Mercado aguarda a divulgação da inflação e discurso de Lula no Brasil

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas avançaram, seguindo o movimento das bolsas de Nova York. Números da inflação ao consumidor (CPI) e produtor (IPP) da China ficaram no radar, bem como os planos de reabertura da economia local após um período de restrições severas contra a covid-19. O índice Xangai Composto fechou em alta de 0,30%, enquanto o Hang Seng, subiu 2,32% e o Nikkei teve ganho de 1,18%.
  • O CPI da China desacelerou em novembro, à medida que surtos de covid-19 inibiram a demanda doméstica. O índice subiu 1,6% em novembro na comparação com novembro do ano anterior, depois de avançar 2,1% na comparação anual de outubro. O resultado, porém, ficou ligeiramente acima da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, de alta de 1,5%.
  • Na Europa, as bolsas operam em alta moderada, tentando recuperar-se de uma semana em que as principais praças do continente acumularam perdas diante de temores sobre a economia global e o aperto monetário do Fed, BCE e BoE. Os três bancos centrais divulgam suas decisões na semana que vem, em meio a dados de inflação de algumas das principais economias do mundo. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,48%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,49%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,58%%, a US$ 76,59 o barril.
  • O ouro avança 0,23%, a US$ 1.794,00 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 17,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Nov)
  • 10:15 Brasil: Entrevista de Lula
  • 10:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor IPP (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa emendou a segunda perda e retrocedeu aos 107 mil pontos, menor nível de fechamento desde 5 de agosto. A referência da B3 fechou aos 107.249,04 pontos, em queda de 1,67%. O giro financeiro foi a R$ 31,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa cai 4,18% e no mês, 4,66%, limitando a alta do ano a 2,31%. A aprovação da PEC da Transição no Senado, sem desidratação adicional, mantém as preocupações sobre a situação fiscal em cima da mesa, o que deixa os investidores em ativos de risco, como ações, na defensiva.

A curva de juros fechou com a ponta curta praticamente estável, enquanto os longos subiram. O aumento da inclinação se deu basicamente por uma correção em relação à sessão anterior, quando a perspectiva de nova desidratação da PEC da Transição na votação do plenário do Senado aliviou prêmios de risco. Como essa expectativa não se concretizou, o mercado devolveu a queda, até porque é vista como baixa a possibilidade de diluição do impacto fiscal na Câmara, dado o prazo exíguo para a tramitação.

O dólar teve uma sessão volátil e de liquidez estreita, que se refletiu na cotação final da moeda, que terminou o dia em leve alta, bem perto dos ajustes da véspera. Alguma pressão da queda das commodities foi observada à tarde, embora o noticiário local, com a PEC da Transição ainda sendo assimilado, prevalecendo. Desse modo, a moeda americana subiu 0,17%, aos R$ 5,2150.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, em dia de poucos drivers e com os investidores no aguardo de uma definição do ritmo de mudanças das taxas de juros por parte do Fed. O índice Dow Jones subiu 0,55%, enquanto o S&P 500 avançou 0,75%, e o Nasdaq teve alta de 1,13%.

Os retornos dos Treasuries subiram, revertendo o movimento da sessão anterior. Investidores se posicionavam para a reunião do Fed, na próxima semana, com expectativa por mais aperto monetário, e também havia realização de lucros, de acordo com analistas.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,31%, com o euro apoiado pela perspectiva de aperto monetário pelo BCE. Além disso, investidores se posicionavam para o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que sai hoje (09), e para decisões de política monetária na próxima semana do BCE, do Fed e do BoE.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

As vendas do comércio varejista subiram 0,4% em outubro ante setembro, conforme informou o IBGE. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,4% a alta de 2,1%, com mediana positiva de 0,3%. Na comparação com outubro de 2021, as vendas do varejo tiveram alta de 2,7% em outubro. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,0% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, houve alta de 0,1%, ante recuo de 0,7% até setembro.

Enquanto o varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,5% em outubro ante setembro. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, entre -0,9% e 1,9%, com mediana positiva de 0,5%. Na comparação com outubro de 2021, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 0,3% em outubro. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam recuo de 0,5% no ano. No acumulado em 12 meses, houve queda de 1,0%, ante recuo de 1,6% até setembro.

POLÍTICA NO BRASIL

Aprovada pelo Senado na noite de quarta-feira (07), a PEC da Transição começará a ser negociada na Câmara em meio ao clima de insatisfação dos deputados com o julgamento do orçamento secreto no STF. O futuro relator da proposta, o líder do União Brasil, deputado Elmar Nascimento (BA), pretende reduzir de dois para um ano a elevação do limite do teto de gastos, seguindo a orientação da cúpula de seu partido, conforme apurou o Valor, criando embaraços para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A eventual mudança no texto obrigaria o retorno da matéria ao Senado, colocando em risco o prazo para promulgação da emenda. (Valor)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar a primeira leva de ministros do próximo governo nesta sexta-feira (09). A informação foi confirmada na quinta-feira (08) pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O petista dará entrevista para jornalistas às 10h15. Os primeiros indicados devem ser Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda, que será recriado, e José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa. Também devem ser oficializados para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e para a Casa Civil, Rui Costa. O embaixador Mauro Vieira deve ser indicado para chefiar o Itamaraty. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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