Discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, movimenta o mercado

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após Wall Street reagir ontem em alta a comentários do presidente do Fed. O índice Nikkei recuou 0,29%, o Xangai Composto caiu 0,49%, enquanto o Hang Seng ficou praticamente estável, com baixa marginal de 0,07%. Por outro lado, o Kospi avançou 1,30%.
  • Na Europa as bolsas operam em alta, à medida que investidores também digerem falas do presidente do Fed. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,81%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,65%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,03%, a US$ 84,55 o barril.
  • O ouro avança 0,54%, a US$ 1.881,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 23,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 11:15 EUA: Discurso Membro FOMC 
  • 12:00 EUA: Vendas no Atacado (Dez)
  • 13:00 Brasil: Confiança do Consumidor Reuters/Ipsos (Fev)
  • 14:30 Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 0,82%, aos 107.829,73 pontos, em sessão, como o pregão anterior, de volume financeiro enfraquecido. O nível de fechamento também foi o menor desde o último dia 5 (107.641,32 pontos), vindo o Ibovespa, da última sessão, de leve ganho de 0,18% que havia interrompido série de três perdas, todas acima de 1%.

Os juros futuros de curto e médio prazos fecharam em queda, enquanto os longos terminaram em alta. A leitura da ata do Copom trouxe alívio até os contratos intermediários, mas o restante da curva ficou sujeito à volatilidade em dia de discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, e nova bateria de críticas do presidente Lula ao Banco Central e ao mercado financeiro.  A novidade da ata foi o aceno do BC à Fazenda, ajudando a distensionar o clima de confronto entre o governo e autoridade monetária, o que trouxe algum conforto, embora pouco tenha alterado as apostas para a Selic nos próximos meses.

O dólar encerrou o dia em alta de 0,50%, cotado a R$ 5,2000, maior valor de fechamento desde 23 de janeiro. Em fevereiro, a moeda já acumula ganhos de 2,42%. Os ataques ao Banco Central promovidos pelo presidente Lula, que voltou a criticar o nível da taxa de juros e a gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC, mais uma vez impediram que o real acompanhasse o sinal de baixa da moeda americana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, após oscilarem diante dos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que, por fim, não trouxeram grandes novidades quando comparado com o discurso após a decisão de política monetária na semana passada. O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,78%, enquanto o S&P 500 avançou 1,29% e o Nasdaq subiu 1,90%.

Os retornos dos Treasuries avançaram, após comentários do presidente Fed sobre desinflação ao mesmo tempo em que sinalizou que a instituição pode aumentar mais os juros.

O dólar recuou ante rivais nesta terça-feira, pressionado por declarações de Powell, que ressaltou que o processo de desinflação já começou nos Estados Unidos, embora o mercado de trabalho continue forte. O índice DXY fechou em baixa de 0,19%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O déficit comercial dos Estados Unidos teve alta de 10,5% em dezembro ante novembro de 2022, a US$ 67,42 bilhões, de acordo com os dados publicados pelo Departamento do Comércio americano. O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam déficit de US$ 68,5 bilhões em dezembro.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice Geral de Preços (IGP-DI) subiu 0,06% em janeiro, após alta de 0,31% em dezembro, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o dado acumula 3,01% em 12 meses. O indicador mensal ficou dentro do intervalo das expectativas na pesquisa do Projeções Broadcast (-0,13% a alta de 0,46%), mas inferior à mediana positiva de 0,24%. No acumulado de 12 meses, as estimativas iam de 2,82% a 3,43%, com mediana em 3,20%.

A indústria automotiva começou 2023 melhor do que iniciou 2022, com crescimento de 5% da produção em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, 152,7 mil unidades foram produzidas no mês passado. Ao passo que nas vendas, de 142,9 mil veículos no mês passado, subiram 12,9% frente a janeiro de 2022. Os dados estão no primeiro balanço do ano da Anfavea, a instituição que representa as montadoras.

A ata da 252ª reunião do Copom manteve o tom hakwish do comunicado pós-encontro, apontando que os riscos para a inflação ainda são altistas. Nos parece, contudo, que exista alguma divisão dentro do Comitê, provavelmente com alguns diretores considerando que o novo governo sinalizou potenciais medidas de ajuste fiscal, quando ressalta que parte do mercado financeiro projeta um déficit primário melhor do que o do orçamento. Avaliamos que, caso a nova regra fiscal prometida pelo ministério da Fazenda para substituir o Teto dos Gastos evolua de forma célere e crível, o Copom possa iniciar o processo de queda da Selic nas duas últimas reuniões de 2023, para 12,75%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao dizer que a culpa pela taxa de juros alta é da autarquia, agora autônoma, e, não mais, do governo federal. Lula cobrou responsabilidade do chefe da autoridade monetária e pediu que ministros da área econômica acompanhem a situação. (Poder 360

O presidente também criticou o processo de privatização da Eletrobras. De acordo com ele, a venda da empresa pelo governo de Jair Bolsonaro foi “errático” e de “lesa-pátria”. Ele também defendeu que o contrato de participação do governo federal nas ações da Eletrobras seja revisto pela Justiça, para que haja mais representantes da União no conselho diretor da empresa. (Poder 360)

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