Mercados operam na expectativa do Payroll de novembro

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em queda, pressionadas por temores de aperto monetário global no dia em que saem dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, cruciais para que o Fed tome suas decisões de política monetária. Neste contexto, o relaxamento adicional de restrições contra a covid-19 na China ficou em segundo plano. O índice Xangai Composto fechou em baixa de 0,29%, enquanto o Hang Seng recuou 0,33% e o Nikkei caiu 1,59%.
  • Na Europa, as bolsas registram queda, de olho em sinalizações de bancos centrais ao redor do mundo, que reafirmam o compromisso contra a alta inflação em economias desenvolvidas. A cautela vem horas antes da divulgação do relatório de empregos dos EUA (payroll).  Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,13%.
  • O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro recuou 2,9% em outubro ante setembro, de acordo com dados publicados pela Eurostat. O recuo foi maior do que o projetado por analistas consultados pelo WSJ, que previam recuo mensal de 2%. Na comparação anual, o PPI da zona do euro saltou 30,8%, abaixo da previsão de alta de 31,7% do mercado.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no vermelho.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,51%.
  • Os contratos futuros do Brent avançam 0,05%, a US$ 86,92 o barril.
  • O ouro recua 0,17%, a US$ 1.800,19 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Produção Industrial (Out)
  • 10:30 EUA: Relatório de Emprego (Payroll)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa começou o mês em baixa de 1,39%, a 110.925,60 pontos, refletindo, desde cedo, leitura abaixo do esperado para o PIB do terceiro trimestre, que vem no momento em que os investidores ainda manifestam cautela sobre as contas públicas a partir do próximo ano, enquanto aguardam a tramitação da PEC da Transição pelo Congresso. 

Os juros futuros encerraram o dia em alta, corrigindo parte da queda acumulada nas últimas três sessões. Sem avanço nas negociações da PEC da Transição e mantido o suspense sobre quem será o ministro da Fazenda do governo Lula, os investidores partiram para a realização de lucros. À tarde, sem a pressão do leilão do Tesouro que teve risco maior para o mercado, o avanço perdeu um pouco de força, também diante da aceleração da queda do rendimento dos Treasuries.

A cautela com o ambiente fiscal doméstico e ajustes no mercado futuro de câmbio impediram que o real se beneficiasse de forma ampla da onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, após dados fracos de atividade e arrefecimento da inflação nos EUA reforçarem a aposta em aperto monetário menor pelo Fed. O dólar fechou em queda de 0,10%, cotado a R$ 5,1970.

EXTERIOR

As bolsas de NY fecharam sem direção única, em sessão marcada por uma série de dados dos Estados Unidos, como PMI industrial, investimentos em construção, pedidos de auxílio-desemprego, inflação, renda e consumo, e com fala do presidente Biden sobre a inflação e de dirigente do Federal Reserve (Fed). Investidores ainda se mantinham cautelosos no aguardo da divulgação do payroll. O índice Dow Jones caiu 0,56%, enquanto o S&P 500 recuou 0,09% e o Nasdaq subiu 0,13%.

Os rendimentos do Treasuries operaram em baixa por mais uma sessão, seguindo a publicação de indicadores da economia dos Estados Unidos e o discurso do presidente do Fed de quarta-feira (30). As falas dos dirigentes consolidaram a perspectiva de desaceleração na alta de juros pelo banco central americano já em dezembro, quando é amplamente esperado uma elevação de 50 pontos base nos juros. As atenções se voltam agora para a publicação do payroll de novembro nos EUA.

O dólar fechou em baixa, seguindo ainda comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que falou sobre a diminuição do ritmo da alta de juros em breve, e de Michelle Bowman, dirigente da instituição que se pronunciou seguindo o tom de Powell. Mais para o fim do dia, outro diretor do Fed, Michael Barr, falou em linha similar. Desse modo, o índice DXY fechou em queda de 1,15%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria dos Estados Unidos, elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), recuou de 50,2 em outubro a 49,0 em novembro. Analistas ouvidos pelo WSJ previam queda um pouco maior, a 49,8.

Os investimentos em construção nos Estados Unidos caíram 0,3% entre setembro e outubro, em taxa anual sazonalmente ajustada de US$ 1,794 bilhão, conforme informou o Departamento do Comércio do país. A retração foi maior que a expectativa de queda de 0,2% feita por analistas consultados pelo WSJ. Na comparação anual, os investimentos cresceram 10,8% em outubro.

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) – medida de inflação preferida do Fed – subiu 0,3% em outubro ante setembro, de acordo com dados publicados pelo Departamento do Comércio do país. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% no mesmo período, abaixo da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que esperavam alta de 0,3%. Na comparação anual, o PCE subiu 6,0% em outubro e seu núcleo aumentou 5,0%.

NDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O PIB do 3º trimestre de 2022 avançou 0,4%, levemente abaixo da projeção da Órama (0,5%) e do mercado de (0,6%). Com relação ao mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de 3,6%, em linha com as nossas projeções, e teve alta de 3,0% no acumulado em 4 trimestres. Em comparação ao segundo trimestre do ano, a Agropecuária recuou 0,9%, enquanto a Indústria avançou 0,8% e os Serviços cresceram 1,1%. 

Para ler o relatório completo do PIB do 3° Trimestre, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

Em busca de viabilizar a PEC da Transição o quanto antes, integrantes do governo eleito já admitem votar uma proposta de emenda constitucional com impacto fiscal entre R$ 140 bilhões e R$ 150 bilhões. O objetivo, com isso, é garantir a aprovação do projeto já na próxima quarta-feira, 7, no Senado: o texto final pode abrigar trechos de PECs alternativas apresentadas por senadores nas últimas semanas. Já as discussões sobre um futuro arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos, contudo, levaria dois anos, defende a cúpula do PT. (Valor)

Consulta feita ao Tribunal de Contas da União pela Casa Civil da Presidência indica a intenção do governo de pedir, ao Congresso Nacional, a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 13,6 bilhões. Em ofício ao ministro do TCU, Bruno Dantas, o titular da Casa Civil diz que houve uma “situação atípica” em relação ao comportamento das despesas primárias obrigatórias. A atipicidade é atribuída à pandemia da covid-19 e à “redução do represamento” de benefícios previdenciários. Uma resposta positiva do tribunal, possivelmente na quarta-feira, servirá de base à edição de uma medida provisória para a liberação desse valor como crédito extraordinário. Há pressões no sentido de que esta cifra suba para R$ 20 bilhões. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

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