CPI de janeiro reforça expectativas que o Fed continuará elevando os juros americanos

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, após dados de inflação dos EUA reforçarem as expectativas de que o Fed continuará elevando os juros para conter o avanço dos preços. O índice Nikkei teve queda de 0,37%, o Hang Seng recuou 1,43% enquanto o Xangai Composto caiu 0,39%.
  • Na Europa, os mercados operam com viés de alta, após dados de inflação nos EUA e no Reino Unido. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,15%.
  • A inflação ao consumidor do Reino Unido desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, depois de ter renovado máxima em 41 anos em outubro do ano passado. Dados do ONS mostraram que a taxa anual do CPI britânico ficou em 10,1% em janeiro, perdendo força em relação ao nível de 10,5% de dezembro.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,73%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,27%, a US$ 84,49 o barril.
  • O ouro recua 1,10%, a US$ 1.835,21 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 22,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Fev)
  • 10:30 EUA: Vendas no Varejo (Jan)
  • 11:00 Zona do Euro: Discurso Presidente BCE
  • 11:15 EUA: Produção Industrial (Jan)
  • 12:00 Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa não conseguiu sustentar o sinal positivo pelo terceiro dia, nem a linha dos 108 mil pela quarta sessão. Assim, encerrou o pregão em baixa de 0,91%, aos 107.848,81 pontos. O mercado continua sendo pressionado por questões locais, com o debate sobre a taxa de juros e a meta de inflação. Apesar da entrevista do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na segunda-feira (13) ter trazido um alívio ao mercado, dados de inflação nos EUA logo pesaram sobre a bolsa. 

O alívio de prêmios na curva de juros perdeu ímpeto a partir de novos ruídos envolvendo a discussão sobre o aumento das metas de inflação, que reduziram o ritmo de baixa nos trechos curto e intermediário e colocaram a ponta longa em alta.

O dólar encerrou a sessão em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,1990. Lá fora, a moeda americana apresentou leve queda frente a pares fortes e teve desempenho misto na comparação com divisas emergentes e de exportadores de commodities, com investidores digerindo a leitura do CPI nos EUA em janeiro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em queda, após uma sessão volátil marcada pela divulgação da leitura de janeiro do CPI dos Estados Unidos. Junto com comentários de dirigentes do Fed, o dado levou o mercado a praticamente descartar a chance de corte de juros este ano. O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,46%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,03% e o Nasdaq avançou 0,57%.

Durante a tarde, o foco se voltou para comentários de dirigentes do Fed: da distrital de Richmond, Tom Barkin, afirmou que o resultado do CPI indica que a inflação está normalizando, mas ainda está desacelerando “devagar”. De Nova York, John Williams, comentou que a inflação continua “alta demais”, apesar de ter moderado nos últimos meses. Já a presidente do Fed em Dallas, Lorie Logan, disse que o BC americano deve estar preparado para subir juros por um período mais longo do que o esperado. Patrick Harker, da Filadélfia, por sua vez, disse que o Fed deve continuar com aumentos de 25 pontos-base nos juros durante algum tempo, até atingir nível em que a política monetária consiga trazer a inflação de volta à meta.

Os retornos dos Treasuries subiram depois de uma sessão volátil, em que prevaleceu a percepção de que a inflação americana está desacelerando de forma lenta, o que praticamente anulou as poucas expectativas de que o Fed possa vir a cortar juros ainda neste ano. Além disso, dirigentes do BC americano continuam reforçando a necessidade de aperto monetário.

O dólar avançou ante o iene, mas recuou frente ao euro e a libra. A moeda americana teve dificuldade em firmar direção única após a divulgação do CPI nos EUA, que confirmou desaceleração da inflação em janeiro. Desse modo, o índice DXY fechou em queda de 0,11%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O CPI nos Estados Unidos subiu 0,5% em janeiro na comparação com dezembro, de acordo com dados com ajuste sazonal divulgados pelo Departamento do Trabalho americano. Com isso, a inflação para o consumidor atingiu 6,4% no acumulado em 12 meses. A inflação do mês ficou dentro do estimado pelos analistas. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,5% na comparação com dezembro. A projeção para 12 meses era 6,2% no ano.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula assinou a medida provisória que recria o Minha Casa Minha Vida, uma das principais marcas das gestões petistas anteriores. O programa atenderá famílias residentes em áreas urbanas com renda bruta familiar mensal de até R$ 8.000, permitirá locação social ou compra de moradia usada nas cidades e incluirá famílias em situação de rua. (Poder 360)

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (14) que está fora de qualquer discussão envolvendo o novo marco fiscal. O banco de fomento estatal, no entanto, pretende promover um seminário em março para tratar de temas relacionados à política fiscal. (Poder 360)

PAINEL DE COTAÇÕES

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