Ata da última reunião do Fed reforça expectativa por aperto monetário prolongado nos EUA
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores digeriram a última ata de política monetária do Fed e a decisão do BC sul-coreano de manter seus juros. O índice Kospi avançou 0,89%, o Hang Seng recuou 0,35%, enquanto o Xangai Composto cedeu 0,11%.
- Na Europa as bolsas abriram majoritariamente em alta, um dia após ata do Fed sugerir aumento de juros em ritmo mais moderado. Investidores também digerem balanços corporativos e aguardam dados europeus e dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,11%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,94%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,52%, a US$ 81,02 o barril.
- O ouro recua 0,05%, a US$ 1.825,86 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 24,2 mil.
AGENDA DO DIA
- 10:30 EUA: PIB (Trimestral) (Q4)
- 10:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 12:50 EUA: Discurso membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa retomou os negócios em tom menor, acompanhando a cautela externa que havia prevalecido especialmente na sessão anterior, e que voltou a se acentuar com a ata do Federal Reserve. Assim, a referência da B3 operou em baixa desde a abertura, aos 109.173,51 pontos, chegando na mínima da sessão, pós-ata, aos 106.720,17 (-2,25%), menor nível intradia desde 5 de janeiro (105.333,08 pontos). No fechamento, o índice mostrava perda de 1,85%, aos 107.152,05 pontos, com giro financeiro limitado a R$ 17,1 bilhões. O nível de encerramento da sessão foi o menor desde 4 de janeiro (105.334,46).
Os juros futuros apresentaram alta, refletindo tanto o ambiente internacional quanto a leitura da pesquisa Focus, que trouxe piora nas medianas de IPCA. O mercado local ainda teve de se ajustar ao mau humor externo com a perspectiva negativa sobre a condução da política monetária do Fed.
O dólar perdeu força no transcorrer do pregão e encerrou cotado a R$ 5,1690, em alta de 0,16%. Na volta do feriado de Carnaval e em sessão que começou às 13h, a liquidez foi reduzida, o que deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a operações pontuais.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York encerraram mistas o pregão, em dia marcado por volatilidade, após a ata do Federal Fed reforçar expectativa por novos aumentos de juros para controlar a inflação nos Estados Unidos. O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,26%, o S&P 500 caiu 0,16%, enquanto o Nasdaq avançou 0,13%.
Os retornos dos Treasuries caíram, pressionados pela cautela instaurada pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed, que indicou que as chances dos Estados Unidos entrarem em recessão em 2023 seguem elevadas.
O dólar avançou ante boa parte dos pares rivais, após a ata do Federal Reserve reforçar expectativa por aperto monetário prolongado nos EUA, em um cenário de incertezas sobre a atividade econômica. Desse modo, o índice DXY fechou a sessão em alta de 0,39%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) destaca que alguns dirigentes foram a favor de aumento de 50 pontos-base nos juros no encontro de fevereiro. Na ocasião, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) optou por uma elevação mais branda, de 25 pontos-base. Todos os dirigentes concordaram, entretanto, que, ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, continuariam a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.
Assim, estariam preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance das metas. Com a inflação ainda bem acima da meta de longo prazo do Comitê, os participantes em geral observaram que os riscos ascendentes para as perspectivas de inflação continuaram sendo um fator-chave para moldar as perspectivas de política e que é apropriado manter uma política restritiva até que a inflação esteja claramente em uma trajetória de 2%.
O PMI dos EUA, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 46,8 em janeiro para 50,2 em fevereiro, atingindo o maior nível em oito meses e superando a barreira de 50 que sinaliza expansão da atividade, de acordo com os dados preliminares divulgados pela S&P Global. O PMI de serviços aumentou de 46,8 para 50,5 no mesmo período, tocando igualmente o maior patamar em oito meses. O resultado ficou bem acima da expectativa que previam avanço a 47. Enquanto o PMI industrial foi de 46,9 em janeiro para 47,8 em fevereiro, atingindo o maior nível em quatro meses e também superando as expectativas, de 47,6. A leitura abaixo de 50, porém, indica que a manufatura permanece em contração.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Banco Central do Brasil, o IPCA deve ficar 5,89% e 4,02%, respectivamente, em 2023 e 2024. Na semana passada, a expectativa de inflação para 2023 era de 5,79%, enquanto para o próximo ano, a projeção era de 4%. De acordo com o BC, foi a décima semana consecutiva que o mercado eleva a projeção de inflação para 2023.
POLÍTICA NO BRASIL
O Ministério da Agricultura anunciou a suspensão das exportações de carne bovina à China devido a um caso de doença da “vaca louca” no Pará. O autoembargo está estabelecido no acordo bilateral firmado entre os países em 2015. O governo já comunicou a Organização Mundial de Saúde Animal e aguarda o resultado do exame que poderá confirmar se o caso é atípico. (Poder 360)
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.