Ibovespa sobe 2,04% com aumento do preço das commodities e fala de Haddad em Davos

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em alta, com a de Tóquio saltando mais de 2%, após o Banco do Japão (BoJ) deixar sua política monetária inalterada, dissipando especulação de que apertaria as condições de crédito em meio a pressões inflacionárias. O Nikkei disparou 2,5%, enquanto o Xangai Composto ficou estável e o Hang Seng teve alta de 0,47%. 
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto investidores digerem números de inflação da região e aguardam uma série de indicadores de peso dos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,21%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro desacelerou pelo segundo mês consecutivo em dezembro, a 9,2%, ante 10,1% em novembro e depois de atingir a máxima histórica de 10,6% em outubro, conforme revisão divulgada hoje pela Eurostat. O resultado do mês passado confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo WSJ. Em relação a novembro, o CPI do bloco recuou 0,4% em dezembro. Neste caso, o consenso do mercado era de queda de 0,3%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,48%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,56%, a US$ 87,26 o barril.
  • O ouro avança 0,31%, a US$ 1.914,44 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 21,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor (Dez)
  • 10:30 EUA: Vendas no Varejo (Dez) 
  • 11:15 EUA: Produção Industrial (Dez)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

BRASIL

O Ibovespa subiu 2,04%, aos 111.439,12 pontos, impulsionado pelo aumento dos preços de commodities após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China maior do que o esperado em 2022. Agora, acumula alta em 2023 (1,55%). Para analistas, a retomada das negociações em Nova York, o ajuste dos papéis ligados à crise nas Americanas e as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em Davos, também contribuíram para os ganhos.

Os juros futuros fecharam o dia em baixa, devolvendo parte da alta registrada ontem, dada a menor tensão com o cenário fiscal e a melhora do apetite ao risco por ativos emergentes que favoreceu boa parte das moedas como o real. De Davos, a sinalização para a área fiscal emitida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi bem recebida, embora sem empolgação, enquanto os dados do PIB da China animaram os investidores.

O dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 5,1060, em baixa de 0,84%, o que levou a desvalorização acumulada em janeiro para 3,30%. A apreciação do real se deu em meio a uma onda de valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities. À perspectiva de uma alta mais comedida dos juros nos EUA somou-se hoje a aposta em desempenho mais robusto da economia da China, que teve crescimento acima do esperado no quarto trimestre de 2022 e reportou dados positivos de indústria e varejo em dezembro.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam mistos, com balanços de grandes bancos no radar e dados da indústria de Nova York em foco. Ainda, dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China também estiveram no radar dos negócios nesta sessão. O índice Dow Jones registrou queda de 1,14%, enquanto o S&P 500 caiu 0,20% e o Nasdaq avançou 0,14%.

Os retornos dos Treasuries operaram sem direção única, na volta de feriado que manteve os mercados fechados ontem nos Estados Unidos. Os rendimentos chegaram a avançar mais fortemente no início da sessão, mas perderam fôlego ao longo da tarde. 

O dólar operou em alta ante boa parte das moedas rivais no pregão, com o euro particularmente pressionado por perspectivas de aumentos de juros mais brandos do Banco Central Europeu (BCE). Dados chineses fortes deram fôlego à moeda americana, mas o movimento arrefeceu após indicador fraco da atividade industrial americana. O índice DXY terminou a sessão estável.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, caiu de -11,2 em dezembro de 2022 para -32,9 em janeiro de 2023, de acordo com a pesquisa divulgada pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed). O resultado foi aquém das expectativas de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta do indicador a -7 neste mês.

POLÍTICA NO BRASIL

Menos de um mês após o início de sua gestão, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara um substitutivo que visa alterar a Lei das Estatais. O objetivo, com isso, é abrir mais espaço para aliados e parlamentares não eleitos em cargos de conselhos administrativos vinculados a empresas públicas federais e companhias estaduais. A iniciativa é vista com desconfiança por agentes do mercado e especialistas, que apontam risco de a iniciativa gerar retrocessos na governança dessas instituições. (Valor)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (18) o Orçamento para o ano de 2023. A sanção foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União). Foram vetados 6 dispositivos. Os vetos incluem o uso de verbas de emendas de comissão (recursos com destino decidido por comissões do Congresso) em ação do Fundo Penitenciário Nacional. Neste item, são R$ 250 mil. De acordo com o Executivo, o dinheiro não poderia ser usado dessa forma porque as emendas e o Fundo têm natureza diferente na gestão pública. (Poder 360)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (17) que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se colocou à disposição para auxiliar o Brasil na escolha de uma âncora fiscal “crível” e “sustentável”. “Nós tivemos uma reunião com o FMI, e foi interessante pois eles ficaram sabendo do debate brasileiro sobre âncora fiscal e colocaram a equipe técnica à disposição do Brasil, para que possamos conhecer todas as regras hoje em vigor e a opinião deles”, afirmou o ministro a jornalistas, em Davos, na Suíça. Haddad declarou que o FMI mostrou preocupação com sustentabilidade política no Brasil, e disse que quer enviar ao Congresso uma regra fiscal que consiga equilibrar essa sustentabilidade com a responsabilidade fiscal. (CNN)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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