Mercados operam na expectativa do CPI americano de outubro
NESTA MANHÃ
- As bolsas asiáticas registraram baixas. Na China, especulações sobre a política de Pequim contra a covid-19 continuavam a influir, enquanto na praça japonesa pesou o recuo de Nova York no dia anterior. O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,39%, ao passo que o Nikkei recuou 0,98% e o Hang Seng caiu 1,70%.
- Na Europa, os mercados registram pregão negativo, embora com vários índices não muito distantes da estabilidade. Investidores reagem a balanços corporativos, enquanto aguardam declarações de dirigentes de bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE). Além disso, há expectativa no dia pela publicação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, com impactos na política monetária do Fed. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,15%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam no positivo, mas sem força.
- O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,10%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,93%, a US$ 91,79 o barril.
- O ouro está de lado, a US$ 1.707,32 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 16,3 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA (Out)
- 10:30 EUA: Índice de Preço ao Consumidor CPI (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:
O Ibovespa seguiu em renovação de mínimas do meio para o fim da tarde desta quarta-feira, mostrando no encerramento do dia correção um pouco menor do que a do índice de pior desempenho em Nova York. Petrobras e Vale, que contribuíam mais cedo para dar algum suporte ao índice da B3, acentuaram correção neste fim de tarde, com as ON e PN da petrolífera em queda, respectivamente, de 1,86% e 1,65%, e a ON da mineradora em baixa de 1,22% no fechamento. As perdas em Bradesco (ON e PN) superaram 16% na sessão, movidas pela decepção do mercado com o balanço trimestral do banco. Assim, o Ibovespa fechou a sessão em queda de 2,22%, aos 113.580,09 pontos.
Os juros futuros fecharam a quarta-feira perto da estabilidade até os vértices intermediários e em leve alta na ponta longa, refletindo o compasso de espera por eventos no Brasil e nos Estados Unidos, que limitou a dinâmica do mercado ao longo de toda a sessão. Mais até do que pelo IPCA na quinta-feira (10), há grande expectativa pelo CPI americano, dado o potencial de ajustar as apostas para a política monetária do Fed. Por aqui, a PEC da Transição que vai acomodar os gastos extra-teto em 2023 ainda em discussão e a espera pelos nomes da equipe econômica ajudaram a travar o mercado.
Após um início de tarde volátil, o dólar se firmou em terreno positivo nas duas últimas horas de negócios, em meio a uma onda de aversão ao risco no exterior. À espera da divulgação, amanhã, do CPI americano em outubro e de olho nas eleições de midterms nos EUA, investidores abandonaram as bolsas e buscaram refúgio na moeda americana. Desse modo, o dólar fechou com alta de 0,74%, cotado a R$ 5,1830.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão atenta aos resultados das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. A apuração deixou algumas dúvidas, como o controle do Senado, mas indica que os democratas não terão maioria no Congresso, com os republicanos provavelmente comandando a Câmara dos Representantes. No fechamento, o Dow Jones caiu 1,95%, enquanto o S&P 500 perdeu 2,08% e o Nasdaq teve queda de 2,48%.
Os juros dos Treasuries caíram, em uma sessão marcada pela piora do sentimento de risco, diante da expectativa pelos resultados das midterms, que, até então, foram acirrados e não mostraram a “onda vermelha” que se esperava nas casas legislativas. Além disso, em foco, estão comentários hawkish de dirigentes do Fed e dados de inflação ao consumidor (CPI) de outubro que serão divulgados na quinta-feira (10) e darão mais sinalizações sobre os próximos passos do BC americano.
O dólar subiu ante as moedas rivais, diante da maior busca por porto seguro, à medida que investidores operam na expectativa pelos resultados das midterms. A expectativa pelo CPI de outubro também fez preço. Desse modo, o índice DXY valorizou 0,83%.
POLÍTICA NO BRASIL:
Na primeira visita aos chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário desde que venceu o segundo turno, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início ontem às articulações para aprovar ainda neste ano a PEC da Transição. A emenda constitucional é considerada essencial pela equipe de transição para abrir espaço fiscal para os programas sociais, e o aumento do salário mínimo. Ontem (09) avaliava-se nos bastidores que a PEC poderia viabilizar R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para garantir o Auxílio Brasil ampliado. Lula reuniu-se logo pela manhã com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foi o primeiro encontro de ambos desde que Lira ascendeu ao comando da Casa. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o alagoano foi a primeira autoridade a telefonar para cumprimentar o petista pela vitória. Ele mira o apoio do PT para se reeleger no cargo. (Valor)
O Ministério da Defesa enviou nesta quarta-feira (09) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) relatório de fiscalização produzido pelos técnicos militares sobre o processo eleitoral nos 1º e 2º turnos. O texto descartou “inconformidade” a partir da comparação de boletins de urna. No documento, os encarregados pela fiscalização indicaram, no entanto, o que consideram ser inconsistências, citaram possíveis vulnerabilidades e fizeram sugestões para futuros pleitos. Além disso, de forma oblíqua, que não receberam total abertura do TSE para a implantação de mudanças práticas. Já o TCU (Tribunal de Contas da União), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) –também órgãos fiscalizadores– e a OEA (Organização dos Estados Americanos) focaram seus relatórios na ausência de irregularidades no pleito. (Poder 360)
Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.
