Na reta final, Lula divulga “Carta para o Brasil do Amanhã”

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada, após grandes cidades da China retomarem lockdowns em meio a novos surtos de covid-19, mais uma vez ameaçando a perspectiva da segunda maior economia do mundo. Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng sofreu queda de 3,66%, seu menor nível desde abril de 2009. Na China continental, o Xangai Composto caiu 2,25% enquanto o Nikkei registrou baixa de 0,88%.
  • Na Europa, as bolsas operam em baixa, enquanto investidores digerem mais balanços de grandes empresas da região e dados preliminares de crescimento de algumas das principais economias da zona do euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,58%.
  • A Alemanha, França e Espanha divulgaram as prévias de crescimento do terceiro trimestre. O PIB alemão surpreendeu, ao crescer 0,3% ante o trimestre anterior, apesar da crise energética deflagrada pela guerra russo-ucraniana. A expectativa era de queda de 0,2%, de acordo com os analistas do WSJ. O da França avançou 0,2% no mesmo período, um pouco mais do que o previsto (+0,1%), e o da Espanha também mostrou aumento de 0,2%, mas o resultado ficou aquém do esperado (+0,3%). 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,00%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,54%, a US$ 96,44 o barril.
  • O ouro cai 0,88%, a US$ 1.648,67 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IGP-M (Out)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Set)
  • 11:00 EUA: Vendas Pendentes de Moradias (Set)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Na alta volatilidade da reta final da eleição, o Ibovespa chegou a tocar os 116 mil pontos perto do fechamento, quando o mercado tomou conhecimento da “Carta para o Brasil do Amanhã”, do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que promete responsabilidade fiscal, com “regras claras e realistas” e “compromissos plurianuais”. O texto acrescenta que tal compromisso precisa ser compatibilizado com o “enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação”. O mercado logo devolveu o salto e, no fechamento, o Ibovespa mostrava ganho semelhante ao observado antes da divulgação da carta, ao encerrar em alta de 1,66%, aos 114.640,76 pontos.

Os juros de médio e longo prazos recuaram em sessão pós-Copom, embora o comunicado da política monetária não tenha trazido novidades capazes de alterar a expectativa para a Selic. As taxas curtas ficaram de lado e a queda das demais espelhou o movimento de baixa dos rendimentos dos Treasuries e a melhora no câmbio, além de algum alívio no pico das tensões com o cenário eleitoral atingido na sessão anterior.

Após três pregões seguidos de alta, em que acumulou valorização de 4,58%, o dólar recuou 1,39% na sessão, cotado a R$ 5,3070 no fechamento. De acordo com os operadores, o ambiente externo favorável a divisas emergentes e a assimilação do impacto dos ruídos políticos envolvendo o TSE abriram espaço para movimento de realização de lucros no mercado doméstico de câmbio. Além disso, teriam contribuído para a recuperação do real a atuação de exportadores, que aproveitaram a arrancada recente do dólar para internalizar recursos, e apetite externo por ações descontadas na bolsa.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, com investidores acompanhando a temporada de balanços nos Estados Unidos. A queda de 24% da Meta, após seu resultado trimestral decepcionar os mercados, pesou sobre os índices acionários. No radar, também esteve a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no trimestre mais recente e renovados temores de recessão no país. No fechamento, o Dow Jones subiu 0,61%, enquanto o S&P 500 recuou 0,61% e o Nasdaq caiu 1,63%.

Os retornos dos Treasuries caíram nesta sessão, marcada pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos no terceiro trimestre do ano. As operações se dão em meio às expectativas para decisão do Fed na semana que vem e de renovadas projeções para recessão norte-americana em 2023.

O índice DXY avançou 0,80%, favorecido pela desvalorização do euro, após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). No radar, também estiveram os dados preliminares do PIB dos Estados Unidos, que vieram acima do esperado, mas suscitaram a perspectiva de que a economia americana ainda deve desacelerar.

O BCE decidiu elevar seus juros básicos em 75 pontos-base, como já esperado pelo mercado. A presidente da instituição, Christine Lagarde, adiantou que espera subir mais as taxas para reduzir a inflação à meta em “tempo hábil”. Além disso, ela afirmou que o risco de recessão está “mais próximo no horizonte”.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 2,6% no terceiro trimestre de 2022, de acordo com estimativa inicial divulgada pelo Departamento de Comércio. O resultado superou a mediana da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 2,4%. 

Além disso, o Departamento do Comércio informou que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu à taxa anualizada de 4,2% entre julho e setembro, após avançar 7,3% no segundo trimestre. Ao passo que o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 4,5% no mesmo intervalo, após alta de 4,7% no trimestre anterior.

POLÍTICA NO BRASIL: 

Pesquisa Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira (27) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 49% das intenções de voto contra 44% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na comparação com a pesquisa da semana passada, Lula manteve o índice e Bolsonaro oscilou um ponto percentual para baixo. Brancos e nulos somam 5% (eram 4% na semana passada) e indecisos, 2% (era 1%). Em votos válidos, que excluem votos em branco e nulos, Lula tem 53% e Bolsonaro, 47%. Na semana passada, o petista registrava 52% e o candidato do PL, 48%. (Valor)

A dois dias da eleição, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participarão do debate promovido pela TV Globo hoje (28), a partir das 21h30. Para as campanhas, o debate presidencial será o principal fato político antes da eleição. (Estadão)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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