Copom mantém Selic em 13.75%, exterior aguarda decisão do BCE

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, à espera de uma atualização do crescimento econômico dos EUA e da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que mais uma vez deverá aumentar os juros agressivamente. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,32%, enquanto o Hang Seng subiu 0,72% e o Xangai Composto recuou 0,55%.
  • Na Europa, as bolsas operam com viés de baixa, ao passo que investidores digerem mais uma série de balanços corporativos da região, incluindo do problemático banco suíço Credit Suisse, e aguardam decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que mais uma vez deverá elevar juros de forma agressiva. O índice Stoxx Europe 600 recua 0,43%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,07%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,44%, a US$ 96,11 o barril.
  • O ouro recua 0,22%, a US$ 1.661,03 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Mercado de Trabalho CAGED (Set)
  • 09:15 Zona do Euro: Decisão de Política Monetária BCE
  • 09:30 EUA: PIB (3°Tri)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Nesta véspera da divulgação dos resultados trimestrais da empresa, o bom desempenho de Vale (ON +2,22%) na sessão foi contraponto ao terceiro dia de perdas consecutivas para o Ibovespa, em retração de mais de 7 mil pontos para o índice desde o fechamento da sexta-feira. A referência da B3 encerrou em baixa de 1,62%, aos 112.763,79 pontos.

Os juros futuros fecharam a quarta-feira de Copom em alta, mais relacionada à piora na percepção de risco do processo eleitoral do que propriamente à reunião de política monetária do Banco Central, uma vez consolidadas as apostas de manutenção da Selic em 13,75% e baixa expectativa em relação ao comunicado.

Após instabilidade e troca de sinais pela manhã, o dólar se firmou em terreno positivo ao longo da tarde e, com uma arrancada na reta final dos negócios. Desse modo, encerrou a sessão em alta de 1,17%, cotado a R$ 5,3820.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York registraram pregão com viés negativo, mas sem sinal único. Publicados depois do fechamento de ontem, os balanços de Alphabet e Microsoft não agradaram, o que pressionou especialmente o Nasdaq. Ao passo que o Dow Jones oscilou perto da estabilidade em boa parte do dia, com investidores também ponderando sobre os próximos passos da política monetária do Fed.  O Dow Jones fechou em alta de 0,01%, enquanto o S&P 500 recuou 0,74% e o Nasdaq caiu 2,04%.

Os rendimentos dos Treasuries caíram, com a continuidade da perspectiva majoritária de que o Fed poderá ser menos agressivo a partir da reunião de dezembro. Dados de moradia dos Estados Unidos também pressionaram os juros, em meio a temores de desaceleração do mercado imobiliário, assim como a decisão de política monetária do Banco do Canadá (BoC) que aumentou a taxa de juros em 50 bps.

O índice DXY caiu 1,13%, em meio a avaliações sobre os próximos passos na política monetária dos Estados Unidos. Além disso, o euro mostrou fôlego, na véspera de uma reunião do Banco Central Europeu (BCE) na qual o mercado em geral espera alta de 75 pontos-base nos juros, e o dólar canadense chegou a ficar pressionado após o Banco Central do Canadá subir juros, mas menos que o esperado.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

As vendas de moradias novas nos Estados Unidos sofreram queda de 10,9% em setembro ante agosto, ao ritmo anual sazonalmente ajustado de 603 mil unidades, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Departamento de Comércio. O resultado, porém, ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam vendas de 593 mil unidades. O ritmo anualizado de vendas de agosto foi levemente revisado para baixo, de 685 mil para 677 mil unidades.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O Copom do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a., de acordo com as expectativas do mercado. Seguindo os comentários anteriores, o Copom salientou os fatores de risco existentes, domésticos e externos, dando ênfase às incertezas em relação ao lado fiscal (item ii, dos fatores de risco), que comprometem as expectativas inflacionárias. Além disso, reforçou que se mantém vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. 

Para ler o relatório completo do Comunicado do Copom, acesse aqui

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 1,96% em setembro, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de agosto foi revista de um recuo de 3,11% para uma redução ainda recorde de 3,04%. O IPP de setembro teve a segunda maior deflação da série histórica, iniciada em 2014, ficando atrás apenas do resultado de agosto. O índice acumulou uma deflação de 4,94% nos dois últimos meses de quedas.

POLÍTICA NO BRASIL: 

O novo levantamento de intenção de voto realizado pela Quaest/Genial, para a eleição presidencial no Estado de Minas Gerais mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 53% dos votos válidos. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaria com 47% dos votos válidos. O estado de MG está como foco da campanha de ambos candidatos na reta final. Dos votos totais, Lula teria 45% e Bolsonaro 40%, ao passo que indecisos são 8% e os que declaram que votarão em branco, anularão ou não irão votar são 7%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. (Quaest/Genial)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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