Bolsas operam em alta após Ata do FOMC
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas fecharam com viés de alta, um dia após a ata da reunião monetária mais recente do Fed mostrar que os dirigentes da entidade defendem uma desaceleração no aperto das condições financeiras em breve. A sinalização por um Fed mais brando supera preocupações acerca da pandemia de covid-19 na China, que registrou seu maior número histórico de novos casos em um dia, o que obrigou autoridades a recrudescerem restrições. O índice Xangai Composto fechou em baixa de 0,25%, enquanto o Hang Seng com ganhos de 0,78% e o Nikkei subiu 0,95%.
- Na Europa, as bolsas sobem, impulsionadas por uma ata do Fed que mostrou a maioria dos dirigentes do BC americano dispostos a desacelerar o aumento de juros em breve. Agora, o mercado europeu foca na ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada hoje. O pregão de hoje ainda é marcado por menor liquidez, em dia de feriado nos EUA que mantém os mercados fechados por lá. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,54%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em alta.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,69%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,90%, a US$ 84,64 o barril.
- O ouro sobe 0,34%, a US$ 1.756,75 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,48 mil.
AGENDA DO DIA
- Feriado EUA: Dia de Ação de Graças
- 08:00 Brasil: Confiança do Consumidor FGV
- 09:00 Brasil: IPCA-15
- 09:00 Brasil: Reunião do CMN
- 09:30 União Europeia: Ata da Reunião de Política Monetária BCE
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa emendou segunda perda diária, ainda descolado do sentimento positivo no exterior, com a expectativa para apresentação, nos próximos dias, da PEC da Transição, em que a sinalização de integrantes da equipe volta a ser de que o montante de recursos fora do teto deve ficar mesmo em torno de R$ 175 bilhões. Em dia muito negativo para o petróleo, a leve variação de Petrobras (ON +0,04%, PN +0,47%), assim como a alta de Vale (ON +0,99%), contribuiu para moderar as perdas do Ibovespa na sessão. No fechamento, a referência da B3 mostrava leve baixa de 0,18%, aos 108.841,15 pontos.
Os juros futuros subiram nesta quarta-feira de espera pela PEC da Transição. A falta de clareza sobre os principais pontos do texto e informações desencontradas continuam sinalizando para o mercado dificuldades de se chegar a um consenso, enquanto a equipe de transição corre contra o tempo. Havia alguma esperança de que a ida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a Brasília pudesse acelerar o processo, mas ele ficou em São Paulo por orientação médica. Com o mercado já arisco pelas questões fiscais, os alertas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o futuro das contas públicas trouxeram ainda mais pressão às taxas.
A instabilidade deu o tom aos negócios no mercado doméstico de câmbio na sessão desta quarta-feira (23), em meio à expectativa pelo texto final da PEC da Transição. As atenções se voltam, sobretudo, para os debates em torno do valor e do prazo dos recursos que vão permanecer fora da regra teto de gastos, o chamado ‘waiver’ fiscal. Desse modo, a divisa fechou o dia com baixa de 0,13%, cotada a R$ 5,3730.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, após publicação da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, realizada nos dias 1 e 2 de novembro, que confirmou as recentes falas de dirigentes da instituição, de que uma desaceleração no ritmo de alta de juros poderá ser apropriada em breve. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,28%, enquanto o S&P 500 subiu 0,60%e o Nasdaq aumentou 0,99%.
Os juros dos Treasuries operaram em baixa, em sessão que teve como destaque a publicação da ata relativa à última reunião de política monetária do Fed. O documento trouxe poucas novidades e reforçou a percepção de que a autoridade deverá diminuir o ritmo de alta de juros, incluindo uma elevação das taxas em 50 pontos base (pb) em dezembro, após consecutivos aumentos de 75 pontos. O dia antecedeu o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o que tende a reduzir o volume de negociações.
O dólar operou em baixa, reagindo à publicação da ata do Fed. Com isso, o índice DXY recuou 1,07% na sessão.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:
Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) avaliaram na reunião de política monetária de 1 e 2 de novembro que o nível dos juros nos EUA ao final do ciclo de aperto monetário se tornou mais importante do que o ritmo de aumento da taxa. “Os participantes concordaram que a comunicação dessa distinção ao público era importante para reforçar o forte compromisso do Comitê de retornar a inflação ao objetivo de 2%”, conforme destaca a ata do encontro.
Além disso, os dirigentes da autoridade monetária afirmaram que seria oportuno desacelerar o ritmo de elevação dos juros à medida que a política monetária se aproximasse de uma postura suficientemente restritiva. De acordo com eles, serão considerados na tomada de decisão “o aperto cumulativo da política monetária até à data, a defasagem entre as ações de política monetária e o comportamento da atividade econômica e da inflação e a evolução econômica e financeira”.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou nesta quarta-feira (23) o pedido feito pelo PL para que fossem invalidados os votos de 279 mil urnas por suposto “mau funcionamento”. O ministro ainda aplicou multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé para a coligação que apoiou a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, o que envolve também o PP e o Republicanos. De acordo com a assessoria de imprensa da sigla, os advogados do partido vão “analisar a decisão”. (Valor)
A PEC (proposta de emenda à Constituição) que permite ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), furar o teto de gastos para bancar promessas de campanha deve ser protocolada na segunda-feira (28). A expectativa é que o petista viaje a Brasília na próxima semana e ajude a destravar o projeto. (Poder 360)
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