Após Copom e Fed, mercado acompanha hoje decisão do BoE

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, após o Fed sinalizar que poderá ser mais contido no aperto de sua política monetária. O índice Hang Seng avançou 2,34%, enquanto Xangai Composto subiu 0,64% e o Nikkei registrou baixa de 0,17%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em baixa , após o Fed e BCs da região seguirem adiante com novos aumentos de juros, apesar dos recentes transtornos no setor bancário. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,65%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,48%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,26%, a US$ 86,53 o barril.
  • O ouro avança 0,41%, a US$ 1.978,11 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros do BoE (Mar)
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Nacional Fed Chicago (Fev)
  • 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
  • 11:00 EUA: Venda de Casas Novas (Fev)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 0,77%, aos 100.220,63 pontos, em novo piso de fechamento do ano. A volatilidade dos índices de ações derivou da ponderação do mercado sobre momentos distintos da fala do presidente do Fed. Por um lado, ele enfatizou que a inflação nos EUA ainda está muito acima da meta de longo prazo, de 2% ao ano. Por outro lado, também ponderou que a turbulência bancária deve impactar as condições de crédito.

O mercado de juros fechou a Super Quarta com taxas curtas estáveis e as demais em queda, mais expressiva nos vencimentos longos. A perda de inclinação na curva esteve relacionada ao exterior, com o Fed endossando a expectativa de uma suavização do discurso após os problemas em bancos nos Estados Unidos.

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,17%, cotado a R$ 5,2370, alinhado ao sinal de baixa da moeda americana no exterior, em dia marcado pela decisão de política monetária do Fed e falas do chairman Jerome Powell.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York tiveram fechamento negativo. Ao longo da tarde, houve volatilidade após a decisão de política monetária do Fed. A regulação bancária esteve entre os focos, na coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell. O subíndice do setor financeiro do S&P 500 teve baixa de mais de 2% e junto com energia e o setor imobiliário ficaram entre as maiores quedas.

O Dow Jones fechou em baixa de 1,63%, enquanto o S&P 500 recuou 1,65% e o Nasdaq teve queda de 1,60%.

Os retornos dos Treasuries caíram, depois do Fed elevar a taxa de  juros em 25 pontos-base, conforme já era esperado pelo mercado. Comentários do presidente da instituição, Jerome Powell, também estiveram em foco. O dólar recuou ante rivais, com expectativa de maior aperto monetário do Banco Central Europeu e  Banco da Inglaterra, o que fortaleceu as moedas europeias. Além disso, a elevação dos  juros básicos em 25 pontos-base aumentou os  temores sobre crescimento econômico mais fraco nos EUA.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O Federal Reserve decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 25 pontos-base, para a faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano. A decisão foi unânime e  veio em linha com a expectativa do mercado, de acordo com o CME Group, assim como a da Órama.

No comunicado, o Fed evidenciou a resiliência da economia, com dados de emprego fortes e com uma inflação ainda alta. Novamente, ressaltou que seu compromisso é trazer a inflação de volta para a meta de 2%. 

Para ler o relatório completo da Órama sobre a decisão monetária do Fed, acesse aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

Em meio às pressões do governo pela queda nos juros, mas ainda no escuro sobre a proposta da equipe econômica de novo arcabouço fiscal para o País, o Banco Central seguiu o plano de voo e manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida no Comitê de Política Monetária (Copom).

Mesmo com a pressão política que o BC vem sofrendo nos últimos meses, a atuação do COPOM se manteve focada no balanço de riscos e na convergência das expectativas e ancoragem da inflação. 

Para ler o relatório completo da Órama sobre a decisão monetária do COPOM, acesse aqui. 

POLÍTICA NO BRASIL

O governo federal espera reduzir o déficit primário de R$ 228,1 bilhões para R$ 107,6 bilhões em 2023. Com isso, o percentual cairia de 2,1% para 1% do PIB  brasileiro. A projeção está no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 1º bimestre divulgado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento nesta quarta-feira (22). (Poder 360)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nessa quarta-feira (22) que considerou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central “muito preocupante”. Haddad ressaltou que, em um cenário de economia retraindo e problemas no crédito, o Copom “chega a sinalizar até” a possibilidade de voltar a elevar a taxa básica de juros “que já é hoje a maior do mundo”.  Além dele, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também criticaram a decisão do BC. (Valor / Poder 360)

Em contato constante com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acredita que o novo arcabouço fiscal pode ser aprovado em cerca de 15 dias na Casa, ainda em abril. Lira afirmou que o arcabouço fiscal deve passar na frente da reforma tributária na ordem de votações, mas confia que a simplificação dos impostos será votada no primeiro semestre. (Valor)

Uma nova rodada de reuniões entre a Câmara e o Senado terminou nesta quarta-feira (22) sem acordo sobre a tramitação das MPs (medidas provisórias). Com essa disputa se prolongando, o bloqueio da agenda do Planalto no Congresso já dura quase dois meses depois do início dos trabalhos no Legislativo. As medidas provisórias são editadas pelo presidente da República e entram em vigor imediatamente, mas dependem do aval do Congresso para não perder validade. Assim, Câmara e Senado têm até 120 dias para aprovar ou reverter a iniciativa do governo. O questionamento que vem sendo feito pelo Senado é que o trâmite foi alterado em função da pandemia e agora precisaria ser adaptado. (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES

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