcabouço fiscal

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,60%, aos 101.792,52, emendando o quarto dia de recuperação. O mercado seguiu acompanhando desdobramentos da ata do Copom e na expectativa pela divulgação do arcabouço fiscal. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a divulgação do texto ocorrerá nesta semana.

Os juros futuros fecharam em alta. Os ruídos em torno da proposta do arcabouço fiscal e a demora do governo em divulgá-la pressionaram especialmente a parte longa da curva, enquanto o saldo do Caged muito acima da mediana das estimativas e a mudança da cobrança do ICMS sobre combustíveis fizeram bastante preço até o trecho intermediário.

O dólar conseguiu emendar o quarto pregão seguido de queda no mercado doméstico de câmbio, período em que acumulou desvalorização de 2,92%. No fim do dia, com aceleração dos ganhos do Ibovespa, o dólar terminou o dia com recuo de 0,57%, cotado a R$ 5,1353, menor valor de fechamento desde 2 de fevereiro (R$ 5,0454).

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em território positivo com a prevalência do alívio nas turbulências do setor bancário dos Estados Unidos. As autoridades do Fed e da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) testemunharam na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, garantindo o compromisso com a revisão e o fortalecimento do sistema bancário.

O Dow Jones fechou com ganho de 1,00%, enquanto o S&P 500 subiu 1,42% e o Nasdaq teve alta de 1,79%.

Os retornos dos Treasuries tiveram uma sessão volátil, oscilando entre ganhos e perdas, mas acabaram acelerando altas após leilão de títulos públicos nos EUA, com demanda abaixo da média. Além disso, investidores continuam em busca de novas sinalizações do Fed sobre os próximos passos da entidade.

O dólar avançou ante outras moedas fortes em geral, com o quadro no setor bancário ainda em foco, mas sem novas turbulências. Investidores monitoraram declarações de dirigentes de importantes bancos centrais, entre eles o Fed, o BCE e o Banco do Japão. O índice DXY registrou ganho de 0,21%.

POLÍTICA NO BRASIL

A regra fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião fechada com deputados nesta quarta-feira (29/03) estabelece que as despesas do governo federal só poderão aumentar em valor equivalente a 70% do crescimento das receitas, afirmaram os deputados Mauro Benevides (PDT-CE) e Reginaldo Lopes (PT-MG) após o encontro. Haddad, segundo o deputado do PDT, já fixou o resultado primário que será perseguido nos próximos três anos, durante o governo Lula: uma meta neutra em 2024, de 0%, seguida por superávits primários de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026. Em 2023, a meta anunciada pela equipe econômica é alcançar um déficit primário de 1% para o governo central. (Valor)

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) publicou no Diário Oficial a União (DOU) despacho que estabelece que o ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) para a gasolina e o etanol será, a partir de julho, “ad rem”, isto é, com uma alíquota única, no valor de R$ 1,4527. Com isso, o impacto sobre a inflação é de cerca de 50 bps. Confira a nossa atualização para a projeção do IPCA de 2023 

O governo federal publicou uma resolução que fixa em 1,97% ao mês o teto da taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS. A medida está no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30/03). As operações realizadas com o cartão de crédito consignado também tiveram seus juros reduzidos. Foram fixadas em, no máximo, 2,89%, segundo a resolução. (Poder 360)

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Brasil criou 241.785 vagas com carteira assinada em fevereiro, segundo dados Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorreu de 1.949.844 admissões e de 1.708.059 demissões. No mesmo mês de 2022 foram criadas 353.294, na série com ajustes. O resultado ficou maior do que a mediana positiva de 156,5 mil postos formais de trabalho, conforme pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de abertura líquida de 124,70 mil a 261,430 mil vagas.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,30% em fevereiro, ante avanço de 0,29% em janeiro, segundo o IBGE. Com o resultado de fevereiro, o IPP acumulou um recuo de 0,01% no ano, enquanto a taxa acumulada em 12 meses ficou em 1,38%.

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 9,6% em fevereiro ante janeiro, para R$ 383,7 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, porém, o aumento ainda é de 16,8%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais. No crédito para pessoas físicas, as concessões despencaram 10,3% em fevereiro, para R$ 217,6 bilhões. Em 12 meses até fevereiro, ainda há alta de 20,0%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões recuaram 8,6% em fevereiro ante janeiro, para R$ 166,0 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de 13,5%.

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