Mercado aguarda ata do Copom e temor de crise se reduz com o First Citizens Bank comprando partes do SVB

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, em meio a um alívio em temores relacionados ao setor bancário e uma reavaliação da recuperação da China após a divulgação de dados fracos. O índice Hang Seng subiu 1,11%, enquanto Xangai Composto caiu 0,19% e o Nikkei registrou alta de 0,15%.
  • Na Europa os mercados acionários operam em alta modesta, ampliando ganhos de ontem, em meio a esperanças de que a volatilidade causada por recentes transtornos no setor bancário tenha ficado para trás. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,02%.
  • O lucro industrial da China sofreu uma queda de 22,9% no primeiro bimestre de 2023 ante igual período de 2022, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado mostra uma forte aceleração da queda, em comparação com o recuo de 4% visto em todo o ano de 2022.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,55%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,76%, a US$ 78,71 o barril.
  • O ouro recua 0,01%, a US$ 1.956,07 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Ata do Copom 
  • 10:15 Zona do Euro: Discurso Presidente do BCE  
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Conference Board

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa avançou 0,85%, aos 99.670,47 pontos, em dia de retomada do apetite de risco no exterior, com diminuição dos tremores de crise bancária, após o First Citizens Bank comprar a carteira de depósitos e empréstimos do SVB. No front doméstico, com o cancelamento da viagem do presidente Lula à China, e a permanência do ministro Fernando Haddad (Fazenda) no Brasil, retomou-se em parte a expectativa de que o arcabouço fiscal venha a ser conhecido antes de meados de abril.

Na esteira da menor aversão a risco vista no exterior, os ativos domésticos tiveram valorização, ajudando a tirar pressão sobre as taxas futuras de juros. O investidor deixou de lado a piora das expectativas da pesquisa Focus para 2024 e se concentrou, em especial, na baixa do dólar ante o real.

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,85%, cotado a R$ 5,2065, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior frente a divisas fortes e emergentes, incluindo pares do real como peso mexicano e chileno. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam sem sinal único. O dia foi de menor cautela sobre o setor bancário, após o First Citizens Bank adquirir partes do Silicon Valley Bank (SVB), e também em meio a relatos de que pode haver mais apoio oficial ao setor, caso seja preciso. O impulso das bolsas, porém, foi limitado, com o Nasdaq sob pressão em jornada negativa para os setores de serviços de comunicação e tecnologia.

No fechamento, o Dow Jones subiu 0,60%, enquanto o S&P 500 avançou 0,16% e o Nasdaq caiu 0,16%. 

Os retornos dos Treasuries subiram, frente ao otimismo do mercado com, arrefecimento de preocupações sobre turbulências no setor bancário. No radar, investidores reduzem apostas por manutenção de juros pelo Fed na reunião de maio.

O dólar caiu frente ao euro e a libra, em quadro em geral de menor cautela nos mercados internacionais. Investidores monitoraram declarações de dirigentes do Banco Central Europeu e também do Fed. O índice DXY registrou baixa de 0,25%, a 102,857 pontos.

Entre os dirigentes do BCE, Mario Centeno comentou que os problemas bancários recentes devem afetar as decisões sobre os juros. Pablo Hernández de Cos expressou visão similar, mas acrescentou que o setor bancário da zona do euro possui uma “alta capacidade de resistência e posições de capital e liquidez elevadas”. 

Entre dirigentes do Fed, Michael Barr afirmou que o banco central americano usará “todas as ferramentas” para salvaguardar o sistema bancário. Ele elogiou o papel das medidas já tomadas pelo Fed e pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) para acalmar o quadro.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

Após o Copom manter a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida, a projeção do mercado para a inflação de 2023 diminuiu levemente no Boletim Focus. A projeção para o IPCA deste ano passou de 5,95% para 5,93%. Um mês antes, a mediana era de 5,90%. Já para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção aumentou de 4,11% para 4,13%, contra 4,02% de quatro semanas atrás.

A confiança do consumidor subiu 2,5 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a FGV. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 87,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice encolheu 0,3 ponto, quarto mês seguido de queda.

POLÍTICA NO BRASIL

Não há ainda um acordo fechado entre Câmara e Senado para retomar o processo de tramitação de medidas provisórias. Os presidentes das duas Casas devem seguir conversando ao longo da semana a respeito de uma proposta apresentada por deputados. Enquanto isso, o governo terá de se preparar para enviar ao Legislativo várias MPs no formato de projeto de lei com requerimento de urgência constitucional, quando o texto precisa ser analisado na frente de outros já em tramitação. (Poder 360)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta segunda-feira (27/03) que a venda da Eletrobras “está consolidada”. Ele classificou o modelo de privatização como “injusto”, mas disse que seu papel é cobrar “respostas objetivas” da empresa. Mais cedo, no mesmo evento, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, disse que vê pouco espaço para mudanças na lei que privatizou a Eletrobras. (Poder 360)

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