Ibovespa caminha para seu pior desempenho no mês desde junho

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, em meio a temores de recessão global diante do aperto monetário promovido por grandes bancos centrais do Ocidente e preocupações renovadas com a situação da covid-19 na China. O índice Xangai Composto despencou 1,92%, enquanto o Nikkei caiu 1,05% e o Hang Seng cedeu 0,50%.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta modesta, ensaiando se recuperar de robustas perdas da última semana, quando foram pressionadas por temores de que aumentos de juros levem a economia global a uma recessão. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,65%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,52%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,44%, a US$ 79,39 o barril.
  • O ouro avança 0,17%, a US$ 1.795,71 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 12:00 EUA: Índice NAHB de Mercado Imobiliário (Dez)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa cedeu 0,85%, aos 102.855,70 pontos, acumulando perda de 4,34% na semana e, até aqui, de 8,56% em dezembro – a caminho, por enquanto, de seu pior desempenho mensal desde o mergulho de 11,5% em junho, até agora o pior para o índice desde o ponto mais baixo da pandemia de covid-19, em março de 2020, quando cedeu 29,90%. 

Os juros futuros fecharam a sessão em alta firme, mais acentuada nos vencimentos de médio e longo prazos. Na semana, todas as taxas subiram, também com mais força na ponta longa, configurando ganho de inclinação para curva. Sem nada de concreto no noticiário de Brasília, as taxas retomaram o que é considerada sua tendência natural, ou seja, adição de prêmios, com o cenário fiscal incerto, após terem cedido ontem. As preocupações mantêm-se sobre o impacto fiscal da PEC da Transição, futuro da Lei das Estatais, nomeações para ministérios e segundo escalão do novo governo. 

Ingressos de recursos no Brasil levaram para baixo a cotação do dólar ante o real nesta sexta-feira, com a moeda americana terminando baixa de 0,41%, a R$ 5,2940. O cenário político também é acompanhado pelos agentes, com resquício de apostas de que a PEC da Transição pode ser descartada caso não haja mesmo consenso entre o governo eleito e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No exterior, a moeda subiu, ainda na esteira de uma postura mais dura do Fed. O cenário hawkish da política monetária global e as incertezas políticas levaram a uma desvalorização de 0,91% do real na semana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, pressionadas pelo aperto monetário dos bancos centrais, com sinalizações nesta semana de que as autoridades seguirão aumentando juros e mantendo as taxas elevadas. Ao longo da sessão, dirigentes do Fed reforçaram as mensagens de que a prioridade será a redução na inflação para níveis próximos da meta de 2%. Neste cenário, avançam os temores de uma recessão na economia americana, o que já vem impactando algumas empresas, incluindo demissões. O índice Dow Jones fechou em queda 0,85%, enquanto o S&P 500 caiu 1,11% e o Nasdaq recuou 0,97%. Na semana, houve queda de 1,66%, 2,08% e 2,72%, respectivamente.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta sexta-feira (16) que o BC americano está longe do seu objetivo de estabilidade de preços. “Inflação é ‘tóxica’, e precisamos chegar na meta de 2%. Estamos resolutos em desacelerar a inflação até a meta”, destacou. O dirigente da distrital de Nova York, John Williams, disse que “medidas suficientemente restritivas para baixar a inflação” podem exigir juros mais altos do que as previsões de 5% a 5,5% para o próximo ano. Ao passo que a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, avaliou que demorará algum tempo para a inflação cair, e que os Fed funds devem ficar acima de 5% em 2023.

Os juros dos Treasuries encerraram a sessão sem direção única, com a ponta curta da curva de rendimentos em baixa e a longa em alta, revertendo o movimento da véspera. O movimento ocorre à medida que o mercado digere mais sinais sobre o futuro próximo da política monetária do Fed, e em meio à fala de dirigentes da instituição. O dólar operou sem sinal único ante rivais, encerrando uma semana de intensa atenção às posturas dos bancos centrais.

A moeda americana avançou ante as principais europeias, mas teve queda diante do iene, com investidores focando na última decisão de política monetária do BoJ no ano, que ocorre na próxima semana. Neste cenário, as perspectivas para 2023 começam a ganhar mais espaço. O índice DXY teve alta de 0,14%

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro do STF Gilmar Mendes determinou na noite deste domingo (18) a abertura de espaço no teto de gastos para pagar o Bolsa Família de R$ 600 a partir de  2023. Na prática, o magistrado autoriza o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a incluir a despesa com o programa social na lei orçamentária. A decisão do ministro vem às vésperas da votação da PEC fura-teto na Câmara. (Poder 360)

Depois de o Congresso aprovar mudanças na distribuição das emendas de relator, o STF retoma hoje (19) o julgamento sobre a legalidade do chamado orçamento secreto. A decisão terá também impactos na maior prioridade do governo eleito neste momento: a aprovação pela Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). (Valor)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram neste domingo (18) para tratar da PEC da Transição. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa de Lula. Já aprovada pelo Senado, a PEC da Transição tem votação marcada pela Câmara para terça-feira (20). No sábado (17), Lula se reuniu no hotel com o relator da proposta de emenda, o deputado federal Elmar Nascimento (União-BA). (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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