Na última reunião do ano, Fed aumenta taxa de juros em 50 bps

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas da Ásia fecharam em baixa. Investidores avaliavam a alta de juros anunciada pelo Fed, e também indicadores da China, que frustraram as previsões. Entre os principais índices, o Xangai Composto caiu 0,25%, enquanto o Hang Seng recuou 1,55% e o Nikkei teve queda de 0,37%.
  • Na agenda de indicadores, a produção industrial chinesa cresceu 2,2% em novembro, na comparação anual, desacelerando após ganho de 5% visto em outubro. Analistas ouvidos pelo WSJ previam alta de 3,7%. Ao passo que as vendas no varejo do país caíram 5,9% em novembro, na mesma comparação anual, ante expectativa de redução de 3,3% dos economistas.
  • Na Europa, os mercados exibem sinal negativo, em dia marcado pelas decisões de política monetária do BoE e do BCE. A expectativa é de mais altas de juros em ambos bancos centrais.Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,06%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,48%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,37%, a US$ 83,01 o barril.
  • O ouro recua 1,57%, a US$ 1.778,98 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 17,65 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Relatório Trimestral de Inflação 
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Dez)
  • 09:00 Reino Unido: Decisão da Taxa de Juros
  • 09:00 Brasil: Reunião Conselho Monetário Nacional
  • 10:15 União Europeia: Decisão da Taxa de Juros
  • 10:30 EUA: Vendas no Varejo (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa zerou perdas no meio da tarde durante entrevista ao vivo do próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews, sem tropeços que desagradassem ao mercado, que segue atento também, em especial, ao caminho que a PEC da Transição terá na Câmara sob o presidente Arthur Lira (PP-AL), com sinais de que poderá ainda sofrer desidratação frente ao texto aprovado na semana passada pelo Senado. Com isso, a referência da B3 teve leve ganho de 0,20%, a 103.745,77 pontos. Em dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, o giro foi muito reforçado, a R$ 81,5 bilhões. 

Os juros futuros moderaram o ritmo de alta no período da tarde, na expectativa de que a PEC da Transição possa ter nova diluição durante a tramitação na Câmara, mas ficaram voláteis após o comunicado do Fed e a entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell, alinhados à reação de Wall Street. Terminaram de lado até os vértices intermediários e em leve alta nos longos. O risco fiscal doméstico, no entanto, manteve-se como pilar principal a sustentar a nova abertura das taxas, com a repercussão bastante negativa da mudança na Lei das Estatais, terça-feira (13), na Câmara.

A decisão do Fed e a posterior coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell, demoraram a dar uma tendência clara ao mercado de câmbio doméstico, que, no fim, terminou apresentando valorização do real. Assim, o dólar terminou a sessão em queda de 0,27%, aos R$ 5,3010.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em queda, após decisão unânime de aumento de 50 pontos-base (pb) na taxa de juros por parte do Fed e sinalização do presidente da instituição, Jerome Powell, de que os juros seguirão altos por “período prolongado”. O índice Dow Jones fechou em queda 0,42%, enquanto o S&P 500 caiu 0,61% e o Nasdaq recuou 0,76%.

Os juros dos Treasuries terminaram a tarde sem direção única, marcada pela decisão do Fed. Os juros ganharam força logo após a decisão, mas depois perderam fôlego em meio a comentários de Powell, durante a tradicional coletiva de imprensa posterior à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

Nesse cenário, o dólar operou em queda, com recuo do índice DXY de 0,21%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Federal Reserve (Fed) decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 50 pontos-base (pb), para a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme divulgado em comunicado pós reunião de política monetária. A decisão foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado.

O presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que ainda são necessárias mais evidências de que a inflação está a caminho de baixa para que o banco considere mudar sua política monetária, com pressões sobre preços elevadas em bens e serviços nos Estados Unidos. “Estamos fortemente focados em retornar a inflação à meta de 2%”, defendeu. Em coletiva de imprensa para comentar a decisão de política monetária, Powell também ressaltou que, apesar da inflação elevada, as expectativas de longo prazo permanecem estáveis.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A economia brasileira iniciou o quarto trimestre de 2022 em queda, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador de outubro caiu 0,05%, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em setembro, o resultado ficou estável (dado revisado hoje), após recuo de 1,13% em agosto. O resultado do IBC-Br no décimo mês de 2022 ficou bem aquém da mediana das estimativas do mercado, positiva em 0,30%, apurada em pesquisa Projeções Broadcast, e dentro do intervalo das previsões, que iam de queda de 0,20% a alta de 0,60%.

Na comparação entre os meses de outubro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 3,68% na série sem ajustes sazonais. Resultado dentro do intervalo projetado pelos analistas, que esperavam de avanço de 3,00% a crescimento de 4,60%, mas também abaixo da mediana positiva de 4,00%.

POLÍTICA NO BRASIL

Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (14), o futuro ministro da Fazenda do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi sabatinado por jornalistas sobre os principais pontos para a sua gestão. O discurso moderado e de reforço do seu compromisso com a política fiscal foi suficiente para reduzir a pressão que o clima de incerteza exercia no Ibovespa. Entre os principais pontos, Haddad se colocou totalmente contrário a intervenções artificiais em preços de mercado e garantiu que o partido também aprendeu com os erros, por isso não quer ver a história se repetir. (Valor)

Os ministros do STF homologaram, por maioria, o acordo feito entre União e Estados a respeito da cobrança do ICMS sobre combustíveis nesta quarta-feira (14). A Corte julga ações que tratam sobre perdas de arrecadação alegadas pelas unidades federativas em razão de mudanças na tributação. No acordo, as secretarias dos Estados reconhecem a essencialidade do diesel, do GLP e do gás natural e estabelecem o ICMS uniforme e monofásico para os combustíveis, exceto a gasolina, até 31 de dezembro de 2022. (Poder 360)

O Senado tenta construir um acordo para votar hoje (15) o projeto que flexibiliza a Lei das Estatais e diminui de 36 meses para 30 dias a quarentena de pessoas indicadas à presidência ou à direção de empresas públicas que tenham ocupado estrutura decisória de partido ou participado de campanhas eleitorais. A expectativa é que a maioria dos líderes concorde com a votação da matéria diretamente no plenário, sem qualquer tramitação prévia pelas comissões da Casa. (Valor)

A presidente do STF, ministra Rosa Weber, votou para derrubar o modelo atual de distribuição das emendas de relator, instrumento que ficou conhecido como orçamento secreto pela falta de transparência. Pelo voto da ministra, as emendas não poderão mais ser utilizadas para criar novas despesas ou ampliar as programações do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), mas tão somente para corrigir equívocos de ordem técnica ou recompor dotações canceladas. Se prevalecer o entendimento da relatora, as emendas classificadas como RP 9 não poderão mais ser usadas para atender a solicitações de deputados, senadores ou “usuários externos”. Com isso, caberá aos ministros de Estado de cada pasta beneficiada orientarem a execução desses recursos “em conformidade com programas e projetos existentes nas respectivas áreas, afastado o caráter vinculante das indicações do relator-geral”. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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