Dentro do esperado, Fed sobe juros em 25 bps e Copom mantém taxa em 13,75%
NESTA MANHÃ
- As bolsas na Ásia fecharam com viés de alta, após o Fed elevar juros em ritmo mais moderado. O índice japonês Nikkei subiu 0,20%, enquanto o Hang Seng caiu 0,52% e o Xangai Composto teve alta marginal de 0,02%.
- Na Europa as bolsas operam em alta, também motivadas pela elevação mais moderada dos juros por parte do Fed. Investidores aguardam a decisão dos juros no bloco europeu e no Reino Unido ainda hoje (02). Desse modo, o índice Stoxx 600 avança 0,75%,
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,41%.
- Os contratos futuros do Brent tem queda marginal de 0,01%, a US$ 82,83 o barril.
- O ouro avança 0,11%, a US$ 1.952,56 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 23,97 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros (Jan)
- 10:15 Zona do Euro: Declaração de Política Monetária do BCE
- 10:45 Zona do Euro: Coletiva de Imprensa do BCE
- 11:15 Reino Unido: Pronunciamento de Andrew Bailey, Presidente do BoE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em super-quarta, dia de decisão de juros do Copom e do Fomc, o Ibovespa apresentou queda de 1,20%, aos 112.073,55 pontos.
Os retornos dos Treasuries ampliaram a queda e passaram a renovar mínimas, levando as taxas por aqui a reduzirem sensivelmente o avanço, sendo que as curtas foram para os ajustes anteriores.
O mercado de câmbio doméstico foi engolfado pela onda de desvalorização mais aguda da moeda americana no exterior em meio à após o BC americano ter, como esperado, desacelerado o ritmo de alta de juros para 25 pontos-base. Embora Jerome Powell, presidente do Fed, tenha, assim como o comunicado do BC, acenado com continuidade de aperto monetário e manutenção de juros elevados por mais tempo, os investidores parecem ter se apegado à menção de que o processo de desinflação da economia americana já está em curso. Com isso, o dólar fechou em baixa de 0,32%, cotado a R$ 5,0600.
EXTERIOR
Após oscilarem entre altas e baixas, os mercados acionários de Nova York fecharam no positivo. Investidores reagiram à esperada alta de 0,25 ponto porcentual nos juros nos Estados Unidos e aos comentários do presidente do Fed sobre perspectivas para a política monetária e a economia do país. O índice Dow Jones subiu 0,02%, enquanto o S&P 500 avançou 1,05% e o Nasdaq fechou em alta de 2,00%.
Os juros dos Treasuries despencaram, Os retornos dos títulos entraram em queda em meio ao discurso do presidente do Fed, após o banco central americano divulgar desaceleração do ritmo de aperto monetário a partir de um aumento de juros em 25 pontos-base.
O dólar recuou ante boa parte dos rivais, após o Fed reduzir o ritmo de aperto monetário, elevando os juros básicos em 25 pontos-base. Analistas apontam que o mercado mantém expectativas de que o banco central americano deve pausar em breve sua estratégia hawkish, apesar de sinalizações contrárias do presidente do BC americano. O índice DXY caiu 0,86%.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O Fed elevou sua taxa de juros básicos em 25 pontos-base, para a faixa de 4,50% a 4,75%. De acordo com o presidente do Fed, Jerome Powell, a inflação continua alta e os dirigentes estão comprometidos em trazer o índice para a meta de 2%.
O PMI Industrial subiu de 48,6 em dezembro para 49,1 em janeiro, conforme divulgado pela a S&P Global. Contudo, o indicador ainda está abaixo de 50, o que indica contração.
O setor privado dos Estados Unidos criou 106 mil empregos em janeiro, de acordo com a pesquisa com ajustes sazonais divulgada pela ADP. O resultado veio bem abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam geração de 190 mil postos de trabalho no mês passado.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice de Preços ao Produtor registrou queda de 1,29% em dezembro, conforme pesquisa realizada pelo IBGE. A taxa de novembro foi revista de uma queda de 0,54% para um recuo de 0,52%.
Na primeira reunião de 2023, o Copom do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a. A continuidade da taxa no atual patamar, vigente desde agosto do ano passado, era consenso no mercado. A grande expectativa estava relacionada ao comunicado pós-encontro, especialmente pelo fato de termos um novo governo, recém-empossado, com nova equipe econômica, o que poderia gerar incertezas adicionais.
Mantivemos a visão que o início do afrouxamento da atual política restritiva possivelmente iniciará nas duas últimas reuniões de 2023, porém em magnitude menor do que avaliávamos anteriormente, alterando nossa projeção para 12,75% a.a. no fim do ano.
Para ler o relatório completo do comentário do Copom, acesse aqui.
POLÍTICA NO BRASIL
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) permanecerá por mais dois anos como presidente do Senado Federal. Ele recebeu 49 votos, entre os 81 senadores, em favor da sua recondução. Seu oponente, o senador Rogério Marinho (PL-RN), obteve 32 votos. Enquanto, com apoio recorde desde a redemocratização, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi reeleito com o voto de 464 dos 513 deputados, 90% do plenário, e um bloco formado por 14 dos 16 partidos e federações da Casa. Ambos candidatos eram apoiados pelo presidente Lula. (Valor / Valor)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
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