Entrevista do Presidente Lula reduz ruído entre governo e BC

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada, após Wall Street sofrer ontem as maiores perdas em quatro semanas em reação a dados fortes de inflação que alimentaram temores de altas de juros mais agressivas nos EUA. O índice Nikkei caiu 0,66%, o Hang Seng recuou 1,28%, enquanto o Xangai Composto cedeu 0,77%.
  • Na Europa as bolsas operam em baixa, à medida que a perspectiva dos juros dos EUA voltou ao centro das atenções, deixando sinais de recuperação da economia local em segundo plano.  Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,65%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,9%
  • Os contratos futuros do Brent caem 2,34%, a US$ 83,15 o barril.
  • O ouro recua 0,77%, a US$ 1.823,62 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 23,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:45 EUA: Discurso de Membros do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa registrou leve alta de 0,31%, aos 109.941,46 pontos, emendando o segundo dia de ganhos. A virada no câmbio à tarde contribuiu para que o índice da B3 mudasse de sinal, na contramão do dia negativo em Nova York.

O mercado de juros experimentou forte alívio na pressão. As taxas de curto e médio prazos inverteram a alta e passaram a cair, enquanto as longas reduziram sensivelmente o avanço e fecharam de lado. O movimento reflete a redução dos ruídos envolvendo a relação entre o governo, mais especificamente o presidente Lula, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a partir de trechos da entrevista do presidente à CNN divulgados ao longo do dia. 

O dólar encerrou o pregão cotado a R$ 5,2115, em baixa de 0,16%. Também influenciado por novas declarações do presidente Lula sobre a relação do governo com o Banco Central. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, pressionadas pelos dados de IPP dos EUA, que mostraram aceleração acima do esperado, corroborando com a ideia de que o Fed terá de seguir elevando os juros e os manterá em patamares elevados mais do que o previsto anteriormente. Dirigentes do BC americano também contribuíram para o clima de cautela, uma vez que continuam a indicar que as taxas devem subir acima de 5%, além de sinalizarem a possibilidade de alta de 50 pontos-base em março. O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 1,26%, enquanto o S&P 500 caiu 1,38% e o Nasdaq recuou 1,78%.

Os retornos dos Treasuries subiram com dados mostrando aceleração acima do esperado. Além disso, as falas de dirigentes do BC americano geraram expectativa de maiores aumentos na taxa de juros em março. 

O dólar avançou ante boa parte dos rivais após dirigentes do Fed reforçarem expectativa por contínuo aperto monetário, na esteira de um dado de inflação no atacado mais elevado que o esperado. No ajuste de fechamento, o índice DXY  fechou com perda marginal de 0,06%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao produtor (IPP) dos Estados Unidos subiu 0,7% em janeiro ante dezembro, de acordo com os dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta de 0,4% no período.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) cresceu 2,90% em 2022, após alta de 4,68% em 2021. Na comparação mensal, o índice apresentou alta de 0,29% em dezembro, após quatro meses de baixa. O resultado veio em linha com as expectativas, com mediana de 0,30%. Na comparação entre os meses de dezembro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 1,42%. Nessa comparação, o índice também ficou dentro do projetado pelo mercado, com mediana de alta de 1,40%.

Para mais informações, acesse o relatório completo

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não cabe a um chefe de Executivo “ficar brigando” com o responsável pelo Banco Central, mas reiterou que o pensamento do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, é diferente de suas ideias. Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (16), Lula disse que Campos Neto precisa ver que o governo deve ser voltado para os mais pobres. (Valor)

A mudança na tabela do IRPF anunciada nesta quinta-feira (16) pelo presidente Lula deve levar a uma queda de arrecadação de R$ 108 bilhões em 2024. Desde 2015, não há correção na faixa de isenção, que passará dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.640. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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