Expectativa de redução dos juros antes do esperado impulsiona mercado

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, após dados da inflação chinesa mais fracos do que o esperado e enquanto investidores ponderam as chances de mais altas de juros agressivas nos EUA. O índice Hang Seng teve queda de 0,63%, enquanto o Xangai Composto registrou baixa de 0,22% e o Nikkei avançou 0,63%.
  • A inflação ao produtor (PPI) da China teve queda anual de 1,4% em fevereiro. O consenso no levantamento do Wall Street Journal era de recuo menos acentuado, de 1,2%.
  • Na Europa as bolsas operam em baixa, em meio a temores persistentes sobre a trajetória dos juros nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,71%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,99%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,06%, a US$ 82,71 o barril.
  • O ouro avança 0,12%, a US$ 1.817,40 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 21,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil:  Índice de Evolução de Emprego do CAGED
  • 10:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa engatou recuperação acima de 2%, retomando ao nível dos 106 mil  em sua maior pontuação de fechamento desde 23 de fevereiro. A alta de 2,22%, aos 106.540,32 pontos, foi o melhor desempenho em porcentual para o índice desde 24 de novembro (+2,75%). A expectativa de que os juros já possam começar a recuar antes do esperado melhorou o humor do mercado e impulsionou o apetite ao risco de forma geral. Além disso, as ações de empresas ligadas ao setor de educação apresentaram fortes ganhos com a criação de grupo de trabalho para avaliar FIES. Em destaque, no índice, Yduqs (YDUQ3)  e Cogna (COGN3) com avanços de 12% e 9%, respectivamente.

Os juros futuros fecharam em baixa, completando a terceira sessão seguida de queda. A devolução de prêmios de risco tem sido amparada na perspectiva de apresentação do arcabouço fiscal prometido pelo Executivo no curto prazo, embora sem novidades concretas sobre a proposta na sessão. 

O dólar à vista reduziu o ritmo de queda nas últimas horas do pregão, em meio ao avanço da moeda americana no exterior, e encerrou a sessão cotado a R$ 5,1401, em baixa de 1,02%. Com as perdas, a divisa agora acumula desvalorização de 1,63% nos seis primeiros pregões de março, após alta de 2,92% em fevereiro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, esclarecer que uma alta de 50 pontos-base nos juros em março ainda não é garantida, apesar da precificação do mercado. 

No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,18%, enquanto o S&P 500 avançou 0,14% e o Nasdaq ganhou 0,40%.

O rendimento da T-note de 2 anos se manteve acima de 5%, enquanto os retornos dos Treasuries de vencimento mais longo oscilaram entre perdas e ganhos. Investidores acompanharam novas declarações de Jerome Powell que repetiu expectativa por juro mais altos..

O dólar fechou com viés de alta ante pares, mas atenuou os fortes ganhos registrados na véspera, após pesquisa da ADP estimar que o setor privado nos EUA gerou mais vagas de emprego em fevereiro do que o previsto pelo mercado. Os dados indicam que o mercado de trabalho segue apertado e podem justificar uma nova aceleração no ritmo de aperto do Fed. O índice DXY avançou a 0,04%, aos 105,658 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O setor privado dos Estados Unidos criou 242 mil empregos em fevereiro, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada ontem pela ADP. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de geração de 205 mil postos de trabalho no mês passado.

A balança comercial dos Estados Unidos exibiu déficit comercial de US$ 68,3 bilhões em janeiro, maior que o déficit de US$ 67,4 bilhões de dezembro. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam US$ 68,7 bilhões na leitura mais recente, publicada pelo Departamento do Comércio.

POLÍTICA NO BRASIL

O PL (Partido Liberal) acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (8.mar.2023) contra a medida do governo federal que reajusta em 9,2% o Imposto de Exportação sobre petróleo cru até o fim de junho. O reajuste faz parte do pacote de reoneração dos combustíveis apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 28 de fevereiro. (Poder 360)

O secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que a reforma tributária está sendo construída para manter a atual carga tributária, soma da arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais com o PIB. Para ele, a simplificação de arrecadação é uma “revolução” que trará benefícios para a sociedade. Em sua avaliação, a reforma implantará uma série de efeitos positivos para a economia. (Poder 360)

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