Ibovespa recua 2,58% após minuta da PEC de Transição

Compartilhe o post:
NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, à medida que o mercado se vê pressionado por uma perspectiva de crescimento mais fraco na região, após as exportações do Japão desacelerarem e em meio aos persistentes temores a respeito da atividade na China, que tem relaxado restrições contra a covid-19, mas sem abrir mão de sua política de “covid-zero”. Neste ambiente, ações do setor de tecnologia puxaram as perdas nos mercados locais. O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,15%, o Nikkei recuou 0,35% e o Hang Seng caiu 1,15%.
  • Na Europa, as bolsas caem. O mercado opera na expectativa do anúncio dos planos fiscais do governo de Rishi Sunak no Reino Unido, que assumiu o cargo de primeiro-ministro há menos de um mês. Fica também no radar o CPI do bloco e as falas de dirigentes do Fed, que podem dar novas pistas sobre os próximos passos do BC americano. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,22%.
  • O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro avançou 10,6% na comparação anual de outubro, e atingiu um novo recorde histórico ao acelerar de 9,9% em setembro, de acordo com a leitura final do indicador, publicado pela Eurostat. A taxa de outubro ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar e da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, de 10,7% em ambos os casos.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em baixa. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,74%.
  • Os contratos futuros do Brent recua 0,51%, a US$ 92,39 o barril.
  • O ouro cai 0,57%, a US$ 1.763,19 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,27 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Nov)
  • 10:30 EUA: Licenças de Construção (Out)
  • 10:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Acompanhando a cautela externa e especialmente a que antecede, no Brasil, o anúncio da PEC da Transição, o Ibovespa interrompeu série de dois ganhos após o tombo da última quinta-feira, quando se curvou ao aumento da percepção de risco fiscal. O índice da B3 fechou em baixa de 2,58%, aos 110.243,33 pontos. Reforçado, o giro financeiro foi a R$ 51,2 bilhões nesta quarta-feira de vencimento de opções sobre o índice. 

Os juros futuros fecharam em alta firme, na contramão do recuo do rendimento dos Treasuries. Durou pouco o alívio visto na segunda-feira (14), com o mercado retomando a postura defensiva pelos sinais negativos para a política fiscal do próximo governo. Os agentes não só tiveram de se ajustar novamente ao volume de R$ 175 bilhões para os gastos extra teto esperado para a PEC da Transição, após terem trabalhado com um volume mais baixo na sessão anterior, como se frustraram com a informação de que o texto não trará detalhamento dos valores, o que compromete a previsibilidade com relação à dívida pública nos próximos anos.

O dólar fechou em alta de 1,57%, cotado a R$ 5,3810, em meio a especulações sobre o conteúdo da chamada “PEC da Transição”, cujo texto deve ser apresentado hoje à noite ao Congresso Nacional. No mês, a divisa acumula alta de 4,18%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em sessão marcada pelos resultados negativos das empresas de varejo e pressões geopolíticas causadas pelo míssil que atingiu a Polônia. Ainda, falas de dirigentes do Federal Reserve estiveram no radar de investidores. O índice Dow Jones caiu 0,12%, enquanto o S&P 500 caiu 0,83% e o Nasdaq recuou 1,54%.

Os juros longos dos Treasuries recuaram, com investidores digerindo os dados de varejo e indústria nos EUA, ao mesmo tempo em que mantêm as atenções a comentários de dirigentes do Fed. A maior percepção de risco, com o acirramento das tensões geopolíticas, também contribui para uma maior busca pelos títulos públicos americanos.

Declarações que retiram da Rússia a responsabilidade pela queda de um míssil em território polonês na terça-feira (15) retiraram parte do impulso que o dólar havia ganhado após as primeiras indicações de uma possível escalada do conflito. A moeda americana vinha subindo com a perspectiva de uma eventual escalada de tensões envolvendo diretamente um integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas os indícios de que não houve um ataque russo, reforçados por autoridades polonesas e americanas, amenizaram a situação. Desse modo, o índice DXY recuou 0,12%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 1,3% entre setembro e outubro, em US$ 694,5 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Comércio. O resultado superou as expectativas de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta de 1,2% no período. Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram alta de 1,3% no confronto mensal. Neste caso, a projeção era de aumento de 0,6%. As vendas de setembro ante agosto foram revisadas para baixo, de +0,3% para 0%.

A produção industrial dos Estados Unidos teve queda de 0,1% em outubro, na comparação com o mês anterior, conforme informou o Federal Reserve (Fed). Analistas ouvidos pelo WSJ previam avanço de 0,1% no período. O dado de setembro ante agosto foi revisado para baixo, de +0,4% para +0,1%. O Fed ainda informou que a taxa de utilização da capacidade instalada caiu de 80,1% em setembro (dado revisado) para 79,9%.

POLÍTICA NO BRASIL

A primeira versão Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição foi apresentada no Congresso Nacional nesta quarta-feira, com a sugestão de retirada em caráter permanente do Auxílio Brasil da regra do teto de gastos públicos e a permissão de um gasto estimado de até R$ 198 bilhões para 2023. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva defende a aprovação da proposta de emenda à Constituição para abrir espaço no Orçamento em 2023 e que permita cumprir promessas de campanha, como o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 e o reajuste do salário mínimo acima da inflação. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no entanto, afirmou que o que foi recebido é uma “minuta”, que poderá sofrer interferências antes mesmo de ser protocolada. (Valor)

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou, nesta quarta-feira (16), os nomes que vão integrar o grupo de transição para a área de Minas e Energia. A lista tem 2 candidatos à presidência da Petrobras: o senador Jean Paul Prates (PT) e a ex-diretora da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Magda Chambriard. O grupo será coordenado por Prates e pelo professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maurício Tolmasquim, ex-ministro interino de Minas e Energia em 2005 e presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) de 2005 a 2016. (Poder 360)

Além disso, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou outros nomes que integrarão 16 grupos técnicos da equipe de transição de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Na lista, estão nomes como o deputado federal André Janones (Avante-MG), a senadora Kátia Abreu e vários parlamentares ou ex-parlamentares, além de ex-ministros que integraram os governos do PT, como Marina Silva, Izabella Teixeira e Carlos Minc, que comandaram a pasta do Meio Ambiente. O ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, nome histórico do PSDB e que declarou apoio a Lula nas eleições, estará no grupo técnico de Relações Exteriores – ele já foi chanceler durante o governo de Michel Temer. Esse mesmo grupo também inclui outro ex-ministro da pasta, mas em gestão petista: Celso Amorim. (CNN)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama. 
Compartilhe o post:

Posts Similares