Mercados externos ficam na defensiva com inflação e no Brasil, Datafolha confirma menor diferença entre Lula e Bolsonaro

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NESTA MANHÃ
  •  As bolsas na Ásia fecharam em baixa nesta quinta-feira, após Wall Street voltar ao vermelho ontem em meio a um avanço nos juros dos Treasuries e a perspectiva de mais aperto monetário nos EUA. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,92% em Tóquio hoje, a 27.006,96 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 1,40% em Hong Kong, a 16.280,22 pontos.
  • Na Europa, as bolsas oscilam perto da estabilidade na manhã desta quinta-feira, enquanto os investidores avaliam novos dados de inflação da Alemanha, um forte avanço nos juros dos Treasuries e a crise política no Reino Unido. O índice Stoxx Europe 600 recua 0,52%
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção definida.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,1474%
  • Os contratos futuros do Brent avança 1,40%, a US$ 93,70 o barril.
  • O ouro está avança, a US$ 1.634,99 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 19.160,00
AGENDA DO DIA
  • 07:00 Z. Euro: Cúpula de Líderes da UE
  • 09:30 EUA: Pedidos auxílio desemprego (até 15/10) 
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed da Filadélfia (Out)
  • 11:00 EUA: Venda de Casas Usadas (Set)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL:

Estendendo o movimento que havia se acentuado em direção ao fechamento do dia anterior, as ações de Petrobras (ON +3,71%, PN +3,54%) voltaram a carregar o Ibovespa nesta quarta-feira. Mesmo sem a contribuição do setor financeiro na maior parte da sessão, as ações da petroleira já andavam o suficiente para descolar a referência da B3 do dia negativo em Nova York, onde as perdas chegaram a 0,85% (Nasdaq) no fechamento. Entre mínima de 115.264,36 e máxima de 116.459,14, o índice fechou nesta quarta-feira em alta de 0,46%, aos 116.274,24 pontos . Na semana, o Ibovespa avança agora 3,75%; no mês, 5,67% e, no ano, 10,92%. O giro financeiro ficou em R$ 26,7 bilhões nesta sessão, em que o índice da B3 subiu pelo terceiro dia seguido.

Alinhados à cautela do ambiente internacional, os juros futuros subiram nesta quarta-feira nos prazos intermediários e longos, enquanto os curtos novamente fecharam estáveis. O risco de aperto monetário mais acentuado pelos bancos centrais na Europa e nos Estados Unidos voltou a acuar os mercados, após dados de inflação alarmantes na zona do euro e Reino Unido e sinalizações do Federal Reserve. Nesse cenário, as taxas dos Treasuries bateram máximas em mais de 10 anos.

O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (19) em alta moderada no mercado doméstico de câmbio, em dia marcado por fortalecimento da moeda americana no exterior e avanço das taxas dos Treasuries para os maiores níveis em uma década. Leituras ruins de índices de preços na Europa mostram que a inflação global não dá trégua e sugerem mais aperto monetário nos países desenvolvidos, com proeminência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

EXTERIOR:

Os mercados acionários de Nova York fecharam em baixa, nesta quarta-feira. O avanço dos juros dos Treasuries influiu negativamente, em meio a novos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e investidores também reagiram a resultados corporativos. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,33%, em 30.423,81 pontos, o S&P 500 recuou 0,67%, a 3.695,16 pontos, e o Nasdaq caiu 0,85%, a 10.680,51 pontos.

Os juros dos Treasuries subiram nesta quarta-feira, renovando máximas em anos, à medida que aumentou a perspectiva por um Federal Reserve (Fed) agressivo, no âmbito da divulgação do Livro Bege e de comentários hawkish de dirigentes da instituição. Dados do mercado imobiliário dos EUA e um leilão de T-bonds de 20 anos também estiveram no radar.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma retração de 0,8% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com agosto de 2021, a atividade econômica teve expansão de 3,7% em agosto de 2022. A  queda da atividade econômica em agosto está associada às retrações na indústria e nos serviços. Destaca-se que houve recuos na maior parte das atividades que compõem estes dois setores. Pela ótica da demanda, o destaque é a queda do consumo das famílias em agosto, na comparação com julho. Dada a importância que o consumo tem apresentado em 2022, sendo considerado o principal responsável pelo bom desempenho da economia no primeiro semestre, sua retração em agosto sinaliza provável dificuldade de manutenção do crescimento na economia na segunda metade do ano.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O foco voltou a recair sobre a inflação global elevada, em dia de dados do Reino Unido e da zona do euro, e a consequente necessidade de mais altas de juros para conter o quadro. O aperto monetário tende a ser negativo para as ações em geral. O Fed publicou seu Livro Bege, com sinais mistos sobre a inflação, mas crescimento ainda elevado nos preços.

POLÍTICA NO BRASIL: 

Pesquisa Datafolha realizada de 17 a 19 de outubro de 2022 mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 4 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo Palácio do Planalto. Segundo o levantamento, o candidato petista tem 52% dos votos válidos — sem contar brancos e nulos — contra 48% do chefe do Executivo. Os percentuais são os mesmos aferidos em pesquisa PoderData divulgada às 6h15 desta 4ª feira (19.out).  (Poder 360)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 184 inserções de 30 segundos nos espaços anteriormente destinados à propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL) na televisão. A determinação foi estabelecida em decisões tomadas nesta 4ª feira (19.out.2022) sobre pedidos de direito de resposta formulados pelo petista. Bolsonaro, por outro lado, ganhou 14 inserções de 30 segundos como direito de resposta. Ou seja, na prática, Lula terá 170 comerciais a mais. As decisões da Corte são um banho de água fria na campanha do presidente, que terá só 55 peças para veicular na TV na reta final da campanha. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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