Após indicadores nos EUA, temor por recessão aumenta e pesa sobre os mercados

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, à medida que investidores se mostraram mais cautelosos após Wall Street sofrer ontem a maior queda diária do ano. O índice japonês Nikkei caiu 1,44%, enquanto o Hang Seng teve leve perda de 0,12% e o Xangai Composto subiu 0,49%.
  • Na Europa, as bolsas europeias operam em baixa, após dados econômicos fracos dos EUA reacenderem temores de uma recessão global e causarem perdas significativas em Wall Street. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,22%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em queda.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,36%. 
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,71%, a US$ 84,38 o barril.
  • O ouro sobe 0,27%, a US$ 1.909,12 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego (Dez)
  • 09:30 Zona do Euro: Ata Reunião Monetária BCE
  • 10:30 EUA: Licenças de Construção (Dez)
  • 10:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Jan)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

BRASIL

O Ibovespa contrariou as bolsas de Nova York e os demais ativos domésticos e encerrou o dia com ganho de 0,71%, aos 112.228,39 pontos, a segunda alta consecutiva no fechamento. Enquanto a queda dos preços do petróleo pesou sobre os papéis da Petrobras, empresas ligadas a commodities metálicas tiveram desempenho positivo e ajudaram a sustentar o índice. A recuperação dos papéis de bancos, prejudicados nos últimos pregões pela crise das Americanas, também deu fôlego à Bolsa brasileira.

Os juros futuros fecharam estáveis na ponta curta da curva, enquanto as demais taxas subiram. Após recuarem pela manhã, inverteram o sinal no começo da tarde, refletindo componentes internos e externos. Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abordando mudanças na tabela do Imposto de Renda e volta da política de valorização do salário mínimo atrelada ao PIB, foram vistas como “populistas” e na contramão da sinalização de austeridade fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O dólar encerrou a sessão em alta de 1,12%, a R$ 5,1630, insuflado por receio de piora fiscal, também na esteira de declarações do presidente Lula sobre salário mínimo e imposto de renda, e pelo fortalecimento da moeda americana frente a divisas emergentes diante dos temores de recessão nos EUA.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta quarta-feira em queda forte, reagindo a dados dos Estados Unidos e notícias de grandes empresas sugerindo recessão da economia americana. Além disso, falas de dirigentes do Fed trouxeram volatilidade. No fechamento, o índice Dow Jones registrou queda de 1,81%, enquanto o S&P 500 caiu 1,56% e o Nasdaq recuou 1,24%.

Falas de dirigentes do Fed ao longo do dia reforçaram posicionamento hawkish do banco central americano. O presidente da distrital do Federal Reserve em St. Louis, James Bullard, afirmou que o Fed deve agir de maneira forte e se mover rapidamente para atingir os 5% na taxa de juros, durante entrevista ao WSJ.

Os juros dos Treasuries recuaram, após a divulgação de indicadores que ampliaram os temores de recessão nos Estados Unidos e induziram um clima de aversão ao risco nos mercados. 

O dólar operou em alta ante boa parte das moedas rivais no pregão desta quarta-feira, com dados dos Estados Unidos sugerindo recessão maior do que o antecipado pelo mercado. O índice DXY fechou em queda de 0,03%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao produtor (IPP) dos Estados Unidos caiu 0,5% em dezembro ante novembro, de acordo com o Departamento do Trabalho. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo WSJ, de avanço de 0,1% no período.

O núcleo do IPP, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,1% na comparação mensal, em linha com as projeções. No acumulado de 12 meses encerrados em dezembro, o IPP subiu 6,2%, enquanto o núcleo subiu 4,6%.

As vendas no varejo dos Estados Unidos sofreram queda de 1,1% em dezembro ante novembro, conforme  dados do Departamento do Comércio. Analistas consultados pelo WSJ previam recuo um pouco menor no período, de 1%.

A produção industrial dos Estados Unidos caiu 0,7% em dezembro ante novembro, de acordo com dados publicados pelo Federal Reserve (Fed). O resultado foi abaixo da previsão de analistas consultados pelo WSJ que previam queda mensal de 0,1% no período.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que seu governo vai “mudar a lógica” do Imposto de Renda (IR) no Brasil mesmo que seja necessária uma “briga” com empresários. O petista explicou que seu objetivo é isentar do IR todos aqueles que ganham até R$ 5 mil. Para isso, o presidente sinalizou que “está na hora” de cobrar esse tributo dos “ricos” que recebem “dividendos”. Neste sentido, ele endossou declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que é necessário fazer uma reforma tributária em breve para garantir o pagamento de um salário mínimo acima da inflação. (Valor)

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou, nesta quarta-feira (18), que o atual salário mínimo de R$ 1.302 valerá pelo menos até maio, quando um novo aumento pode ser confirmado a partir das deliberações do grupo de trabalho interministerial criado nesta quarta para formular uma política de valorização do piso salarial. Questionado se a promessa de R$ 1.320 será anunciada de fato no Dia do Trabalhador, o ministro não se comprometeu com valores. (InfoMoney)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (18) aumentar a meta de inflação anual para, de acordo com ele, evitar “arrochar” a economia e fazê-la crescer com o intuito de aumentar a distribuição de renda. Ele sugeriu que a meta passe dos atuais 3,5%, considerados um “exagero”, para 4,5%. O petista criticou também a atuação do Banco Central independente na condução da política monetária para conter a inflação com o uso da taxa de juros como principal instrumento. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

EMPRESAS

BTG conseguiu na Justiça liminar que atende seu pedido de bloqueio de R$ 1,2 bilhão em aplicações da Americanas no banco, como garantia de pagamento antecipado de dívidas, após uma negativa, no fim de semana, pelo desembargador de plantão. Essa é a primeira decisão judicial que se tem notícias contrária à tutela cautelar preparatória de recuperação. (Valor)

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