Possível mudança na meta de inflação mantém o mercado desconfortável

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, à medida que investidores se mostraram cautelosos antes da divulgação de novos dados de inflação dos EUA que têm forte influência no rumo dos juros americanos. O índice Nikkei caiu 0,88%, enquanto o Hang Seng teve perda marginal de 0,12% e o Xangai Composto subiu 0,72%.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta modesta, ao passo que investidores digerem projeções mais otimistas de crescimento e inflação para a zona do euro e aguardam dados de preços ao consumidor dos EUA e do Reino Unido. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,35%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,73%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,27%, a US$ 85,29 o barril.
  • O ouro recua 0,38%, a US$ 1.858,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 21,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 10:00 EUA: Discurso de Dirigentes do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou o pregão em leve alta de 0,07%, a 108.078,27 pontos no encerramento da semana, em que acumulou perda de 0,41%, vindo de retração de 3,38% no intervalo anterior. No mês, recua 4,72%, em baixa de 1,51% no ano. O avanço em torno de 3% nas ações da Petrobras, embaladas pelo corte de produção anunciado pela Rússia deu fôlego extra à recuperação em curso nos preços da commodity, e perdas entre 6% e 8% para os papéis do Bradesco, refletindo a decepção do mercado com o balanço trimestral do banco. 

As taxas de juros longas fecharam o dia de lado e as demais, em alta moderada. Embora o assunto que marcou a semana, a possível mudança nas metas de inflação, não tenha tido novidades, a possibilidade do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter cedido à pressão do governo para alterar o objetivo mantém o mercado desconfortável para assumir riscos.

O dólar recuou no mercado doméstico de câmbio em sintonia com as perdas da moeda americana frente a pares do real, como o peso chileno e mexicano. A divisa encerrou a sessão a R$ 5,2220, em baixa de 1,08%. Apesar do refresco, o dólar terminou a semana com ganhos de 1,44%, o que leva a valorização acumulada em fevereiro para 2,86%.

EXTERIOR

Os três principais índices acionários de Nova York fecharam sem direção única, com o Nasdaq sob pressão diante da escalada dos juros dos Treasuries. O S&P 500 conseguiu terminar o pregão em alta, mas acumulou a maior queda semanal deste ano, enquanto investidores ampliam apostas pela política monetária restritiva pelo menos até o ano que vem.

O Dow Jones encerrou em alta de 0,50%, ao passo que o S&P500 avançou 0,22% e o Nasdaq perdeu 0,61%, com liquidação de papéis de tecnologia. Na semana, os índices recuaram 0,17%, 1,11% e 2,41%, respectivamente.

Os retornos dos Treasuries subiram, enquanto investidores operam em compasso de espera por novas sinalizações do Fed e pelo CPI dos EUA. Além disso, dados da Universidade de Michigan, que mostraram crescimento das expectativas de inflação, também impulsionaram os juros, à medida que o mercado avalia que a taxa terminal pode ser maior que 5%.

O dólar avançou ante maior parte dos rivais, depois que o avanço em uma leitura de expectativa de inflação nos Estados Unidos levou o mercado a ampliar as apostas por um juro terminal do Fed acima de 5%. O DXY fechou em alta de 0,40%, um avanço de 0,70% na semana.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, subiu de 64,9 em janeiro a 66,4 na leitura preliminar de fevereiro. As expectativas para a inflação em 12 meses subiram de 3,9% em janeiro a 4,2% em fevereiro. Já para o intervalo de cinco anos, as expectativas de inflação se mantiveram em 2,9% em fevereiro.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços cresceu 3,1% em dezembro na comparação mensal, conforme informou o IBGE. O resultado veio acima das estimativas do mercado, que oscilavam entre -0,2% e +2,2%, com mediana de 1,1%. Na comparação anual a alta foi de 6% no mês, também mais forte do que o estimado, com intervalo de +3,0% a 5,3%, com mediana de 4,0%. Enquanto, no ano, houve avanço de 8,3%, e o consenso apontava entre +7,9% e +8,2%, com mediana de 8,0%.

Para ler o relatório completo do setor de serviços, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do Senado chegaram a um entendimento e o projeto que altera a Lei das Estatais voltará a andar em março. O acerto já chegou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A ideia é que mudanças no texto sejam costuradas em acordo pelas duas Casas do Congresso Nacional e a matéria retorne para que os deputados confirmem o texto final sem maiores dificuldades. (Valor)

A discussão sobre o novo valor do salário mínimo deve entrar na reta final depois do Carnaval. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), quer fazer o anúncio de uma nova cifra em 1º de maio, Dia do Trabalhador. Ainda não há martelo batido, mas a tendência é que o valor passe para R$ 1.320. (Poder 360)

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