Derretimento do Credit Suisse renova temores de crise no setor financeiro

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, após um tombo nas ações do Credit Suisse realimentar temores sobre uma possível crise no setor financeiro na mesma semana da quebra de dois bancos nos EUA. O índice Hang Seng caiu 1,72%, enquanto Xangai Composto desceu 1,12% e o Nikkei registrou baixa de 0,80%. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, à medida que ações de bancos da região se recuperam parcialmente do tombo do fechamento anterior, após o Credit Suisse aceitar tomar ajuda financeira do banco central suíço. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,22%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,50%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,23%, a US$ 74,60 o barril.
  • O ouro avança 0,15%, a US$ 1.921,23 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 24,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IGP-10 (Mar)
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Mar) 
  • 10:15 Zona do Euro: Decisão da Taxa de Juros (Mar)
  • 10:45 Zona do Euro: Coletiva de Imprensa do BCE 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 102.675,45 pontos, refletindo o receio dos investidores diante da crise bancária nos EUA e o derretimento do Credit Suisse na Europa. Com este resultado, o índice registra a quinta perda consecutiva, chegando ao seu menor nível de fechamento desde 1º de agosto (102.225,08).

O ambiente externo continuou servindo de referência para o mercado de juros no Brasil, com as taxas em queda firme nos contratos até o miolo da curva, enquanto a ponta longa teve mais volatilidade, alternando sinais de alta e de baixa. A preocupação com o sistema financeiro global voltou a predominar nos ativos enfraquecendo apostas de aperto monetário pelos bancos centrais nos EUA e Europa. No Brasil, no entanto, o quadro de apostas para a Selic não teve mudanças relevantes em relação aos últimos dias.

O dólar encerrou a sessão em alta de 0,70%, cotado a R$ 5,2943, o maior valor de fechamento desde 5 de janeiro (R$ 5,3523). O escorregão do real se deu em meio a uma onda de aversão ao risco mundo afora que levou investidores a buscar refúgio na moeda americana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas, pressionadas pelos temores quanto ao setor bancário, que foram renovados com a crise do Credit Suisse, e após uma série de dados locais, incluindo de inflação. Entretanto, a aposta crescente de que o Fed poderá ser mais brando nas próximas decisões de política monetária fortaleceu empresas de tecnologia e moderou a baixa dos índices, fazendo com que o Nasdaq se recuperasse na reta final do pregão.

O índice Dow Jones caiu 0,87%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,70% e o Nasdaq fechou em alta de 0,05%.

Os retornos dos Treasuries caíram, em meio aos temores de crise sistêmica após o principal acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, descartar a possibilidade de oferecer assistência financeira ao banco, um dia depois da instituição indicar fragilidades em suas demonstrações financeiras. A cautela aumentou as expectativas de que o Fed seja mais brando nas suas próximas decisões de política monetária

O dólar avançou ante o euro e a libra, com a cautela global renovada frente a turbulências nos sistemas bancários dos Estados Unidos e Europa. No entanto, a moeda americana recuou ante o iene, que tem sido priorizado por investidores como recurso de segurança. O índice DXY avançou 1,01%, aos 104,646 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de avanço de 0,3% no período.

As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram 0,4% em fevereiro ante janeiro, a US$ 697,9 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio. A variação veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula disse nesta quarta-feira (15/03) que deve decidir sobre a proposta de nova regra fiscal antes de viajar à China. A previsão é que ele chegue ao país asiático no dia 26 de março e volte no dia 30. A nova regra fiscal será a substituta do teto de gastos públicos instituído no governo de Michel Temer. Será uma proposta de lei complementar, projeto que precisa no mínimo da metade mais 1 dos votos tanto de senadores quanto de deputados. (Poder 360)

O presidente da Câmara, Arthur Lira, e seus seguidores não vão ceder na disputa com o Senado sobre a tramitação de medidas provisórias. Não querem a volta para o sistema anterior, pré-pandemia, quando as MPs assinadas pelo presidente da República começavam a tramitar em uma comissão mista de 12 senadores e 12 deputados. O presidente Lula já baixou 11 MPs, nenhuma avançou. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares