Ibovespa desaba em sessão pós-Copom

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam com viés de baixa, enquanto investidores avaliam os efeitos de recentes aumentos de juros nos EUA e na Europa e seguem atentos a possíveis novos sinais de estresse no setor bancário. O índice Hang Seng recuou 0,67%, enquanto Xangai Composto caiu 0,64% e o Nikkei registrou baixa de 0,13%.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa, enquanto investidores ainda digerem as elevações de juros anunciadas nos EUA e por vários bancos centrais locais nos últimos dias. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,49%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,29%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 3,33%, a US$ 73,38 o barril.
  • O ouro avança 0,21%, a US$ 1.997,39 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA-15 (Mar) 
  • 10:30 EUA: Discurso de Dirigente do Fed
  • 13:00 EUA: PMI Composto S&P Global (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em forte queda de 2,29%, aos 97.926,34 pontos. Investidores acompanharam os novos episódios de tensão entre governo federal e Banco Central e repercutiram a decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Os juros futuros terminaram em alta, em meio aos ajustes ao comunicado hawkish do Copom e seus desdobramentos no mundo político, tendo sido o movimento, porém, suavizado quando os retornos dos Treasuries passaram a cair. Mais até do que não sinalizar sobre o ciclo de queda da Selic, o Copom deixou claro o risco de ter de voltar a elevar a taxa caso as expectativas de inflação não convirjam às metas.

O dólar encerrou a sessão no mercado doméstico de câmbio em alta de 1,01%, cotado a R$ 5,2900, na contramão da onda de enfraquecimento da moeda americana em relação a divisas emergentes e de exportadores de commodities, após o Fed ter dado sinais de fim iminente do processo de alta do juros nos Estados Unidos. Analistas atribuíram a derrocada da moeda brasileira ao aumento da percepção de risco fiscal e político local.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, à medida que investidores digerem a decisão monetária do Federal Reserve e novos comentários da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen. O Dow Jones encerrou o pregão em alta de 0,23%, enquanto o S&P 500 avançou 0,30% e o Nasdaq subiu 1,01%. 

Os retornos dos Treasuries fecharam mistos. Com as incertezas sobre o sistema bancário e a possibilidade der uma recessão na economia no radar, a busca por ativos de segurança, como os Treasuries e o ouro, foi beneficiada. Por outro lado, a sinalização de que mais altas de juros nos EUA ainda estão por vir deixam os investidores na expectativa por retornos mais atraentes.

A libra teve apoio apenas pontual, após o Banco da Inglaterra (BoE) elevar os juros em 25 pontos-base, como esperado pelo mercado. A moeda britânica oscilou entre ganhos e perdas, enquanto o euro também mostrou força limitada, em meio a declarações de dirigentes do Banco Central Europeu. Nesse contexto, o índice DXY, registrou alta de 0,18%.

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, testemunhou na Câmara de Representantes dos Estados Unidos. A autoridade garantiu que o governo está comprometido com a estabilidade do sistema bancário americano e irá tomar “ações adicionais”, caso seja necessário, para evitar um possível contágio.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR:

O Banco da Inglaterra decidiu elevar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 4,25%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira (23), como previsto pela maioria dos analistas. O BC inglês também previu que medidas fiscais anunciadas pelo governo do Reino Unido impulsionarão o PIB britânico em cerca de 0,3% nos próximos anos. O BoE espera agora que a economia do país “cresça levemente” no segundo trimestre, ante uma projeção anterior de queda de 0,4%.

O índice de atividade nacional dos Estados Unidos, elaborado pelo Federal Reserve de Chicago, caiu de 0,23 em janeiro para -0,19 em fevereiro, de acordo com a pesquisa divulgada pela instituição.

O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA teve leve queda, de mil pedidos, na semana encerrada em 18 de março, a 191 mil, conforme dados publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam 198 mil solicitações.

As vendas de moradias novas nos Estados Unidos subiram 1,1% em fevereiro ante janeiro, saindo de 633 mil unidades (dado anualizado e revisado) para 640 mil, descontados os fatores sazonais, de acordo com o Departamento do Comércios. O mercado previa queda de 3,0% nas vendas de fevereiro ante janeiro. 

POLÍTICA NO BRASIL

A China anunciou nesta quinta-feira (23) que retomará as importações de carne bovina brasileira. O comunicado foi publicado no site em chinês da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC), depois da reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro. A exportação de carne bovina brasileira para o país asiático estava suspensa desde 22 de fevereiro. A decisão havia sido tomada pelo governo Lula depois da confirmação de um caso do “mal da vaca louca” registrado no Pará, confirmado depois como sendo atípico. (Poder 360)

A crise de relacionamento institucional entre Câmara e Senado chegou a um nível ainda mais alto nesta quinta-feira (23). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez um discurso duríssimo a jornalistas e acusou o Senado de “truculência” por desejar retornar imediatamente o rito de tramitação de medidas provisórias, com a criação de comissões mistas paritárias, de 12 deputados e 12 senadores. O presidente da Câmara afirmou que os deputados analisarão na semana que vem medidas provisórias do governo anterior. A decisão, de acordo com ele, foi um gesto de “bom senso” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). (Poder 360)

No dia seguinte à decisão do Copom que manteve a Selic em 13,75% ao ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou as críticas ao Banco Central e ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Em sua fala, Lula afirmou que “Quem tem que cuidar do Campos Neto é o Senado, que o indicou. Ele não foi eleito pelo povo, não foi indicado pelo presidente”. (Valor)

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